|Capitulo 40|

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Capítulo 40

|Mariana|

Esperava pelo Francisco dentro do meu carro enquanto acariciava a minha barriga. Ainda não acredito que vou ser mãe. Admito que isto não estava nos meus planos mas sinto-me bem com o facto de estar a criar um ser dentro de mim, de estar a criar uma família com aquele que é o rapaz que amo.

Talvez seja demasiado cedo para estarmos a criar algo tão importante como uma família juntos, no entanto, não estou de todo arrependida. Estou apenas preocupada com facto de não saber como irá ser daqui para a frente. Se o Chico for para Guimarães no final da época, eu terei de me mudar com ele e não é de todo isso que eu quero mas arranjar emprego na minha área neste momento também não vai acontecer, afinal, ninguém quer contratar uma grávida, muito menos para o seu primeiro emprego. Hoje mesmo iria ter essa conversa com o Francisco, teríamos de falar de como vai ser o futuro e talvez eu pense em mudar-me para casa dele durante uns tempos para me ir habituando. Afinal, é ao lado dele que eu quero acordar todas as manhãs.

— És pior que uma rapariga.— Reclamei com o pai do meu filho enquanto ele entrava dentro do meu carro.

— Porquê? — Franziu o cenho, colocando o cinto de segurança.

— Meia hora no banho? A sério, Francisco? Era desnecessário.— Resmunguei. — De qualquer das formas como é que vieste para cá? Visto que vieste com a Vânia e eu não a vi mais.

— Eu fui buscá-la a casa e trouxe-a para cá mas, sinceramente, não é como se eu quisesse saber como é que ela vai voltar.— Confessou, dando de ombros.— E eu vou emprestar o meu carro a um dos rapazes, por isso é que vai ficar aqui. Já lhe entreguei as chaves e por isso é que demorei mais no balneário.

— Tudo bem então, de qualquer das formas, eu vou para casa. Queres que te deixe na tua? É melhor só estarmos juntos amanhã, não quero discutir. — Disse de forma convincente.

— A sério, Mariana? — Inquiriu, bufando em seguida.

— Sim, levo-te a casa então? — Questionei, olhando-o de forma séria o que fez com que o jovem moreno me olhasse magoado.

— É, pode ser. — Deu de ombros, virando o seu rosto para a frente.

— Tudo bem, espero que tenhas lá muita comida porque aqui a futura mamã tem intenções de se mudar para lá. — Proferi, com um pequeno sorriso nos lábios.

— Estás a falar a sério? — Olhou-me entusiasmado.

— Estou, Francisco. Até te convidava a ti para morares lá no entanto, não te quero perto da lambisgoia da Vânia. Por esse motivo, a minha pessoa vai se mudar para tua casa, em breve. — Respondi com um sorriso nos lábios. — Isto é, se ainda quiseres que eu vá morar contigo.

— Claro que quero. — Afirmou, exibindo um largo sorriso.

— Mas vamos dormir em quartos separados! Ainda bem que és rico e tens um quarto de hóspedes.— Proferi, provocando e comecei a conduzir.

— Não me parece que isso vá acontecer. — Contrariou, lançando-me um olhar confiante.

— Queres apostar?— Inquiri, olhando-o com um sorriso maléfico nos lábios.

— Quero pois. A casa é minha e eu sempre posso trancar o quarto de hóspedes. — Deu de ombros, explicando o seu "plano".

— Fazes isso e volto para casa, tão simples quanto isso.— Disse com um sorriso nos lábios.

— Pronto, como queiras. — Desistiu, fazendo um ar de chateado.

— Amo-te amuadinho.— Beijei os seus lábios quando paramos num sinal vermelho mas logo comecei a conduzir.

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