Em busca da felicidade

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Chovia muito, tanto que nem conseguia ver o meu rosto nas poças de água! Era uma noite escura, as corujas contavam alto e estávamos todos com medo!

O meu nome é Sophy sou a irmã mais velha de 4 irmãos , tenho 12 anos, o Peter tem 14, a Marian 8 anos e o Spencer de 6 anos. A mãe está gravida, tem 39 anos e é enfermeira, o pai tem 41 anos e é advogado.

A mãe está grávida de 7 meses e foi de urgência para o hospital e o pai está com ela.

O papá ligou a dizer que vai passar lá a noite e que a gravidez da mãe está em risco por isso decidimos ir ao hospital apoiar os pais e o novo ou nova maninho ou maninha (a mãe não quis saber o sexo do bebe pois pensava ser o último filho mas sinceramente não sei não ).

-Chegamos ao hospital-

DR. SMITH CHAMADO AO QUARTO 312 - diz uma voz nos altifalantes do hospital.

Encharcados dirigimos-nos a rececionista e pedimos o quarto da mama mas ela disse:

-Peço desculpa crianças mas a vossa mãe foi transferida para a sala de operações e não podem entrar.

-Mas, está tudo bem com ela e com o bebe ?- perguntei à senhora simpática.

-Vou chamar a enfermeira que acompanhou a tua mãe e ela fala com vocês sim ?

-Obrigada ! - disse Peter

Esperamos sentados na sala de espera até que chega a enfermeira acompanhada do pai que estava triste e parecia estar a chorar:

-Bem meninos, temos boas e más notícias mas vou deixar que seja o vosso pai a falar com vocês. - disse a enfermeira um pouco abalada.

Ficamos calados por alguns minutos e depois o pai sentou-se e chamou-nos um a um:

-Peter, Sophy, Marian, Spencer ... Aproximem-se crianças.

-O que se passa papa ? - disse Spencer muito assustado e sem perceber nada.

-Meninos ... vocês sabiam que a mãe estava com uma gravidez arriscada e... à poucos minutos o bebé começou a ter um batimento cardíaco cada vez mais lento, tiveram de fazer um parto inesperado, e... Os médicos tentaram fazer os possíveis mas...

-O bebé morreu papa ? -perguntou Marian.

-Não, querida. O bebe está bem, quem morreu foi... A mamã!

Escorre uma lágrima da cara do pai.

Sentimos-nos todos muito vazios e começamos a chorar. Decidi pedir para ver o bebe para não sentir o ambiente de tristeza que pairava sobre nós !

-Pai podemos ver o bebé?

-Bem, na verdade não é um bebé é uma bebé e chama-se Corrine como a vossa mãe!

-Podemos papá podemos? -diz a Marian entusiasmada.

-Claro! Sigam-me até ao berçário crianças.

Seguimos o pai. Passamos corredores e mais corredores, portas grandes e pesadas e chegamos a um elevador muito largo e comprido e subimos até ao último andar ( até gostava de saber porque é que o berçário é no ultimo andar) e finalmente chegamos a uma grande sala com montes de incubadoras e de pequenos bebés. Estavam por ordem alfabética de nomes e para nosso bem a bebe começa por C era uma das primeiras. Lavamos muito bem as mãos, puseram-nos luvas e máscaras e finalmente podemos entrar.

Ela estava lá a Corrine tão pequenina, tão frágil, tão bonita... Era muito parecida com a mãe, mas também muito parecida comigo.

Passando algum tempo estávamos cansados e cheios de fome mas o pai parecia não querer que fossemos para casa.

-Pai pudemos ir para casa?

-Marian não queres ficar com a tua nova irmã?

-Tenho fome!

-Ahm... vamos comer ao Mcdonals sim?

-Vamos, sim depressa! -dizem a Marian e o Spencer entusiasmados (acho que ainda não perceberam que a mãe partiu e nunca mais irá voltar).

-Estou cansada, tenho sono - disse.

-Pronto, vamos comer e depois podem descansar.

O pai meteu-nos no carro e seguimos para o Mcdonals. Jantamos e depois voltamos para casa mas o pai estava muito nervoso e foi o ultimo a entrar.

Eu e o Peter fomos deitar as crianças e logo adormeceram, tinha sido um grande dia.

- novo dia -

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