Em busca da felicidade

Força!

-3 anos depois-

Passaram-se 3 anos e muita coisa aconteceu mas nada de muito especial. Eu recuperei bem da operação (só tive de fazer muitos trabalhos e testes por ter faltado). Adam admitiu sentir algo por mim, Spencer rachou a cabeça, Corrine aprendeu a falar (agora é uma tagarela) e Peter teve a sua primeira namorada (Susie)...

Como disse, nada de mais!

Estamos a jantar e dei por mim a pensar nos últimos três anos. Todos nos habituamos bem à nova cidade e aquele medo e incerteza que eu tinha desapareceu. Ah, esqueci-me de contar que quando Adam estava a fugir de mim e de Zoe, caiu na cantina. Teve muita piada!

-Sophy, podes passar-me a salada? -não respondi -Sophy!

Acordei.

-Sim, posso desculpa!

No fim do jantar o pai falou:

-Ajudem a arrumar a mesa, tenho um comunicado a fazer!

Todos arrumamos a mesa num ápice e sentamo-nos nos sítios habituais.

-Bem, a empresa onde trabalho (empresa de advogados e juízes) está a evoluir, e vamos expandir a empresa, ou seja, vamos começar a trabalhar noutras cidades. Quem for montar a empresa para essas cidades receberá mais e eu estou a pensar ir.

-Vamos ter de mudar-nos outra vez, pai?

-Não, Peter, eu vou trabalhar para Sierra e vocês ficam cá.

-Mas,papá, nós vamos sentir muitas saudades tuas!

-Eu volto querida, de três eu três meses e vocês vão ficar com o computador para podermos falar todos os dias por skype.

-Como vamos conseguir ficar sozinhos?

-Quem vai ficar responsável vai ser o Peter e quando ele não estiver será a Sophy, viajam sempre de autocarro e combinam entre vós para irem buscar a Corrine ao infantário. O dinheiro eu dou-vos sempre que vier e para emergências o Peter fica com o catão de crédito da família. À noite, trancam sempre a porta, as janelas e os portões. Não se esqueçam de fazer o que fazemos todos os domingos, rezar à mãe.

Ficamos calados e afirmamos com a cabeça. O pai precisava de todo o nosso apoio.

-Quando partes pai?

-Ora bem, hoje é sábado eu apanho o avião... Segunda de manhã!

-Então e amanhã podemos fazer uma despedida?

-Sim, podemos ir onde vocês quiserem!

-Parque aquático!

-Zoo!

-Sim, já não vamos ao zoo há muito tempo!

Fomos dormir, um tanto tristes, um tanto felizes. A ideia de viver sem o pai assustava-nos especialmente a Peter. Mas no dia seguinte iríamos passar o dia no zoo, em família, me iria ser espetacular, até porque seria a primeira vez para Corrine.

Saímos cedo, não eram oito horas. Fomos diretos para o zoo apesar de darmos uma volta maior (o pai disse que sabia onde era, mas eu acho que se perdeu), e finalmente chegamos.

Este zoo era um dos maiores do centro da Califórnia e o maior de Mariposa. Havia tanto para ver que fizemos um itinerário.

1º aquário dos golfinhos, focas e animais marinhos;

2º felinos e animais da savana/selva;

3º répteis e pequenos roedores;

4º animais da quinta;

5º as aves.

Entre o 2º e o 3º ponto fomos almoçar a um pequeno café perto da área de serviço.

Tiramos muitas fotografias e uma em família com as araras. Foi mesmo divertido! Um dos tratadores até nos deixou dar comida às suricatas (acho que foi porque a Corrine, o Spencer e a Marian não o largavam).

Pelo caminho de volta a casa conversamos sobre o que gostamos mais e todos concordamos com a Corrine, todos gostamos mais dos macacos.

Sabíamos que esta despedida não seria fácil mas tínhamos a certeza que seria uma questão de força!