Capítulo 07

2K 193 10
                                    

:::: NINA:::::

 Nos apresentamos e sentamos todos juntos. O vadio do Artur que não é bobo nem nada, se sentou ao lado da Anette e embalou um papo com ela. Eu fico entre a Ariane e meu gato que agora sei que é alemão e está no Brasil a trabalho. Ele pede mais algumas garrafas de cerveja Desesperados e acaba gostando do sabor da nossa cerveja preferida. Depois de várias garrafinhas e um papo muito agradável onde só eu falo e ele me observa e me come com os olhos. Ele parece ser quente e estou louquinha para ver do que este alemão é capaz.

O homem baixinho que até este momento estava em silencio, faz sinal para falar em particular com o Jürgen. Os dois vão para um canto do camarote e o João começa a gesticular e falar algo para o Jürgen que se inclina um pouco pra ficar mais próximo do seu rosto, passa as mãos pelo cabelo como se estivesse nervoso com o que o baixinho dizia.

– Nina. Aconteceu alguma coisa? - Me pergunta a Ariane olhando na direção dos dois que parecem estar discutindo. – Não sei! Mas também estou achando estranho, não gostei deste baixinho, ele tem cara de mau encarado e quando me olha sinto arrepio. – digo olhando em seus olhos e da para perceber que está alegrinha da silva!

- Se você quiser podemos ir embora. Já estou cansada. -Diz a Ariane se levantando e eu no seu embalo. Estou com os pés doendo e este alemão e meio lento demais para o meu gosto. - digo decepcionada.

Depois de mais alguns minutos ele volta e para do meu lado com uma cara estressada. - Você já está indo embora? - me pergunta, passando os braços pelo meu ombro como se já fosse ser convidado para ir comigo! Ai fala sério.

- Sim, estamos cansados e manhã temos compromisso.- Digo pegando a mão da Ariane. – Arthur? Vamos embora. O safado me olha com cara feia e eu nem quero saber, já sei que tá doido pra transar com a Anette e eu nem ligo! Adoro ser empata foda.

- Eu levo vocês. O meu motorista está do lado de fora. – diz Jürgen ansioso.

- Não precisa Jürgen, vamos pedir um UBER. Digo tentando me livrar do seu aperto e do olhar de malícia que o tal do João me dá.

- Nem pensar! A Anette veio de carro e o Arthur pode ir com ela e o João. E nós vamos no meu carro. - diz sem dar margem para discussão me olhando fixamente. - Você guardou algo na chapelaria? Me pergunta o mandão lindo!

- Não! Já que NÃO TEM JEITO ENTÃO VAMOS. Grito saindo e descendo as escadas para fora daquele lugar. Droga! Eu devia ter dado mais voltas por esta balada, agora está lotado e cheio de gatinhos. Da próxima, nem pensar em pegar o primeiro, vou aproveitar a noite.

Chegamos do lado de fora e Jürgen manda uma mensagem para o motorista para trazer o carro. Jürgen desce os braços pela minhas costas e pousa as mãos na minha cintura, levanto o meu rosto e observo o seu perfil. Do lugar que estou ele é mais ou menos uns vinte centímetros mais alto que eu. Suas mãos grandes em minha cintura me segura firme como se não quisesse me deixar fugir.

Assim que o carro chega a minha boca cai, uma linda limusine preta é estacionada pelo motorista em nossa frente e logo atrás um outro carro é estacionado e a Anette, Arthur e João entram.

Jürgen, abre a porta para entrarmos na limusine, ele entra e senta na nossa frente. Assim que saímos, ele me pergunta se estamos com vontade de ir para outro lugar beber. Eu neguei, dizendo que estávamos cansadas e temos compromisso pela manhã. Perdi a vontade de fazer qualquer outra coisa, percebi que depois que ele e o tal João conversarão em particular ele tem evitado de me olhar nos olhos, como se algo estivesse o incomodando.

Informo o endereço da minha casa para o motorista, e estou tão cansada que nem reparo no caminho que estamos fazendo, só penso na minha vida e como as coisas estão se desenrolando, sinto que falta algo, emoção talvez. Não consigo organizar as coisas na minha cabeça, são tantas perdas e a que mais me dói é o sumiço da minha mãe, ela deixou um vazio imenso, sendo impossível de substituir a sua ausência. Uma pessoa maravilhosa e especial.

Saio deste pensamentos para observar com mais atenção o trajeto que estamos fazendo. Quando dou por mim percebo que estamos num lugar desconhecido e distante do centro de Florianópolis.

- Porque estamos aqui? – dirijo os meus olhos para Jürgen e pergunto. Mas sentindo que algo está errado e ele apenas me olha sem nenhuma expressão.

Continua....


:::::::::::::::::::::::::::::

Estou tão animada! Aos pucos estou deixando este livro mais que especial. 

Por favor, não esquece de votar e comentar.

Bjokas!

Faby Cruz





Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018Onde histórias criam vida. Descubra agora