Capítulo 19

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Ai que lindo! Animada e feliz.. Tenho que aproveitar e postar bastante não acham?

***** NINA ******


 Fiquei absorta em meus pensamentos. Mais uma vez ouço a maçaneta se mexer, barulhos vindos atrás da porta. Pisquei algumas vezes para espantar o sono e cansaço que me castigava. Já perdi a noção do tempo e meu corpo está sentindo os efeitos das horas na mesma posição. Mais um barulho e prestei mais atenção aos ruídos atrás da porta. Um estampido agudo. Pareceu um tiro! São vários tiros! O caos está formado atrás daquela porta. A única forma de entrar ou sair deste cativeiro é por lá. Tenho certeza que foram tiros que escutei.

Todas nós começamos a gritar e chorar de medo. Parece uma guerra. Por alguns minutos o barulho foi ensurdecedor, gritos e estrondos de bombas verberaram do lado de fora. De repente o barulho cessou e o silencio se instalou do lado fora, só ouvimos o choro e as lamúrias das moças amarradas aqui, neste maldito cubículo.

Eu estava gelada como nunca estive até agora. Já não sabia se o tremor que eu sentia transpassar por todo o meu corpo era por causa do cansaço ou o medo do que viria depois que aquela maldita porta fosse aberta. Poderia ter qualquer coisa atrás dela. Nossa salvação ou a morte de vez por todas.

Meus olhos estão fixos na maçaneta, como estou presa pelos pulsos acima da cabeça bem em frente a porta, seja lá o que entrar por esta porta estará de frente comigo. Quero estar preparada para o que vai entrar por ali. Mais um barulho na maçaneta, um ranger da maldita porta sendo aberta aos poucos. A luz artificial entrou pela fresta aberta. Prendo o ar. Instintivamente dei um passo para trás. Meu coração parou assim que a porta se abriu totalmente.

Arregalo os meus olhos. - Estamos mortas, estou vendo um anjo! Um anjo de polo e calça jeans? Sem asas? Não é anjo. - Será que veio nos matar? Instintivamente dou mais um passo para trás, meus pulsos doem, más sinto em meu intimo que devo fugir. Meu instinto de sobrevivência me diz para correr na direção oposta deste homem.

Ele se aproxima nos analisa uma por uma e sorri satisfeito! Anjo porra nenhuma é o demônio. Estamos mortas. Desvio os meus olhos do demônio lindo de jeans para a porta aberta e vejo dois homens de terno caídos do lado de fora. Um arrepio percorre a minha coluna e os meus tremores aumentam. Estreito os meus olhos para tentar ver melhor os homens mortos. Um deles é o cara que me trouxe arrastada pelos cabelos assim que chequei a este maldito lugar e o outro não consigo ver direito, mas estão envoltos por poças de sangue, realmente aconteceu uma guerra lá fora e o que ouvimos foram tiros. Se os carcereiros estão mortos, então este homem lindo de aparência angelical será o nosso novo raptor? Ou salvador?

- Me chamo Alex. - Vamos tirá-las daqui, tenham paciência. Ele diz com um meio sorriso nos lábios e eu fixo os meus olhos nele, sem piscar uma única vez para não perder nenhum detalhe da sua figura bonita. Mais alguns homens entram no nosso carcere e um deles se aproxima e fica ao lado do tal Alex.

- Gael, peça aos soldados suas camisas e dê para as moças se cobrirem. Um a um os homens foram obedecendo as ordens do tal Alex. Todos os homens que entraram com eles estavam vestidos de terno e gravata. Roupa estranha para virem a um resgate e tiroteio. Mas o que me deixou sem folego foi vê-lo tirar a camiseta polo bem na minha frente, como se quisesse me provocar, seu olhos não deixou os meus enquanto ele tirava a camiseta. Cruzes que é isso? Ele conseguiu, ganhou a minha atenção e me deixou quente e com a calcinha alagada.

Pisquei algumas vezes só para tirar o desejo da minha mente. Nem pensar que caio nesta de novo, chega de ser levada pela luxuria ou a vontade de passar a mão neste peito másculo e gostoso.

Fecho os meus olhos e respiro fundo na tentativa de tirar da minha mente a imagem dele sem camiseta. - Ei! Dá pra soltar agente? Estamos presas a horas, vocês não se importam? Digo balançando os bracos, as correntes tilintam quando se chocam uma na outra. Os dois se viram na minha direção e o tal do Alex dá mais um passo e para bem na minha frete. Ele é mais alto que eu e quando se aproxima tenho que levantar a cabeça para ver seu rosto. Poxa e que rosto, sei que não estou em posição de falar nada mas ele é mais lindo de perto.

- Nos desculpe senhorita, vamos soltar todas vocês. – ele segura os meus pulsos e me desamarra, sem deixar de olhar nos meus olhos. Quando as suas mãos seguram o meu pulso sinto um choque percorrer o meu corpo, uma sensação boa e quente. Arregalo os meus olhos e procuro os dele para fita – lo. Ele está com os olhos verdes arregalados me olhando sem piscar. Ele sentiu a mesma eletricidade que eu, não estou sozinha.

Como uma boa provocadora que sou dou um sorriso cínico para ele, deixando bem claro que sei que ele sentiu a mesma coisa que eu. Ele pisca algumas vezes, como se estivesse saindo de um transe e me desamarra com pressa. Assim que ele me solta sinto as minhas pernas fraquejarem, me inclino para cair, mas antes que isso aconteça ele me pega em seus bracos fortes. Seu perfume toma minhas narinas e sentidos, sinto os seus músculos se contraírem com o contato da minha pele nua com a dele, minhas mãos vão direto para o seu peito nú, ai nossa senhora das abandonadas, como ele está quente. 

Continua........


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Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018Onde histórias criam vida. Descubra agora