Gael olha para o irmão e depois para mim, seu olhar é de pena. Para mim? Ele respira fundo. ─ Vamos todos para fora. - ele diz para os homens parados que até o momento estavam com os olhos grudados no sapato sem mexer um único músculo. – tudo bem que isso é estranho, homens do tamanho de uma jamanta obedecendo como um bando de cachorrinhos adestrados. Tá, ele é perigoso!
Quando todos saem. Ficamos somente ele e eu, a Ariane foi levada para fora com o Gael na sua cola. Engulo em seco.
– O que você quer de nós? ─ pergunto exasperada.
- Nunca mais me responda ou levante a sua voz na frente dos meus homens. Não vou admitir falta de respeito da sua parte ou de qualquer um. Desta vez vou deixar passar, mas na próxima, acabo com esta sua petulância de uma vez.
Não consigo dizer nada! Suas palavras penetram a minha mente e tento assimilar a informação. Ele disse como se ainda fossemos ter mais alguma coisa depois de hoje. Poxa! Não quero nunca mais voltar a me lembrar deste fim de semana e muito menos dos riscos que corremos. Quero a minha vida de volta segura e feliz. Sem preocupações.
Sua voz sai feroz, parece que a sua paciência foi pro ralo de uma vez, me sinto encurralada. Ele dá um passo na minha direção e eu instintivamente vários outros passos para traz, até sentir a parede pressionar as minhas costas. Num segundo, ele está bem próximo do meu corpo. Seu calor e cheiro me envolvem novamente. Suas mãos sobem pelos meus braços, ombros e param na curva do meu pescoço e maxilar. Ele passa o polegar no meu maxilar, não consigo respirar por causa da aproximação. Um formigamento elétrico pulsou por onde ele passou as mãos em meu corpo.
E isso é estranho!
Sinto o seu halito quente e isso me exita. Droga! Este bastardo está me provocando e eu sou uma gelatina nas suas mãos. Subo as mãos por sua barriga e pouso as palmas abertas em seu peito, levanto a cabeça para encontrar seus olhos em chamas. Coloco a ponta da língua para fora e passo nos meus lábios ressecados, sem tirar os meus olhos dos dele. Na mesma hora sinto os seus músculos se contraírem com o meu contato e ele solta um gemido. Sexy pra caralho! Tudo bem, estou afetando-o. O olhar furioso que ele tinha sumiu no momento que coloquei as mãos em seu peito.
- Dá pra você tirar estas mãos de cima de mim?
- Valentina, achei que estivesse sido claro sobre o respeito e obediência? - ele diz com a voz rouca e bem afetado pelo show da minha língua passando nos meus lábios.
Eu bufei e revirei os olhos. - Esqueça, Já basta o assedio destes lixos que me trouxeram aqui, ainda sou obrigada a aturar as suas investidas e ameaças? - levanto uma das minhas sobrancelhas para que ele diga o contrario. Claro que ele fica em silencio, tá claro que ele me desejou no mesmo minuto que colocou os olhos verdes em mim.
- E não se preocupe. Assim que eu sair por esta porta você não me verá novamente, não vai precisar me olhar nunca mais. - ele estreitou os olhos e um brilho estranho apareceu, me fazendo estremecer por inteiro.
- Seu rosto é lindo. Sabia? E seus olhos são únicos! Vou caçar cada um destes desgraçados que te machucaram. Cada marca que esta no seu corpo e rosto não ficará impune.
Meu peito doeu com o seu desabafo, suas palavras pareciam sinceras, e o nô na minha garganta se intensificou, pisquei algumas vezes para espantar as lagrimas que queimavam os meus olhos e teimavam em querer cair.
- Como você sabe o meu nome? - é melhor mudar de assunto, não quero que ele pense que sou uma fraca.
- Eu sei muitas coisas sobre você. – ele passa o dedo no meu lábio inferior e mantém os olhos na minha boca. - agora fodeu de vez. Senti uma pontada na minha vagina traiçoeira. Nossos corpos continuam grudados e me sinto aquecida pelo seu contato. Ai droga será que ele vai me beijar?
- Eu encontrei o seu primo na floresta. Ele está bem! Por isso quero que fique comigo e protegida até que possamos resolver todos os problemas. - Você me entende?
Um alivio me toma e um sorriso se abre nos meus lábios machucados. - Graças a Deus! Obrigado. Foi muito difícil estas horas que estávamos aqui, achei que nunca mais iria me encontrar com o Arthur novamente. - respiro fundo me sentindo mais aliviada. Não sei qual a intenção destas pessoas nos ajudando. Más, não posso ser ingrata. Eles arriscaram suas vidas para nos salvar. E o mínimo que posso fazer é agradecer de coração pelo o que fizeram por nós.
- Obrigado pela ajuda. Antes de você chegar eu estava perdendo a esperança de conseguir sair desta situação. - abaixei minha cabeça sentindo vergonha de assumir em voz alta que morreria a qualquer momento. Cheguei mais perto do seu peito nú e encostei minha testa na sua pele, envolvi meus braços em sua cintura e o abracei com força. Deixei as lagrimas caírem sem controle, precisava desabafar toda a merda que passei até agora.
Chorei descontroladamente, mesmo com o rosto inchado pelas surras que levei, não me importei. Não sei se ele é acostumado a servir de "ombro amigo", más a única coisa que ele fez, foi passar as mãos nas minhas costas e apoiar o queixo no alto da minha cabeça. Era o conforto que eu precisava, estava me sentindo impotente e com medo de não sair daqui e ainda ter que enterrar o Arthur. Perder mais alguém da minha família seria difícil demais.
Retiro os meus braços da sua cintura e tento me afastar de seu corpo quente. Ele mantém seus braços apertados em mim, não me afasto nenhum milimetro. Inferno! Sua pele tem um cheiro gostoso. Ele é do tipo de homem que não depila o peito. E eu gostei disso. Ele não tem muitos pelos no peito e barriga, os pelos são macios e cheirosos. Acho que exagerei nas lagrimas e seus pelos do peito estão um pouco úmidos.
- Você está mais calma? - ele me pergunta com os olhos verdes cintilado. Levanto mais a cabeça para olhá-lo nos olhos. Como ele não me soltou, continuei abraçada em sua cintura e apoiei meu queixo no seu peito.
- Sim! Mais uma vez obrigada. - Gostaria de ver meu primo.
- Vou te levar no hospital e você vai ver um médico também.
Suspiro resignada. - Sim, estou com muita dor no rosto e meu corpo está dolorido! ─ ele mantém seus olhos nos meus, seus lábios comprimem e ele se afasta. meu corpo protesta com a separação, estava quente e gostoso ficar em seus braços. Ele passa os braços por baixo das minhas pernas e costas, dou um pequeno grito de susto, quando Alex me segura em seus braços como um bebe.
- O que você está fazendo? Eu posso andar sozinha. - digo.
- Não quero mentir. Tem muitos corpos e sangue até a saída deste lugar. Por favor, feche os olhos. - não penso duas vezes, passei os meus braços no seus ombros, encosto a cabeça na curva do seu pescoço e respiro fundo o seu cheiro gostoso e fecho os olhos com força.
Continua...
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O avatar para a Nina é a modelo (Sarah McDaniel), os olhos dela são assim mesmo. Uma raridade. Logo vocês vão entender porque escolhi a Sarah.
Obrigado pelo carinho e respeito pelo o que escrevo.
Bjokas!
Faby Cruz
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Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018
RomanceAlexander Benvenutto, rico e mesquinho. Futuro "CAPO" da mafia italiana. Tem tudo e todos aos seus pés. Só por causa do seu sobrenome? Não. Ele emana poder e perigo. O seu único objetivo na vida é arrancar tudo de todos. Por anos ele gastar...