Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018

Capítulo 19.2

 - Você está bem? – me pergunta. E seu rosto está bem próximo do meu! Seu halito é fresco como se tivesse acabado de escovar os dentes. Ele é lindo e gostoso.

- Já estou melhor. Pode me deixar, posso ficar de pé. - Digo me sentindo uma idiota por deixar claro que ele me afeta.

- Há... ok! - ele diz deslocando o seu corpo do meu, más sem tirar a mão da minha cintura. Faço força para não cair de joelhos, sinto as minhas pernas fraquejarem mais uma vez, estou faminta e com sede. Quando me sinto totalmente segura solto os seus braços e firmo o pé no chão.

- Obrigada por ter nos salvado. - digo, olhando fixamente em seus olhos, ele estica os braços e eu pego a camiseta que ele segura, me visto rápido, estou me sentindo constrangida. Respiro fundo quando a sua camiseta quente entra em contato com meu corpo, seu cheiro entra nas minhas narinas e me sinto em casa, tranquila.

- Bem, como eu disse antes me chamo Alex e este é meu irmão Gael. Olho na direção que ele aponta onde está um gato tão lindo que está desamarrando a Ariane e ela fala algo bem baixinho para ele, pelo menos a voltou a se comunicar.

- Obrigada pela ajuda Alex, preciso sair daqui logo.

- Sim, vou levar vocês. - Está bem para andar?

- Sim! Preciso correr, os caras que nos trouxeram aqui atiraram no meu primo, ele deve estar ferido na mata. - Nem sei quanto tempo estamos aqui. - vou falando e andando em direção da Ariane.

- Ariane você está bem? Ela acena que sim com a cabeça, segura a minha mão e me abraça bem forte!

- Obrigada! Por não perder a esperança por nós duas. - Diz a bobinha da minha prima, Mal sabe ela que quase dei um ataque de pelanca alguns minutos antes do pessoal chegar para nos salvar, minha esperança já estava minada. - Vamos atrás do Arthur? Preciso encontra – lo.

O tal do Gael tira a sua camiseta e dá para a minha prima que ainda está de lingerie, a amalucada pega e fica olhando para o peito dele. Droga! Eu nunca vi a Ariane olhar assim para um homem, puta merda, pior que nem eu consigo parar de olhar para o seu corpo dourado e nú. O cara é gostoso demais.

Dou um apertão no seu braço para ela acordar. Ela pisca algumas vezes e sorri abertamente para o Gael. Ele fica olhando para ela e sorri mostrando todos os dentes e as covinhas nas bochechas. Assim que ela se veste olho em volta e as moças que estavam conosco estão sendo amparadas e vestidas por alguns homens. Me sinto mais tranquila, pelo menos estas foram salvas e poderão voltar as suas casas e suas vidas em segurança. Seguro a mão da Ariane e dou um passo em direção a porta.

- Posso saber onde vocês pensam que vão? Ouço a voz grossa do Alex.

Me viro para olhá-lo nos olhos e digo. - Como eu disse anteriormente o meu primo foi baleado e vamos procurá-lo. Preciso achar uma delegacia para fazer uma denuncia. Isso que aconteceu aqui não vai ficar impune.

- Ninguém aqui vai fazer denuncia alguma. - As duas só saem se for comigo. – ele sorri maldosamente, seus olhos se iluminam e os dentes brancos e perfeitos aparecem. Meu coração para de vez. Droga! Será que seremos encarcerada por ele também? Olho em volta e todos estão nos olhando, as meninas que estavam amarradas são apoiadas por alguns homens, dá pra ver de longe que estão fracas e cansadas. Volto meus olhos para o Alex. Muito bem, se eu tiver que passar por cima deste aí, é isso que vai acontecer, ninguém mais vai me prender ou ditar como será a minha vida. Dou um passo em sua direção, firmo meu pé e ele me acompanha com os olhos divertidos. Vou entrar no jogo dele.

- Vai a merda! - digo olhando bem no fundo dos seus olhos azuis. Seu sorrisinho some e ele fecha a cara numa carranca - Você pensa que é quem para nos manter aqui presas? Já sofremos o suficiente até agora e a maioria das moças que estavam aqui foram levadas sabe se lá para onde. – ele faz menção de dizer algo e eu levanto a mão com a palma aberta para que ele se cale. - Eu ainda não terminei.

- Você quer reconhecimento? Que tal encontrar as moças que estavam aqui comigo? Todas elas foram levadas contra a vontade. Aproveite a energia dos seus homens e façam mais coisas boas pelo próximo. Mas nem você e ninguém vai me deter ou prender.

Ele dá mais um passo na minha direção e diminui a distancia de nossos corpos. Não me mexo, mesmo sentindo uma vontade de correr na direção oposta. Fugir dele seria a minha primeira opção. Más o meu orgulho é maior do que o medo dele. Sinto o seu cheiro e a eletricidade de nossos corpos se fundem, um arrepio percorre a minha coluna e os cabelos da minha nuca se eriçam com a sua aproximação.

- Eu? - ele diz com um sorrisinho de lado apontando para si mesmo com o dedo indicador. - Sou o cara que salvou esta sua bunda linda de um fim pior. - Eu? sou o cara que colocou em risco a vida dos meus homens para tirar você daqui. Será que estes motivos são suficientes para que você me obedeça?

Um calor sobe por meu pescoço e se instala em meu rosto. Estou vermelha. Respiro fundo. - Se você quer agradecimentos e honras pelo que fez. Obrigada! Mais que isso não podemos dar. Já tentaram arrancar de nós tudo até a nossa dignidade e nossos direitos.

- Você está vendo as marcas no meu corpo e rosto? - ele percorre os olhos pelo meu corpo, e para em cada marca roxa espalhada pela minha pele, mas pelo inchaço nos meus olhos e bochechas eu devo estar pior no rosto.

- São marcas de alguém que não abaixa a cabeça nem a pau! E se eu tiver que socar a sua garganta presunçosa para ter a minha liberdade. Assim será! - ele me olha com os olhos vermelhos de raiva, seu maxilar se retesa e sua boca se contrai numa linha reta. O que será que ele quer de mim? Que pulasse em seus braços e agradecesse entusiasmada pela a ajuda? E o que ele ganha nos prendendo ao seu lado?

Ele se vira e olha para o irmão Gael. - Leve todos para fora, quero ter uma palavrinha em particular com a Valentina.

─ Alex, por favor não é o momento, elas estão cansadas. ─ Diz o tal do Gael.

─ Eu disse para saírem agora!. ─ ele grita.

Continua...

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Agora a Nina morre. Sera?
Espero que não! Esta doida ainda tem que aprontar muito.

Obrigado!

Faby Cruz