Capítulo 12

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::::Nina::::::

 Estamos em uma área industrial com vários galpões e armazéns. O carro segue passando por várias ruas até parar em um galpão com alguns carros estacionados. Vários homens armados e bem vestidos estão do lado de fora. Não reconheço está área de Florianópolis, talvez ele tenha dado algumas voltas para nos confundir.

Assim que o carro parou, fomos empurradas para fora e arrastadas para dentro por uma porta de aço, está escuro quase não conseguia ver nada.

Eu tento de toda forma lutar, planto meu calcanhar no chão e jogo meu peso para tras, faço força para soltar os meus braços e nada, os dois brutamontes que estão me carregando para dentro nem se abalam com minhas tentativas de fulga. Olho para Ariane, ela não chora ou diz nada, simplesmente segue sem dar trabalho algum, parece estar resignada ao nosso destino.

Somos levadas por um corredor com varias portas abertas, em uma das salas tem algumas mesas com homens de terno bebendo e fumando. Algumas mulheres semi nuas os servindo. Perece um prostíbulo! Meu Deus onde estamos?.

Os homens que me arrastam param em frente a uma porta e fico mais assustada. Lá dentro uns homens vestidos com calça, camisa e jaleco branco, nos pés uns panos brancos parecendo com sacos de tecido e elástico prendendo o tecido nos tornozelos. Luvas de látex cobrem as suas mãos, tocas e mascaras cobrem os seus rostos. Um hospital improvisado!? Jesus! Não me abandone agora! As paredes estão cobertas por plástico transparente. Como se quisesse deixar esterilizado o lugar.

Meus olhos voam para todos os cantos desesperada para achar uma solução. No canto direito da sala estavam vários equipamentos usados em um hospital, três macas uma delas tinha um volume estranho, parecendo a silhueta de uma pessoa coberta com um lençol branco até a cabeça. Sera? Sinto o medo me tomar e um arrepio percorre o meu corpo. Os dois homens que seguram os meus braços apertam com força e uma lágrima caí dos meus olhos.

Os homens que me subjugam me empurram com força para o meio da sala esteriliza. Me olham e riem como dois demônios diante do meu desespero.

- Veja as delicias que encontramos! - Lindas não acha? – diz o homem que segura o meu braço direito para um dos homens vestidos de branco que continua usando uma mascara medica para tampar o seu rosto.

- Sim! São lindas mesmo. - Amarre as duas nas macas vagas. Quero fazer teste para saber se são compatíveis com o que preciso. – o homem da minha direita assente com a cabeça e me puxa na direção das macas. Eu luto feito uma fera, me solto do agarre de um deles e soco o seu nariz com o punho fechado. No mesmo instante ele cai de joelho e solta um grito de dor. Me viro e tento dar uma joelhada no filho da puta que ainda tenta me conter. Mas parece que ele já sabia da minha reação e se desvencilha do meu ataque nas suas bolas. Nem percebi quando um soco é desferido no meu rosto. Fico zonza! Perco o equilíbrio e caio no chão coberto por plástico.

- Humm! Esta aí é uma ferinha hein doutor! Cuidado com ela. - diz o babaca que me acertou no rosto. Ele me agarra pelos braços e me levanta com raiva.

- Agora você vai deitar nesta maca e fazer os exames que o doutor quiser. Para cada tentativa de fuga, você tomará um soco nesta carinha linda. Entenda, teremos o que eu quiser de você por bem ou mau. Não ligo.

Com os meus olhos embaçados pelas lagrimas e a dor horrível no meu rosto encho a minha boca de saliva e cuspo na sua cara. Por causa do soco sinto o gosto de ferro na minha boca. O cuspe sai com sangue e a cara dele fica manchada de vermelho. Estou louca? Achei engraçado e rio. Gargalho feito uma louca, os quatro homens que estavam vestidos de branco ficam paralisados me olhando. O que eu golpeei no nariz me olha com os olhos confusos. E o idiota que está tentando me assustar está parado sem reação com o meu cuspe de sangue escorrendo pelo rosto sem mexer um músculo.

Eu não paro de rir. Num surto de coragem fecho meu punho direito e desfiro um soco na garganta do homem a minha frente e ele cai para traz como um poste e não mexe nenhum músculo.

- Ops! Desculpa foi sem querer. Ainda bem que fiz aulas de capoeira! – e rio mais, minha barriga doí de tanto que me divirto com a reação de todos na minha frente. Isso é um pesadelo, vou acordar já, já e estarei em casa na minha cama macia. Nada de ruim pode acontecer comigo no meu sonho, estou protegida.



Continua.....

Coitada da Nina e da Ariane. 
O que será que vai acontecer? 

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Bjkas!
Faby Cruz

Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018Onde histórias criam vida. Descubra agora