Capítulo 32

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»»»»NINA»»»»


 Saí com o coração e a mente em um turbilhão. Não olhei na cara do Alex e nem pretendo falar com ele. Vou ignorar até estar no meu apartamento, na segurança da minha vida. Depois disso, pretendo esquecer estas porcarias todas e seguir em frente. Nunca me senti tão confusa com tudo a minha volta. A exaustão esta batendo forte. Todo meu corpo está pedido por um descanso, más não posso deixar estes meninos sozinhos. Tenho medo que o Alex os mate.

O Erick me seguiu até o carro e eu agradeci por sua ajuda. Ele pegou duas camisas dos soldados e me ajudou a colocar nos meninos, eles estavam tão debilitados que dormiam tranquilamente em meus braços. Quando terminamos de vesti-los, eu os acomodei no banco de trás do carro e o Erick me deu a sua camisa para que eu vestisse no lugar da do Alex que estava suja de sangue. Poxa! Ele tinha que ter um cheiro tão gostoso? Me senti tão bem.

- Obrigado Erick pela ajuda! - olhei nos seus olhos antes de dar uma boa conferida no seu corpo gostoso, coberto por tatuagens. Miséria! Além de cheiroso é gostoso que doí.

Ele sorriu de lado e eu me derreti com isso. - Sempre estarei a disposição Nina. Agora, entre no carro e por favor não saia. Chega de confusão por hoje.

- Sim soldado! - bati continência igual a um soldado do exercito e ele sorriu. Entrei no carro, no banco de trás, acomodei cada um dos meninos em cada uma das minhas pernas. No mesmo instante eles se deram as mãos e apoiaram suas cabeças em meus braços para voltar a dormir. Será difícil separar estes dois, parecem irmãos siameses.

(...)Algum tempo depois, eu estava incomodada com a demora. Olhei na direção do galpão, o Alex e um grupo de homens vinham na direção do carro que eu estava. Gelei. Ele não sorria. Parecia endemoniado, seus olhos estavam fixos no carro, o sol já tinha aparecido completamente, a luz batia nas paredes do galpão logo atrás dele. Isso lhe dava um ar ainda mais forte e determinado. 

Será que ele vai arrancar os meninos dos meus braços?

Observei cada passo que ele dava em minha direção e esperei pelo pior. Não sei o que esperar destes homens, nem o que fazer para me manter em pé. Preciso pensar em algo para me defender, isso tem sido impossível. A cada momento me sinto mais presa a este grupo estranho.

No inicio achei que fossem policiais pela forma como invadiram o nosso cativeiro. Más quando vi a como o Alex trata os homens que ele chama de soldado, percebi que não são homens da lei e muito menos homens íntegros que fazem o bem simplesmente para ajudar.

Então, me pergunto: Quem são? De onde? E o que querem? Se não são da policia e muito menos de algum departamento secreto do governo. Quem realmente são estes homens e de onde ele vêm? Ouvi alguns homens conversando em Italiano, me fiz de ignorante, não quero que saibam que entendo perfeitamente o italiano e mais 5 outras línguas, além do português.

Me fiz de boba e ouvi a conversa parcialmente. Eles falavam com alegria sobre um ataque aos inimigos em toda a região de Florianópolis. Também falaram sobre algo da mafia e a palavra "Capo" e como é importante defender e proteger o Herdeiro da cadeira! Más que raios de herdeiro eles estão falando? E que merda é esta de Máfia? Que eu saiba isto é papo furado para um bando de delinquente aterrorizarem a sociedade. Assim como um bando de facções que comandam um montão de porcarias no Brasil.

Me espremi o mais afastada possível do lado oposto que o Alex entraria no carro. Não queria chegar perto dele. Prendi os meninos nos meus braços e peguei na maçaneta da porta do lado contrario que ele entraria. Se ele tentasse tirar os meninos de mim, eu abriria a porta e correria pela floresta com eles nos meus braços. Chega de maldades com estes garotos! Eu vou defendê-los com minha vida se for preciso. Droga! Não tenho mais nada a perder. Que se dane.

Alex abriu a porta do passageiro traseiro e olhou pra mim, seus olhos percorreu meu corpo e me aconcheguei mais ainda no conto contrario para manter uma distancia segura. Apertei os braços em volta dos meninos em forma de proteção. Não consigo nem olhá-lo nos olhos. O que ele fez comigo não tem perdão. Mesmo que ele tenha salvado a minha vida e dos meus primos. Não posso compreender tamanha violência. Mesmo que eu tivesse xingado a mãe dele de vadia. Ainda assim, ele não teria o direito de me espancar e humilhar.

Senti que ele me olhava, virei meu rosto e me deparei com seus olhos verdes me observando. Ele se sentou e bateu a porta do carro com violência.

Tomei um susto, más me mantive em silencio. Acho que nem respirando eu estava. A única coisa que me preocupava era com suas atitudes. Eu estava com os nervos a flor da pele e isso me fazia sentir encurralada por todos os lados.

- Podemos ir Erick. - estava tão distraída pensando em como fugir que não reparei que o Erick estava sentado no banco do motorista e mais um outro senhor ao seu lado. Voltei a olhá-lo e seus olhos ainda continuava em mim.

- Você está bem? - ele me pergunta. Não consigo acreditar que esteja realmente preocupado comigo.

- Só quero ir para o hospital ver meu primo e passar os meninos com um médico. - disse, e virei meu rosto para não ter que ver seus olhos tão lindos e frios. Não vou demonstrar meu medo e muito menos que estou tremendo dos pés a cabeça.

- Antony!

- Sim, senhor Alex. - o Alex chama o nome do senhor sentado ao lado do Erick.

- Diga ao Gael que vamos para o hospital. Peça para ele ir com a Ariane e as outras garotas para a mansão. Mande um médico da família para lá.

- Sim senhor! - o Tal Antony diz e saca o telefone. Olho novamente para o Alex e ele está me observando em silencio com um sorrisinho de canto de boca. Não demonstro nenhuma reação. Coloco a cabeça no encosto do banco e fecho meus olhos. Ainda terei um longo dia e não pretendo desabar ainda, preciso ser forte mais um pouco. Tem muita coisa em jogo para neste momento demonstrar fraqueza à este bastado.

Continua....


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Eu mereço uma curtida! Estou escrevendo feito louca...

Obrigado por vir!

Bjokas!

Faby Cruz

Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018Onde histórias criam vida. Descubra agora