Capítulo 10

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** SEM REVISÃO**
Avatar de Jürgen Mallmann será - DAVID GANDY.

Como vocês já perceberam, gosto de associar meus personagens a avatares com feições fortes. Gosto de homens com cara de sedutor, marcas de expressão e olhos penetrantes. David, além de ser um super modelo é inteligente, faz vários trabalhos comunitários e, está solteiro! Aff... não tenho a sorte de um gato destes cair no meu colo. 

::::::::::::::NINA:::::::::::::::::::::


 - Jürgen! Onde estamos? - digo alterando a voz e a Ariane segura a minha mão e me olha apavorada. De repente o carro para, olho para fora e busco algo para usar como referencia em minha memoria, qual nossa localização? Ambos os lados da estrada está rodeada por árvores e mata fechada, não tem nenhuma casa ou prédio, muito menos pessoas perambulado. Quando volto a minha cabeça para ao Jürgen ele apontada uma arma em nossa direção.

- Eu sinto muito, não queria fazer isso mas tenho obrigações. - Agora desçam. - diz o filho da puta apontando com a arma a porta do carro para sairmos. Abro a porta e empurro a Ariane para sair comigo. Ele sai, em seguida me cutucando com o cano gelado da arma.

- O que você quer seu idiota? – pergunto aos gritos demonstrando o tamanho da minha raiva. Ele não diz nada, apenas olha na direção de um carro que está se aproximando bem devagar. Olho em volta e não tem nada, nem mesmo uma misera casa ou loja. Não prestei atenção no caminho que estávamos fazendo, não sei onde estamos. O carro que Jürgen estava aguardando estaciona atrás da limousine e a vadia da Anette sai do lado do motorista. O tal do João pela porta de trás do passageiro com uma arma apontada na cabeça do Arthur.

Meu Deus! O que eles querem. Não temos nada de valor. Meu corpo estremece.

- Não temos dinheiro nem bens materiais. - O que vocês querem? – olho para a Anette e ela sorri ironica. Sinto que a Ariane tremer, ela é uma menina doce e gentil, vai ser difícil se recuperar deste baque. Sinto com a consciência pesada, é tudo a minha culpa. Se eu não tivesse aceitado me aproximar deste desgraçado nada disso estaria acontecendo.

- A coisa é bem simples lindas! As duas vão com agente e o seu priminho aqui. - ela aponta com o indicador para o Arthur que está parado ao lado da Ariane com a arma do João na nuca. – Morre aqui! – termina, sentenciando a vadia da Anete.

Vejo o Arthur cravar seus olhos na Anette, ela sorri debochada. - Sim, eu sei. Te enganei direitinho. - Você até que é lindinho, mas os negócios são mais importantes. Adivinha? No momento estamos precisando destas duas aqui. Ela aponta entre a Ariane e eu com o indicador. - Você não nos serve para nada.

- Vocês não vão levar elas. – diz o Arthur dando um passo na direção da Anette. - antes que ele a alcançasse o João que até o momento não se mexeu nem falou nada, deu uma coronhada com a arma na cabeça do Arthur. Ele cai de joelhos e coloca a mão na cabeça, atordoado.

- Desgraçados, o que vocês querem? Pergunta o Arthur com a voz abafada pela dor.

- Já chega! Anette. – Jürgen grita e olho para ele. Como pude me interessar por um ordinário feito ele? Seus lábios carnudos estão em uma linha fina, quase não dava para ver sua pele dourada e a cor de seus olhos verdes naquela escuridão. seus cabelos balançam com o vento da madrugada.

– Vamos levar as duas no seu carro. - João! você cuida deste aí, não esquece de sumir com o corpo. - diz o Jürgen e o João assente com a cabeça e um sorriso de satisfação aparece em seus lábios. A esta altura não consigo mais controlar as lagrimas. Este cara é um monte de bosta! Estou descontrolada com os acontecimentos. Sem saída, assim que vejo toda esta situação, a cada minuto que passa não temos muito tempo de vida.

A Anette nos empurra para o banco de trás do carro e o Jürgen senta do meu lado com a arma pressionando a lateral das minhas costelas, enquanto o João continua com a arma apontada na cabeça do Arthur. Olho para ele e vejo arrependimento. Sei que não nos veremos outra vez.

Anette da ré e vira o carro, neste momento estou horrorizada e desesperada! Vai ser o nosso fim. Olho para trás e vejo o Arthur fazer um movimento de capoeira com as pernas e acertar o braço do João fazendo a arma voar longe. Ele desfere um soco no rosto do João que cai parecendo desacordado.

Pelo menos foi esta a impressão que deu porque ele não mexeu nenhum músculo depois que caiu. O Arthur olha para a direção do nosso carro, vejo a sua indecisão em nos seguir para nos ajudar. A esperança me invade, me sinto aliviada, um peso some de meus ombros. Ao menos ele poderá se salvar, ele poderá procurar ajuda com a policia.

Minha garganta seca, encho meus pulmões como um nadador desesperado por ar no momento de um afogamento e grito. - Corre! – ele sozinho e desarmado não pode nos ajudar contra o Jürgen e a Anette que estão armados, se ele conseguir fugir podemos ter uma chance, nem que seja uma pequena esperança de sair desta e punir estes desgraçados que estão nos sequestrando.

Sem perder tempo ele se embrenha na mata feito um foguete e só escuto 3 tiros. O nosso carro para e a Anette desce, tento ver quem atirou e vejo que foi o motorista da limusine. Meu Deus por favor que não tenha acertado o meu primo.

A Anette volta para dentro do carro, olha para trás: - Não se preocupem meninas o motorista acertou 2 tiros no Arthur. É uma pena perder um homem tão bonito, mas as coisas são assim, todos temos um fim. Pelo menos ele não sofreu.-- ela diz em tom irônico. Depois de dizer estas coisas horríveis, ela se vira liga o carro e dirigi como se nada tivesse acontecido.

Neste momento sinto meus nervos amortecidos, minha mente se esvazia e não tenho mais consciência de nada a minha volta, não quero ver e nem sentir. Nada neste mundo poderia explicar o meu desespero e impotência nesta situação, preciso encontrar um jeito, uma saída para me desvencilhar das garras deste monstro.

Fomos sequestradas e não sabemos qual o motivo. Dentro do vazio da minha mente só o desespero me consome, meu peito arde e não consigo conter a explosão de lagrimas que banham meu rosto. No meu casulo emocional escuto um murmurio, um soluço, talvez um gemido, mas tenho medo de me mexer e sair deste lugar seguro que encontrei nas profundezas da minha mente.

Aqui, mesmo com medo não existe dor física nem a consciência que estamos sem saída. Não consigo deixar de imaginar as coisas horríveis que poderão acontecer com duas mulheres nas mão de pessoas tão ruins como estas, flashes do filme *Jogos Mortais passam por minha mente, carnificina, dor, sangue podre.

Volto a escutar um gemido, um sussurro baixo. Não consigo definir o que foi dito mas me pareceu ser meu nome. Sinto um aperto na minha mão esquerda e tomo consciência da presença da Ariane. Ela chora compulsivamente, como se uma dor excruciante atravessasse o seu peito.

Me sinto em divida, o remorso me consome. Me consome a culpa, isso tudo não estaria acontecendo se eu não tivesse me encantado pela beleza do Jürgen, me deixei levar pela sua simpatia e seu sorriso fácil. Ignorei as advertências da minha cabeça, os alertas da minha consciência que algo estava errado. Ignorei os arrepios que sentia quando o filho da puta do João me olhava com malicia.

Aos poucos vou saindo do meu esconderijo mental. Ela precisa de mim, da minha ajuda e abro os olhos aos poucos, pisco algumas vezes para espantar as lagrimas. Respiro fundo e olho para a minha prima querida que me olha com os olhos vermelhos e inchados. Até o momento ela não disse nada coerente e mesmo com as lágrimas descendo eu preciso raciocinar, e encontrar um jeito de sairmos desta encrenca vivas. Não digo nada apenas apertamos as mãos uma da outra com força. 

¨¨¨¨

Desculpa ficou grande este capítulo. 
Obrigado pelo carinho!

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Bjokas!

Faby Cruz

Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018Onde histórias criam vida. Descubra agora