Capítulo 25

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»»»»P.O.V - ALEX »»»»»»


Momentos antes da NINA entrar no galpão...


O inferno na terra. É isso que está acontecendo agora. Assim que entramos no galpão a imagem de pessoas penduradas pela mandíbula e sangrando feito animais, me abalaram. Cinco homens e uma mulher estavam retalhados e sangrando. Acho que os soldados também não aceitaram muito bem o que está acontecendo aqui. Alguns deles saíram meio curvados com cara de quem ia vomitar. O cheiro é insuportável, parece a mistura de carniça com algo mais, algo que queima a garganta e os olhos.

Olhei em volta para não ter que focar apenas nos corpos pendurados. Vários toneis espalhados pelo lugar me chamaram a atenção. O que será que eles fazem com isso?

- Alex vem aqui ver!! - meu irmão estava em pé na frente de um dos toneis que estava destampado olhando lá dentro. Eles eram de ferro, parecia medir uns dois metros de diâmetro por um de altura. Não sei precisar quantos tinham ali, más eram muitos e estavam espalhados formando um labirinto. Me aproximei com cautela.

- O que você achou? - pergunto por perguntar, porque coisa boa não deve ser.

- Estes caras são psicopatas!

- Do que você está falando Gael?

- Já ouvi dizer que dava para fazer isso, más nunca vi ao vivo. É maluquice. - me aproximei com mais cautela ainda. Dei uma olhada dentro do tonel e quase vomitei. Lá dentro, haviam umas três pessoas em pedaços. O cheiro estava insuportável. O lugar estava meio escuro, más dava para ver as três cabeças dos homens jogadas por cima dos partes de seus próprios corpos. Uma visão sinistra, digna dos piores filmes de terror.

- Meu Deus! O que é isso? - o Carlos e o Pedro se aproximam de nós e ficam chocados, tanto quanto eu.

- Explique isso Gael? - pergunto, porque ele estava com a cara de que sabia mais coisas.

- Simples maninho! - ele me olha com um sorriso enorme, achando graça que não atinei as funções desta parafernália toda a nossa volta.

- Depois que eles matam a pessoa, o corpo é pendurado pela garganta para que o sangue seja drenado totalmente do corpo. Depois, é só picar naquelas mesas ali com as serras elétricas e colocar nos toneis.

Meu sangue gelou. Isso é uma forma horrível de se morrer, sei porque nestes anos na máfia já vi de tudo. Passei meus olhos rapidamente pelas duas mesas á nossa frente. Estavam cobertas com sangue que ainda pingavam pelo chão.- Sinto que tem mais coisa aí? - digo ao Gael esperando que ele termine as suas observações.

- Sim, é claro. Tá vendo aqueles galões ali? - ele aponta na direção oposta á que nós nos encontramos. - São produtos químicos. Servem para dissolver os corpos.

- Porra! - gritei. - Assim não deixa vestígio e nenhuma possibilidade de exame de DNA.

- Pois é! Sem corpo, sem provas. Agora, fico me perguntando, quantos dos nossos homens eles capturaram e virou "purê" nas mãos da máfia alemã?

- Dio mio! - muitos dos nossos soldados desapareceram aqui no Brasil nos últimos anos, ninguém conseguiu rastrear as suas localizações. Até alguns consigliere viraram fumaça. - Quero saber dos dados de todos que passaram por aqui. Tem como descobrir Pedro?

- Já tenho uma pessoa trabalhando nos arquivos dos computadores do galpão que encontramos as meninas. Logo terei uma posição. - o Pedro Alcântara era a pessoa certa para este serviço, quando se tratava de tecnologia eu poderia contar com ele. Uma das muitas empresas que ele comandava como "CEO" era de tecnologia e desenvolvimento de software de espionagem militar. Ele tinha os recursos para descobrir o máximo de informações sobre algo ou alguém sem sujar as mão de sangue com uma bela tortura.


*** Continua.... 

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Faby Cruz

Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018Onde histórias criam vida. Descubra agora