Capítulo 31

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P.O.V – ALEX

- Alex! - suspirei tentando me controlar para não socar a cara do Gael. Antes de tudo ele é meu irmão. Se não, já estaria morto. Toda esta situação é culpa dele. Se tivesse me obedecido e matado os garotos eu não teria um problema com a Valentina, não seria desafiado pelos meus soldados. Me virei vagarosamente para encará-lo.

- Diga Gael. - ele me fitou sério, mais sério que o normal.

- O Pedro me informou que em 30 minutos tudo será desligado. - nem tinha reparado que o Pedro e o Carlos não estavam mais aqui. Olhei em volta e estávamos somente nós dois. - Ótimo! Precisamos partir.

- Outra coisa. - ele me olhou com os olhos nebulosos, o sorriso fácil que ele sempre tem, foi substituído por uma carranca. Inexplicável.

- Eu respeito a sua posição e sei bem o meu lugar na família, posso afirmar que não tenho um pingo de inveja da vida que você leva. É uma bosta, não gostaria de estar na sua pele. Más como seu irmão devo dizer que hoje você extrapolou todos os limites.

- Já estou de saco cheio Gael de tanto papo furado por hoje. Guarde a sua opinião para você. - digo dando as costas para ele.

- Eu ainda não terminei! - ele disse e eu virei para olhá-lo novamente. - E o que você ainda quer dizer?

- Não sei exatamente qual foi sua intenção em me ordenar matar aqueles garotos. Te digo que nem se fosse o nosso pai eu obedeceria. Seria maldade demais. Tudo tem um limite e este é o meu. Da próxima vez que pensar em me dar uma ordem destas, espero que esteja com a sua arma destravada. Porque eu não vou obedecer e você terá que me matar.

Ele passou por mim sustentando o meu olhar, em nenhum momento ele abaixou a cabeça, deixando claro que não está brincando. Quanto ao que ele acabou de falar não tenho argumentos. Talvez eu tenha perdido o tato solicitando a morte dos garotos. Más a sua afronta me põe doente. Não só ele, más também os meus soldados. Eles sempre foram fieis aos Capos anteriores e suas ordens eram obedecidas sem questionamento.

- Mais uma coisa Alexander. - me virei para deixá-lo terminar de falar tudo que ele queria. E pelo jeito eu não iria gostar.

- Prepare os joelhos.

- Como? Não entendi.

- Eu disse "prepare os joelhos", você vai precisar para pedir perdão á Valentina. Cara! você foi um bastardo com ela hoje. Se nossa mãe estivesse viva ela teria chorado de desgosto. Juro que se ela não tivesse metido a mão na sua cara eu teria feito. Não é assim que se trata á HERDEIRA, porra! - arregalei meus olhos, meu irmão nunca falou deste jeito comigo, e nunca usou a nossa mãe para me deixar de consciência pesada.

- Há! Antes de você sair daqui, lave o seu rosto, está marcado de sangue no formato exato da mão da Valentina. - ele sorriu em deboche.

Ele saiu sem dizer mais nada, me deixando sozinho. Eu nunca vi meu irmão deste jeito. Talvez eu tenha exagerado dando esta ordem de matar os menino, más mesmo assim terei que me livrar dos garotos. Eles não podem ficar no nosso meio. A morte para eles seria melhor do que crescer no meio de um bando de assassinos.

Sorri quando me lembrei dos olhos de raiva da Valentina, ela seria um ótimo soldado se não fosse mulher e tão bonita. Mesmo com os olhos queimando de raiva, ela é tão atraente que só dá vontade de colocá-la de quatro e surrar aquela bunda linda.  


Continua...

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Herdeira de Sangue - Origem da Mafia #watty2018Onde histórias criam vida. Descubra agora