Henrique
"Se um homem não sabe amar, ele é o pior
Covarde." - Henrique.🎀🎀🎀🎀🎀
Marcelo me ligou pela tarde me convidando para Lounge Lapa's, um novo lugar que abriu na Lapa. Claro que minha resposta foi sim. Tinha que comemorar por ter feito uma denúncia que seria de grande repercussão, o nome Farcoland causa medo, e é essa sensação que gostaríamos de ter. Meus irmãos seguiram com suas vidas, fazendo com que meus pais comprassem um apartamento menor para eles, que não achavam mais necessidade de ter uma casa com somente 3 membros da família.
André estava ficando doido com o fim da gravidez de Laila, Gabriel curtia o momento mais feliz de seus gêmeos que cresciam cada dia, Sabrina andava cada vez mais cansada e eu até me penalizo de sua situação, se carregar um já exige muito quem dirá dois no mesmo útero. Coitada. Gabriel mal pode vê-los nascer.
Estou me arrumando para minha noite, estava usando uma camisa social cor de vinho dobrada até os cotovelos, aberta no colarinho exibindo meu peitoral, uma calça jeans escuro e um sapato fechado e escuro também. Minha única preocupação é a merda do meu cabelo. Pego um pouco de gel e ajeito-os da maneira que eu sempre uso fora do tribunal.
Levo uns 35 minutos só no cabelo. Me perfumo e me olho analiticamente no espelho e dou uma piscadela. Em parte, sou muito vaidoso, reparo em meus dentes, estão mais brilhantes que nunca, minhas idas regulamentares ao dentista é uma das minhas prioridades.
Quando o caso da Viúva-negra caiu em meu sistema eu achei que isso poderia me deixaria num patamar mais alto. Claro, que tenho o sonho de me tornar um grande juiz temido um dia, por enquanto quero mostrar meu valor como promotor. Agora era aguardar João Miguel bater o martelo. Por enquanto era só relaxar. Saiu do banheiro e vejo Renata me olhar furiosa, sorrio.
- Cara feia para mim é fome! - exclamo.
- Idiota!
- Te amo.
Saiu do corredor e entro na sala e encontro meus pais aos "amassos" e faço careta.
- Não dá para fazer isso no quarto, não?
Eles pulam nervosos e sobressaltados, seus rostos ficam vermelhos como pimenta e não pude conter o riso.
- Oh Henrique....é...onde está indo? - pergunta minha mãe para disfarçar.
- Vou sair.
- Onde?
- Lapa, mamãe.
- Olha o deboche, moleque. - diz meu pai.
- Ok. Estou indo e não me espere!
Pego uma maçã e saiu as pressas antes que dona Alícia, comece seu interrogatório. Olho para meu relógio de pulso e vejo que vai dar sete da noite. Entro no elevador e aperto o "G" de garagem e rezo para que essa coisa vá mais rápido. Quando ele chega ao subsolo, saiu apressadamente e corro para meu civic preto e entro. Diferente dos meus irmãos, eu prefiro algo mais discreto do que um Rand Rover. Dou partida na máquina quase silenciosa.
*****
Estaciono numa vaga e desço, dou uma gorjeta ao flanela da rua e encontro Marcelo me esperando na porta da boate preta e roxa. O letreiro é bem chamativo, o qual deixou ele lotado. Marcelo sorriu para mim. Ele era mais velho do que eu e tinha cabelos escuros até os ombros, mas vivia com ele preso, sua barba por fazer deixava ele mais velho. Ele tinha 30 anos, e era casado. Mais é um verdadeiro cafajeste, galinha. Ele é amizade perfeita e bem vestido com uma roupa casual preta.
Entramos por já conhecermos o segurança quando ouvimos protestos de uma garota atrás de nós. Me viro para observá-las. Uma tinha cabelos louros, olhos azuis fervendo de raiva, usava um vestido preto bem decotado, iam até a metade da coxa, é a coisa mais linda e gostosa no mundo. Mas o que mais me chamou atenção foi a morena com rosto de menina ao lado dela. Estava abraçada ao seu próprio corpo, o semblante triste e vazio. Seus cabelos castanhos escuros iam até os ombros e tinha olhos da mesma cor que o cabelo, vestida com um vestido branco comportado que iam até a metade dos joelhos, com um pequeno corte na clivagem de seus seios bem redondos.
Sinto meu pau fazer festa dentro da calça, preciso pegar aquela garota. Marcelo pôs as mãos em meu ombro e se dirigiu ao segurança, falou algo em seu ouvido que aceitou, as meninas entraram. A loura me olhou de cima a baixo e fez bico, segurava a mão da morena que olhou diretamente para mim. Quem era ela? Elas passaram pela porta nos deixando para trás quando Marcelo se aproximou de novo.
- Loura bravinha, não? - comentou ele.
Assinto com um sorriso no canto da boca.
- A morena é bem recatada, pena que sou chato para ficar com a mesma mulher.
- Você não é chato, é insuportável, ainda marca dia de semana e horário! - replica ele.
- Com certeza, boceta nova todos os dias! Mas vou pegar ela.
- Eu até percebi a morena, me lembra alguém que vi pela tevê.
- Tira seus olhos, a morena é minha!
- Toda sua!
Começamos a rir e entramos no recinto.
*****
Já está ficando tarde, já peguei 3 garotas, diferente de Marcelo, que pegara apenas uma até agora. Ele está ficando vermelho de raiva por estar perdendo. Mais o rosto daquela morena estava enchendo minha cabeça eu precisava encontrá-la mesmo que no meio de uma multidão.
A música eletrônica estava alta, mais alta que o normal. A galera estava frenética e saltitante. Até gostei e decidi que viria mais vezes aqui. Como eu fiquei no camarote, busquei por todo salão aquelas duas garotas, tenho certeza que Marcelo queria ficar com a loura, por isso que ele subornou o segurança para deixar elas entrarem.
Marcelo se aproximou perto do meu ouvido.
- Meu pinto tá coçando, quero pegar aquela loura.
Começo a rir e bebo um pouco do meu Martini. E fico vasculhando a área, estou ficando um pouco nervoso, quando avisto as duas conversando perto do OpenBar, chamo Marcelo e aponto para elas e ficamos avaliando, observando-as. Havia dois homens sondando elas, a loura parecia irritada com a insistência do rapaz de cabelo militar, deve ter se ingressado agora, e isso lhe deixou com ego acima do normal. A morena recebia calada a investida do amigo do outro, apenas assentia quando era conveniente.
Bancando a difícil ou prefere o outro gênero, suponho, grita meu inconsciente.
Não pode ser, ela segurava um copo grande com uma bebida verde, quanto a loura mergulhava na cerveja. Percebi que elas estavam incomodadas com a insistência dos rapazes quando o que falava com a morena tentou puxá-la a força e ela resistiu. Acho melhor intervirmos ou poderíamos perder a isca.
O que deu em mim?
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Promotor Sedutor - Livro 3 - Trilogia Farcoland
Romance#587 em Romance - 25/05/18 #642 em Romance - 26/05/18 Sinopse : A vida era fácil para um garoto de 24 anos, sendo considerado o destruidor de corações e Homem de pedra, apesar de ser muito profissional em seu trabalho. Ele ama oferecer a denúncia ao...