Capítulo 58 - Parte I - penúltimo

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Henrique

– O que houve, Henrique? – pergunta André, nervoso.

Relato tudo o que houve na visita e todos me olham abismados. Erramos em não ter ouvido Romário. Se eu não chegasse ela poderia estar morta, precisamos encontrar Romário fazer ele falar a verdade para inocentar Camila. André fez algumas ligações e entrou pela internet e viu alguma coisa.

– Ela está falando a verdade, o nome do pai dela fez uma compra recentemente no cartão.

– O que falta para prender esse cara?

– Romário, ele vai ter que abrir o jogo.

Meu pai se afasta e volta uns minutos depois avisando que Romário está vindo, levou algum tempo até ele chegar. Eu estava ficando louco de aflição, eu precisava ter meu amor de volta, eu precisava libertar meu amor daquela prisão. É certo que isso a salvará. Romário chega em instantes e meu pai é quem abre a porta. Laila sai da sala com o bebê e todos ficam o olhando esperando qualquer reação.

– A partir do momento que eu abrir o bico, estarei morto. – anuncia ele.

– Justo, já que enfiou sua família nisso. – diz Gabriel secamente.

– Eu estava cego de ódio, eu não pensei direito.

Meu pai riu de desdém.

– Você matou um homem por se deitar com sua esposa e jogou a culpa em mim!

– Eu sei – afirma. – Jorge era irmão mais velho do rapaz. É por isso que ele quer se vingar de você.

Alícia se levanta abismada.

– Não. Eu só tinha o irmão que vocês mataram! Não havia outro.

– Não do mesmo casamento com seu pai. Mas ele amava aquele irmão...

– Mas foi você quem o matou! – exclama André.– Ele está se vingando da pessoa errada.

– Você botou uma inocente na cadeia. – grito furioso e viro a mesa pra baixo com tamanho ódio. Meu pai me segura e André também. Gabriel fica entre eu e ele.

– Me perdoem, eu quis fazer isso, não vou dizer ao contrário, mas antes de morrer quero fazer o certo pelo menos uma vez.

– Como vai fazer isso? – pergunta Gabriel.

– Indo a justiça.

– Deveria mesmo. – afirma André. – Só uma pergunta, quando tentaram me matar, foi a mando seu ou dele?

– Ele ordenou que eu o matasse, mas não fui capaz de e mandei apenas os dois idiotas.

André riu secamente.

– São péssimos.

– Você tentou matar meu filho, seu desgraçado? – pergunta meu pai com ódio.

Romário dá dois passos para trás e meu pai soca sua cara com força. Agora é a nossa vez de segurá-lo.

– Você não merece carregar o nome desta família!

Promotor Sedutor - Livro 3 - Trilogia FarcolandOnde histórias criam vida. Descubra agora