Henrique
Depois que dou a primeira estocada me lembro da camisinha, me agacho sobre a cama e pego uma embalagem prateada em minha carteira e coloco, vejo Camila com a expressão suavizada, parece nunca ter feito algo assim...tão prazeroso. Penetro uma, duas, três vezes, ouço-a gemer alto de uma forma tão sensual que eu ficava mais louco por essa mulher. Ela mordia o lábio inferior a cada estocada seguida de um gemido alto e sensual. Isso me incitava cada vez mais, eu estava absorto de tesão por aquela garota, pensei dela fazer charme, achar isso errado, de certa forma, as me pareceu bem fácil, uma ótima mulher para repetir a dose, mas figurinha repetida, não era comigo. Será uma pena quando amanhecermos em que eu não tiver mais aptidão de consumi-la, preciso aproveitar cada segundo, tornar isso o mais lento possível. Não posso desperdiçar algo assim, meu coração já estava acelerado e o suor escorria de minha testa, às vezes eu me permitia dar uma estocada rápida e forte, mas depois voltava a retardar aquele momento lindo. Camila segurou meu rosto e sua testa franzida suava, seu peito subia e descia, sua voz era uma bela cantiga de gemidos contidos por longos anos. Acho que ela não teve uma boa experiência. De fato, acredito que em parte ela também queria ter uma noite comigo. Tive sorte desta vez, mas não sei se seria capaz de ter uma segunda e estava cogitando a ideia. Sinto que estou prestes a ejacular, mas tento mantê-lo guardado por mais um pouco. Continuo a meter nela e ouvi-la implorar por mais e mais, sorrio com seu pedido e com uma das mãos aliso um dos seus seios e aperto o bico e dou uma rápida mordida e continuo a me concentrar no que estou fazendo, ela puxa de leve meus cabelos e desce suas mãos pelos meus ombros até o peitoral e arranha de uma maneira sedutora, gosto disso, apesar de ser a primeira que faz isso, a vontade de ejacular era tão forte que não pude mais conter, estremeço todo antes de soltar meu leite que está protegido pela camisinha, sem filho.
Estou ofegante e saiu de cima dela todo trêmulo, meus olhos insistem em se fechar mas não posso fazer esse desagrado com ela. Ela se acolha em meu lado deitando sua cabeça em meu peito. A abraço e beijo sua testa de uma maneira respeitadora. Ela ainda continuava com aquele perfume doce que mantinha desde à tarde. Aquele cheiro era inebriante, enervante. Fechei meus olhos e o sono rapidamente me tomou tão facilmente.
[...]
Acordo meu sentindo a pessoa mais leve e feliz do mundo, mas não vejo mais Camila ao meu lado, é hora de embora. Não sei o que está acontecendo porque eu sei que tenho que ir, preciso ir, acabar com a conexão, mas uma pequena parte de mim, não quer ir. Eu começo a me sentir estranho e franzo as sobrancelhas e me levanto da cama, visto minhas roupas de uma maneira rápida que saiu como furacão do quarto, ando alguns passos e encontro um café da manhã digno de um príncipe, eu não queria ficar e ao mesmo tempo deseja desesperadamente ficar, meu estômago roncou, estava com fome e um leve latejar na cabeça. Camila surgiu da cozinha e abriu um sorriso, seu cabelo castanho-escuro estavam curtos e havia um certo charme, seu sorriso era brilhante como diamante, seus olhos haviam ganhado cor. Sorri amarelo para ela e caminhei até a mesa e me sentei. Ela me serviu com suco de goiaba e torradas com geléia de morango e havia outras especialidades na mesa, era muita coisa para duas pessoas. Como o suficiente e já me sinto cheio, o cesto de frutas estava intocável, ela pegou uma banana descascou e comeu pedaço por pedaço. Ela me olhava a cada cinco minutos, não tinha como não reparar ela estava bem ao meu lado. Depois de fazer uma certa mesura, olho para ela com um sorriso.
- Preciso ir. – disparo.
- Mas já? É cedo ainda...
- Eu sei, mas minha mãe deve está surtando.
- Entendo.
Sua expressão límpida passa para tristeza e preocupo-me.
- O que houve?
- Nada. Admiro que se importe com sua mãe, ela deve ser muito boa mesmo.
Franzo as sobrancelhas.
- Por que diz isso?
- Porque...não é nada, só preciso parar de pensar no meu passado. – ela sorri.
- Insisto em saber, se não for muito abuso, é claro.
- Não é anda demais, não quero te preocupar com problemas meus, bom, espero que tenhamos momentos tão bons como esse.
Aquilo soou como uma despedida, uma coisa que não aceito é ser dispensado por mulher, eu é que dispenso. Mas não posso bradar assim, ela pode estar passando por problemas familiares e eu não tenho o direito de me meter nisso. Tenho problemas demais também. Um silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente quando o telefone pôs um fim nele. Ela se levantou e suspirou forte, andou até a mesinha e atendeu o seu telefone, ela se senta no sofá e mantém-se calada, apenas ouvindo a pessoa do outro lado da linha, lágrimas começam a cair de seus olhos e aquilo me deixou puto. Quem era que estava ligando? Quem seria o filho da puta que fazia ela chorar e ficar tão triste daquele jeito? Eu iria descobrir agora, eu queria ajudá-la, sei que talvez eu não possa fazer nada, mas posso aconselhá-la já que venho de um mundo cheio de leis, uma coisa que não contei para ela ainda, gostaria até de compartilhar isso agora com ela, pois ela podia se sentir segura. Assim eu poderia me manter perto dela, sempre que eu quisesse. Estou furioso vendo aquelas lágrimas caírem sem objeção de seus olhos. Aquilo só deixa o meu ''eu escuro'' surgir do nada, mas preciso me controlar. Ela bateu o telefone e escondeu o rosto entre as mãos. Me levanto e vou em sua direção e me sento ao seu lado. Aliso seus cabelos curtos e ouço seu choramingar.
- Quem era? – pergunto.
- Ninguém importante.
- Aconteceu algo? Uma notícia ruim?
- Não. Eu só estou muito ferrada e a pessoa só liga para me ofender, já vai passar.
- Me conta o que está acontecendo, talvez possa ajudá-la, sou promotor e posso te aconselhar. – digo.
Ela me olha espantada como se não acreditasse nas palavras que saíam de minha boca, mas não disse nada.
- Camila...
- Eu fui casada com um monstro que me agredia em casa diariamente sem nenhum um motivo aparente, fazia da minha vida um inferno. Meu pai lhe devia uma grana e não tinha como quitar a dívida e...
- Te vendeu para ele? – pergunto perplexo.
- Sim, minha mãe não podia fazer nada e eu achei que ele gostava mesmo de mim, ele me tratava bem no começo, mas depois da lua de mel, mostrou quem ele era de verdade. Era viciado em jogos e cassinos, quando uma vez ouvi ele falar ao telefone, parecia estar sendo jurado de morte e dois meses depois ele apareceu morto e eu estava sendo a principal suspeita, e há um promotor que fez a acusação e me deseja ver dentro das grades, pois não há nada que prove que sou inocente! – ela dispara entre as lágrimas. - E a mãe dele, uma evangélica doente me liga para me ofender, me acusar, julgar, fora esses problemas que estão acontecendo, meu primeiro julgamento vai ser daqui a seis meses, eu sei que vou ser condenada, e por isso quero aproveitar enquanto sou livre!
Fico boquiaberto com a revelação, ela é a viúva-negra, a esposa de Jorge Santiago, eu não sei ao certo o que pensar sobre isso. Porque eu acabei de transar com a garota mais linda da face da terra sendo ela a pessoa que eu acusei dentro do tribunal, a mulher que eu vou apontar o dedo e condenar. O destino gosta mesmo de brincar conosco.
E agora o que vai acontecer? O que devo fazer?
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Promotor Sedutor - Livro 3 - Trilogia Farcoland
Romance#587 em Romance - 25/05/18 #642 em Romance - 26/05/18 Sinopse : A vida era fácil para um garoto de 24 anos, sendo considerado o destruidor de corações e Homem de pedra, apesar de ser muito profissional em seu trabalho. Ele ama oferecer a denúncia ao...