Mãe

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" Nunca mostre as suas feridas a quem não conhece. O sangue atrai tubarões."

Acordo e sinto braços ao redor do meu corpo, viro de lado lentamente e observo Pedro dormindo, sua respiração é calma e lenta, parece um anjinho dormindo, só falta o cabelinho enrolado e as asas. Tiro seus braços devagar e me levanto, vou até o banheiro faço minha higiene sem fazer muito barulho e vou até o guarda roupa pegar o uniforme, mas acabo batendo a porta sem querer, olho para trás e ele continua dormindo, sono pesado, hein. Continuo procurando e acho a minha blusinha favorita, pena que não posso usá-la no colégio, parece que os diretores se preocupam mais com a nossas roupas do que com a escolaridade. Me viro e vejo um ser sentado na cama de cabelo bagunçado e sonolento me olhando.

- Bom dia, morena. - ele diz passando a mão no cabelo e sorrindo.

- Bom dia, monstrinho!

- Por que monstrinho? -ele cruza os braços e finge estar bravo e eu dou uma risada da cara dele. - Que horas são?

- São 6:30 ainda, é que eu acordei e como demoro para arrumar, já sabe...- ele passa a mão pelo rosto.

- Posso usar o banheiro?

- Claro. - coloco o uniforme assim que ele entra no banheiro, termino de passar protetor solar e creme e sinto Pedro colocar meus cabelos de lado e deixar um beijo em meu pescoço, me arrepio toda vez quando ele faz isso.

- Agora sim um bom dia decente! - ele me vira e me beija.

- Bom...- ele me da um selinho- dia! - ele me da outro.

- Esqueci e dormi aqui. - ele faz uma careta de preocupado- sua mãe não vai achar ruim ou irei ter que pular a janela e você jogar minhas roupas e sapatos pela mesma e eu te ligar depois? - ele sorri.

- De onde tirou isso, seu louco?

- De filmes indecentes, sabe... - ele sorri safado e me puxa para si.

- Idiota. -reviro os olhos.

- Não fui eu quem perguntei. - ele me beija e me joga na cama, ficando por cima de mim, achei que iria me beijar mas começou a fazer cócegas.

- Para!! Ah! Não, ah! Retardado! Vou... Me... vingar! Mons... trinho!

- Não, não, não! Monstrinho não! . - ele para e me olha, tento me soltar mas ele é mais forte.

- Monstrinho duplo! - ele volta a fazer cócegas.

- Ah! Tá bom! Tá.. b... om!!- ele para e me olha- amor, maravilhoso, perfeito, lindo e gostoso.

- Huum... melhor ainda... - ele me beija e eu o empurro.- ei!- mostro a língua e ele sorri.

- Vem, vamos descer tomar café.

- Mas como que vou para a escola sem uniforme?

- Eu falo para a minha mãe nos levar até sua casa e você troca de roupa.

- Sua mãe nada, quero ver você dirigindo. Tem o carro, tem a carteira de motorista, tem duas pernas e duas mãos e olhos, então da para dirigir.

- Ai que idiota.- Eu sorrio e nós descemos para a cozinha. Minha mãe estava na mesa com o Ben.

- Bom dia, filha! - Minha mãe não vê o Pedro.

- Bom dia, mãe.

- Mamãe! O tio Pedro está aqui.

- Ah! Bom dia, Pedro! - ela olha dele para mim quase com se perguntando se ele realmente dormir aqui.

- Bom dia, dona Leila!

AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora