Capítulo 25

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— Não há motivos para permanecer aqui fora. Pelo menos para mim. Vou voltar para o Esgoto. – Digo decidida.

— Eu conversei com Abe e nós decidimos que iremos com você... – Diz Robson

— Só precisamos voltar para a Entidade e aprontar alguma coisa. – Comento.

— Eu teria prazer em ferir Érika... – Diz Abe imitando a voz fanha de Érika Godsvill.

— Acalme-se, primeiro precisamos achar a Bolhax de Nathan. Ele não deixou estacionada por aqui?

Estamos de volta ao estacionamento na saída da periferia. Estamos procurando a Bolhax de Nathan. Nem um sinal dela.

— Em toda chave possui um alarme para localização de Bolhax. – Diz Robson pegando das minhas mãos a chave. Ele aperta alguns botões e não vemos nada de novidade. – A Bolhax não está aqui, você tem certeza que ele estacionou aqui?

— Mas é claro que eu tenho...

Caminho em direção aos guardas que são fortes e sérios.

— A minha Bolhax sumiu... Como pode acontecer isso?

—A garotinha, isso é comum por aqui...

— Comum? Desde quando um veiculo enorme daquele sumir é comum? Acho que vocês não estão vigiando direito.

— Você quer ir pra cadeia garotinha? – Sussurra o guarda pegando com força em meus braços e quase me suspendendo.

Eu me solto e volto até Abe e Robson.

—O que houve? – Pergunta Abe.

— A Bolhax sumiu. – Respondo.

— Sumiu como?

— Eu não sei ué, se eu soubesse eu ia lá buscar. E agora, como vamos voltar para a Entidade?

— Cara, não creio nisso! – Murmura Robson olhando em sua volta para ter certeza que acabou de ouvir.

— Nós podemos passar a noite na casa da minha Mãe. – Convida Abe.

— Ótima ideia... – Comento.

— Tem comida? – Brinca Robson.

— Não sei, pelo menos nos últimos dias em que eu estava a situação não estava das melhores. – Responde Abe constrangida.

Frustrados, nós seguimos por uma rua grande e iluminada. Tento desviar dos milhares de habitantes que caminham apressadas e das imagens da minha Mãe olhando para os gloriosos prédios que encontram na avenida. Em todos os lugares há banners com famílias com muitas crianças sorridentes e saudáveis.

Na avenida todos estão bem vestidos e apropriados para o frio que está fazendo.

— Que bom que vou poder ver minha Mãe! – Comenta Abe.

— Verdade, você é sortuda de ainda ter uma... – Digo.

Ela me olha séria e põem seus braços sobre meus ombros.

— Não fique assim... – Ela tenta me acalmar.

FILHOS - [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora