Capítulo 80

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Quando pensei que finalmente poderia dormir um pouco, Ava surge na janela vestida de Tigresa e com uma sacola em mãos. O barulho do plástico me fez sobressaltar, uma vez que estava quase pegando no sono.

— ... Ava? — Murmurei passando minhas mãos pelo rosto, sonolenta.

— Desculpe, Gwen. Eu passei na casa de Peter e avisei sua tia — Ela me entrega a sacola — Ah, lhe trouxe isso. São roupas do Peter, caso ele já acorde recuperado.

— Obrigada — Coloquei a sacola em cima da mesa de meu computador e me encostei na mesma, passando minha mão pela nuca já sentindo um leve desconforto.

Poltronas definitivamente não são o melhor lugar para um cochilo.

— E como estão todos na base?

— Bem — Respondeu Ava — Conseguimos colocar os prisioneiros de volta na cela e o Dr. Connors está fora de perigo. Apesar da bagunça que ele fez, o pânico não foi para a cidade, então, Fury deu mais uma chance a ele. Contanto que ele não faça isso nunca mais.

— Fico feliz.

— Eu tenho que ir. Nos vemos na escola.

Dou um pequeno aceno com a mão e Ava salta pela minha janela, desaparecendo por entre os prédios. Voltei a minha poltrona e, esticando o braço, toquei a testa e o pescoço de Peter, vendo que o mesmo não estava com febre. Optei por dormir um pouco, já que o dia foi cheio.

Não sei se foi porque eu estava em uma posição desconfortável ou porque Peter se mexeu na cama, mas eu acabei acordando

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Não sei se foi porque eu estava em uma posição desconfortável ou porque Peter se mexeu na cama, mas eu acabei acordando. E muito dolorida por sinal. Dá próxima vez durmo no chão, penso fazendo uma careta.
Olhei para Peter, e para a minha surpresa e alívio, ele estava acordado. Perdido em pensamentos talvez.

— Oi — Murmuro chamando sua atenção.

— Oi — Ele me dirige um sorriso doce.

Esse definitivamente é o meu sorriso favorito.

— Como está se sentindo?

— Bem.

Tirei o cobertor de cima de seu abdômen e olhei os pontos, e vi que estavam cicatrizados. Helena vai precisar tirar os pontos. Olhei a hora pela tela de meu celular e vi que faltava meia hora para ela chegar.

— Eu vou fazer nosso café da manhã. Naquela sacola tem roupas suas — Apontei para o embrulho na mesa do computador. Peter a olhou confuso.

— E minha tia?

— Ava já avisou a ela — Espreguicei-me rapidamente e levantei, colocando minha mão no cabelo de Peter e bagunçando-o — Que bom que está bem, pirralho.

Peter riu.

Após fazer minhas higienes matinais, comecei a procurar por torradas e geleia, já que eu não teria tempo de fazer um café da manhã caprichado. Pelo menos tive a decência de fazer um suco natural de laranja.

— Será que tem pra mim também? — Perguntou meu pai ao entrar na cozinha.

Vi quando ele colocou sua arma no cinto e o distintivo no peito. Após anos vendo-o fazer isso todo dia, eu ainda me sentia desconfortável com essa cena rotineira.

— Bom dia, pai. — Digo sem ânimo.

— Como está nosso hóspede inesperado?

— Bem.

Deixei algumas torradas para meu pai e carreguei o café da manhã em um prato, escada acima. Peter estava sentado na cama olhando para sua máscara, novamente perdido em pensamentos.

— Uma torrada com geleia pelo o que está pensando. — Balancei a torrada na frente de seu rosto, fazendo- o sorrir. Sentei-me na poltrona a sua frente e peguei uma torrada, esperando que dissesse algo.

— Estava pensando em se algum momento você irá voltar para a equipe.

— Quer que eu volte?

— Todos queremos. Talvez uma certa pessoa em especial.

Ele se inclina para frente e, sem tirar os olhos de mim, dá uma mordida em minha torrada com uma expressão inocente. Fiquei boquiaberta com sua atitude.
Peter ainda inclinou sua cabeça levemente para o lado, e sorriu achando graça de minha surpresa. Isso me desarmou por completo. Eu queria muito beijá-lo e teria o feito, se Helena não tivesse chegado.

Spider-Gwen - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora