Capítulo 71

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Observei os dados que passavam pelo monitor, calada. Como iríamos impedir Connors de fazer uma besteira se ele estava a quilômetros de distância?
Um barulhinho que vinha de dentro do laboratório me chamou a atenção. Pareciam... Ratos?

— O que é isso? — Perguntou Miles.

— Eu não sei.

Ouvindo atentamente, caminhei até a origem do som até me deparar com um móvel cheio de prateleiras de produtos químicos. O som vinha por detrás dela e eu pude confirmar de que eram mesmo ratos.

— Gwen, eu não consegui colocar as aranhas na sala do... — Disse Peter entrando na sala se surpreendendo ao ver Miles ali.

— Onde as colocou, então? — Chamei a atenção do rapaz para mim.

— Ava as escondeu em seu quarto.

Assenti, voltando a olhar as prateleiras.

— Me ajude aqui, Peter.

O mesmo se aproximou de mim e começou a retirar os produtos químicos das prateleiras e colocando eles em cima da mesa com cuidado. Depois que retiramos tudo, afastamos o móvel e vimos que tinha uma abertura retangular a nossa frente. Uma porta. Havia um buraco de fechadura, mas não tinha maçaneta.

— Peter?

— Está na segunda gaveta. — Diz ele olhando com sua máscara para a mesa.

Imediatamente Miles abriu a gaveta e tirou a chave de lá, me entregando logo em seguida. Coloquei a mesma no buraco da fechadura e girei cautelosamente, temendo o que iria ver.

A porta se abriu sem nenhuma dificuldade e um cheiro asqueroso subiu pelas nossas narinas. Avistei um interruptor na parede ao meu lado e o apertei, fazendo todas as luzes da sala se ascenderem. Os ratos que ouvimos estavam presos em gaiolas; eram brancos de olhos vermelhos e tinham deformidades em seus corpos. Alguns não tinha rabo, outros não tinham a pata traseira ou dianteira. E bem no centro da sala, estava outra mesa com outro computador e uma pequena gaiola com um ratinho dentro. Aquele provavelmente seria o próximo a ser testado.

— Fury sabe dessa nossa investigação? — Perguntei me virando para Peter, vendo-o negar com a cabeça — Então, não toque em nada.

— ‘Tá bom.

Olhei para as gaiolas com mais atenção e vi que alguns ratinhos estavam mortos, o que explica o cheiro horrível.

— É sério que Connors acha que o DNA de ratos daria certo com o DNA de lagartos? São duas espécies completamente diferentes. — Disse Peter.

— Só se...

— Só se ele estiver fazendo um soro.

— E se ele viajou para a Europa...

— Ele levou todos os dados com ele.

Peter e eu nos entreolhamos. Não teria como prosseguirmos com a investigação se tudo o que realmente importava estava com ele. Decidimos deixar tudo como encontramos e dar uma pausa até que Connors chegasse.

Spider-Gwen - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora