Spider-Gwen - Livro II

Capítulo 50

Peter me olhou desconfiado. Os olhos de seu uniforme se contraíram quando me aproximei dele.

— Que barra, hein? — Disse em tom baixo.

— Veio me ajudar?

Assenti.

— Vou fazer o possível.

Peter disse, baixando o olhar:

— Por que eu fiz isso?

— Porque você a ama — Respondi, pegando ele de surpresa — Fazemos coisas estranhas quando amamos alguém. Por mais que seja errado, você fez isso porque quer que ela goste de você. Não é?

Peter não disse nada. De repente, um helicóptero passou a poucos metros do terraço, com um policial na porta olhando em nossa direção. Peter se escondeu de baixo do pequeno avião, enquanto que eu fazia um sinal para que o helicóptero fosse para outro lugar; embora eu estivesse enviando um sinal para Fury através do J.A.R.V.I.S. naquele exato momento. Eu tinha que levar Peter e tinha que ser agora.

— Peter, ele já foi. Pode sair.

— Eu não vou sair daqui não.

— Então, como quer que eu te ajude? Anda, sai daí.

Relutante, Peter saiu de seu “esconderijo” e se aproximou de mim. Meus olhos foram de sua máscara até seus lançadores de teias, dos quais eu precisaria pegar para que ele não conseguisse escapar.

— Nick Fury está se aproximando da Time Square. O tempo de chegada é de dez minutos. — Informou J.A.R.V.I.S.

Em um movimento rápido, atirei minha teia no corpo de Peter e tirei seus lançadores, deixando apenas as pernas para que ele pudesse andar.

— O que você está fazendo?! — Perguntou ele com a voz esganiçada.

— Te ajudando.

— Me dando de bandeja a eles?!

— Você tem se entregar, Peter. Será melhor se fizer assim.

— Não!

— Essas teias não vão segurá-lo por muito tempo. — Disse J.A.R.V.I.S.

Peguei Peter por um de seus braços e o forcei a descer pelo elevador até o primeiro andar. Todos os que estavam no prédio nos olharam surpresos, alguns estavam assustados. Quando Peter e eu passamos pela porta, vários polícias se aproximaram de nós e apontaram suas armas em nossa direção. Fiz um sinal para que não atirassem.
Em um movimento brusco, Peter se soltou de mim e sentou-se no chão, aparentemente aceitando as consequências de seus atos.