Capítulo 18

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— Gwen? Cadê você? — Perguntava  Michelle em um tom alto de voz.

Minutos antes, eu pedi para que Andrew nos trouxesse alguns lanches enquanto eu mandava uma mensagem para Michelle vir a cafeteria, e dizia para os dois rapazes esperarem comigo do outro lado da rua.
Agora, Michelle estava em frente a cafeteria me esperando e Andrew já estava vindo com os lanches em mãos.

Andrew parou de andar no exato momento em que viu Michelle do lado de fora da cafeteria e ela ficou surpresa por ter o visto ali.

— Qual é o plano? — Perguntou Kyle.

— Fazer aqueles dois abrirem os olhos. — Digo pegando meu celular do bolso e digitando uma mensagem para os dois.

Em menos de um segundo, as mensagens haviam chegado nos celulares deles, na qual não exitaram em checar. Os dois se entreolharam surpresos.

— O que você fez? — Perguntou Luke dessa vez.

— Mandei uma mensagem para Michelle dizendo que Andrew gosta dela. Fiz a mesma coisa com ele.

Nós três voltamos a olhar para Andrew e Michelle, e vimos que os dois haviam sentado na mesa e estava conversando. Parecia que estava correndo tudo bem.

— É, acho que meu trabalho aqui acabou — Digo guardando o celular de volta no bolso — Espero que isso não tenha estragado o dia de vocês.

— Não estragou — respondeu Kyle — Nós iríamos apenas ficar sentados ali conversando.

— Ah, que bom. Fico mais tranquila. Eu tenho que ir agora, mas foi bom conhecer vocês. Até logo.

— Até logo, Gwen.

— Mais rápido! — Gritava Coulson impaciente

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— Mais rápido! — Gritava Coulson impaciente.

— Pelo amor de Deus, Coulson! Estamos cansados! — Respondeu Ava.

Coulson era nosso professor hoje na base aérea e havia dito para nós corrermos em círculos, com a intuição de checar nossa resistência e velocidade. E estávamos exaustos.

— Por favor, Coulson. Precisamos de um intervalo. — Digo ofegante.

— Um intervalo de cinco anos. — Completou Sam, deitando-se no chão.

Parei ao lado dele e me sentei no chão, tentando recuperar o fôlego. O resto da equipe fez o mesmo.

— Muito bem, então — Disse Coulson — Descansem um pouco. Volto com outro exercício pra vocês.

Ele sai da sala, enquanto Reilly entrava de braços cruzados.

— Que molengas. — Resmungou ele.

— Fala isso porque não estava aqui treinando com a gente — Sam disse movimentando os braços, ainda deitado — Aliás, por que não veio?

— Não é da sua conta.

— Tão gentil.

Ben estendeu sua mão para mim de repente, me deixando um pouco confusa e surpresa.

— Vamos treinar. — Disse ele.

— Devo entender que isso é um convite?

Ben deu de ombros. Apoiei minha mão na sua e levantei, acompanhando ele até o outro lado da sala. Ninguém da equipe nos olhava, estavam mais interessados em recuperar as forças.

— Pensei que quisesse que eu ficasse longe de você. — Digo me alongando.

— E quero.

— Não é treinando comigo que você vai conseguir.

— Preciso falar com você.

Parei no mesmo instante e o olhei, me sentindo desconfortável. Ben só falava comigo para dar patadas ou me ameaçar. Raramente me cumprimentava.

— O que foi?

— O que você faria se eu fosse outra pessoa?

— Como assim?

— Se eu fosse um espião aqui dentro da S.H.I.E.L.D.

Ele falava em um tom tão sério que eu não sabia distinguir se era brincadeira ou se era verdade.

— Você é um espião?

Ben não disse nada.

— Eu ficaria muito chateada se você fosse. Por mais que você seja assim todo ranzinza, eu gosto de você e te tenho como um bom amigo.

— E se eu não quisesse mais ser um espião?

Cruzei os braços, já desconfiada.

— Por que está me fazendo essas perguntas, Ben Reilly? Você por acaso é um espião de verdade?

Ben mostrou seus espinhos do pulso e correu em minha direção, tentando me golpear.

Vou ter que lutar com ele se eu quiser algumas respostas.

Spider-Gwen - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora