— Gwen? Cadê você? — Perguntava Michelle em um tom alto de voz.
Minutos antes, eu pedi para que Andrew nos trouxesse alguns lanches enquanto eu mandava uma mensagem para Michelle vir a cafeteria, e dizia para os dois rapazes esperarem comigo do outro lado da rua.
Agora, Michelle estava em frente a cafeteria me esperando e Andrew já estava vindo com os lanches em mãos.Andrew parou de andar no exato momento em que viu Michelle do lado de fora da cafeteria e ela ficou surpresa por ter o visto ali.
— Qual é o plano? — Perguntou Kyle.
— Fazer aqueles dois abrirem os olhos. — Digo pegando meu celular do bolso e digitando uma mensagem para os dois.
Em menos de um segundo, as mensagens haviam chegado nos celulares deles, na qual não exitaram em checar. Os dois se entreolharam surpresos.
— O que você fez? — Perguntou Luke dessa vez.
— Mandei uma mensagem para Michelle dizendo que Andrew gosta dela. Fiz a mesma coisa com ele.
Nós três voltamos a olhar para Andrew e Michelle, e vimos que os dois haviam sentado na mesa e estava conversando. Parecia que estava correndo tudo bem.
— É, acho que meu trabalho aqui acabou — Digo guardando o celular de volta no bolso — Espero que isso não tenha estragado o dia de vocês.
— Não estragou — respondeu Kyle — Nós iríamos apenas ficar sentados ali conversando.
— Ah, que bom. Fico mais tranquila. Eu tenho que ir agora, mas foi bom conhecer vocês. Até logo.
— Até logo, Gwen.
— Mais rápido! — Gritava Coulson impaciente.— Pelo amor de Deus, Coulson! Estamos cansados! — Respondeu Ava.
Coulson era nosso professor hoje na base aérea e havia dito para nós corrermos em círculos, com a intuição de checar nossa resistência e velocidade. E estávamos exaustos.
— Por favor, Coulson. Precisamos de um intervalo. — Digo ofegante.
— Um intervalo de cinco anos. — Completou Sam, deitando-se no chão.
Parei ao lado dele e me sentei no chão, tentando recuperar o fôlego. O resto da equipe fez o mesmo.
— Muito bem, então — Disse Coulson — Descansem um pouco. Volto com outro exercício pra vocês.
Ele sai da sala, enquanto Reilly entrava de braços cruzados.
— Que molengas. — Resmungou ele.
— Fala isso porque não estava aqui treinando com a gente — Sam disse movimentando os braços, ainda deitado — Aliás, por que não veio?
— Não é da sua conta.
— Tão gentil.
Ben estendeu sua mão para mim de repente, me deixando um pouco confusa e surpresa.
— Vamos treinar. — Disse ele.
— Devo entender que isso é um convite?
Ben deu de ombros. Apoiei minha mão na sua e levantei, acompanhando ele até o outro lado da sala. Ninguém da equipe nos olhava, estavam mais interessados em recuperar as forças.
— Pensei que quisesse que eu ficasse longe de você. — Digo me alongando.
— E quero.
— Não é treinando comigo que você vai conseguir.
— Preciso falar com você.
Parei no mesmo instante e o olhei, me sentindo desconfortável. Ben só falava comigo para dar patadas ou me ameaçar. Raramente me cumprimentava.
— O que foi?
— O que você faria se eu fosse outra pessoa?
— Como assim?
— Se eu fosse um espião aqui dentro da S.H.I.E.L.D.
Ele falava em um tom tão sério que eu não sabia distinguir se era brincadeira ou se era verdade.
— Você é um espião?
Ben não disse nada.
— Eu ficaria muito chateada se você fosse. Por mais que você seja assim todo ranzinza, eu gosto de você e te tenho como um bom amigo.
— E se eu não quisesse mais ser um espião?
Cruzei os braços, já desconfiada.
— Por que está me fazendo essas perguntas, Ben Reilly? Você por acaso é um espião de verdade?
Ben mostrou seus espinhos do pulso e correu em minha direção, tentando me golpear.
Vou ter que lutar com ele se eu quiser algumas respostas.
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Spider-Gwen - Livro II
FanfictionDepois que os cidadãos de Nova Iorque acreditaram na suposta morte do Homem-Aranha, um novo herói aracnideo e uma ladra extremamente habilidadosa(e bonita) surgem, pondo em risco o relacionamento e os sentimentos que Gwen ainda nutre por Peter. O ca...