Capítulo 34

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Miles estava no alto de um prédio de 10 andares, olhando para algo lá embaixo na avenida. Peter e eu nos aproximamos e nos juntamos a ele.

— Miles? — Chamei sua atenção.

— Até que enfim. Porque demoraram?

Peter passou a mão pela cabeça, aparentemente sem jeito.

— Deixa pra lá, não quero saber. A Gata Negra entrou naquele banco.

Ele aponta na direção da avenida e vimos que era um banco pequeno. Devia ter poucos caixas eletrônicos.

— Faz quanto tempo?

— Uns cinco minutos.

— Ela já deve estar saindo. Melhor nos colocarmos em pontos estratégicos, assim ela não poderá escapar. Miles, você fique aqui no alto do prédio, caso ela tente escapar como da outra vez.

Miles assentiu, cerrando os punhos.

— Peter, você...

— Eu fico na frente do banco — Interrompeu-me — E você pode ficar ali em cima do banco, assim quando ela sair você pode pegar o dinheiro de volta quando ela estiver distraída.

— O-ok. — Digo desconfiada.

Desde quando ele toma atitudes assim?

Peter pulou do prédio, indo até a frente do banco assim como dissera. Miles não disse nada, apenas se posicionou olhando para baixo.

Lá estávamos eu, grudada na parede acima do banco de cabeça para baixo, como se eu fosse realmente uma aranha

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Lá estávamos eu, grudada na parede acima do banco de cabeça para baixo, como se eu fosse realmente uma aranha. O alarme do local já tinha tocado e a Gata Negra saiu correndo, com um saco em mãos. Ela parou assim que viu Peter em sua frente, com os braços cruzados.

— E aí, gatinho? — Disse ela, colocando uma das mãos na cintura.

— Hein? "Gatinho"? — Sussurrei.

Peter não pareceu se importar com o apelido que ela havia dado e se aproximou calado. Momento no qual eu aproveitei para atirar minha teia no saco de dinheiro e puxando-o, fazendo ela olhar para mim.

— Aranha! Trouxe seu namorado para me conhecer, foi? Que gentil — Ela se aproximou dele e tocou em sua máscara — Eu gostei dele.

Ah, mas que vadia!

Atirei uma teia em seus pés, puxando-os com força fazendo ela cair no chão. Desci com o saco de dinheiro, do qual eu pendurei em cima de um poste de iluminação com minha teia.

Gata Negra riu.

— É ciumenta. Bom saber.

Atirei mais algumas teias em seu corpo, de modo que ela não pudesse sair nem se quisesse. E ainda a fiz se levantar bruscamente do chão, sem me importar com nada.

— Fique bem longe dele, ouviu?

— Será que o seu outro amiguinho também gosta de felinas como eu?

Irritada, atirei uma teia em sua boca. Pude perceber que ela estava rindo por dentro.

Chamei Miles pelo comunicador, pedindo para que ele levasse a Gata Negra para a base aérea. Era óbvio que ela não era uma simples ladra, e pessoas como ela não podem ficar presas em delegacias comuns. Miles a pegou do mesmo modo que eu, bruscamente, e a levou embora.

Finalmente me senti mais aliviada.

— Ela não causará problemas por um bom tempo.

— Até que ela é bonita. — Murmurou Peter mas acabei escutando.

— Como é Peter?

— Só fiz um comentário.

— Pois pare de fazer comentários desse tipo se não quiser ficar solteiro. — Digo cruzando os braços.

Peter se aproximou de mim e me abraçou, mas eu estava com tanta raiva que não consegui o corresponder.

— Por que não esquece o que aconteceu e continuamos de onde nós paramos?

— Perdi a vontade.

Empurrei levemente o peitoral de Peter e atirei minha teia em um prédio próximo, deixando-o sozinho.

Spider-Gwen - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora