Capítulo 30

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— Aí está o verdadeiro culpado! — Disse Ava praticamente jogando o Fantasma-Aranha em cima da mesa de meu pai.

Ela ainda colocou a câmera da Oscorp em cima de sua mesa e sentou-se na cadeira, esperando que meu pai fizesse alguma coisa. Papai, por outro lado, estava vendo aquela situação toda atônito.

— O que está esperando? Aqui está o culpado e a câmera para comprovar.

— Tigresa, se acalme. — Digo colocando minha mão em seu ombro.

Ava soltou um suspiro fraco. Papai pegou a câmera e conectou em seu computador, digitando algumas vezes. O vídeo editado por Amadeus apareceu em sua tela e o exato momento em que o Fantasma-Aranha rouba os projetos da Oscorp. Papai se levantou rapidamente do lugar e pegou o Fantasma-Aranha pelo braço, pedindo para que o seguissemos até a ala das celas.
Assim que papai abriu a cela, Miles saiu e me abraçou fortemente me agradecendo.

— Não me agradeça, Miles. Quem pegou o Fantasma-Aranha foram o Danny e o Luke. Eu apenas peguei a câmera com a ajuda da Ava.

— Mesmo assim, obrigado. — Ele volta a me abraçar.

— Eu vou conversar com o Fury — Disse Ava — Está mais do que na hora do Miles entrar na equipe.

— Concordo — digo me desfazendo do abraço e olhando na direção de meu pai — Em casa eu te conto tudo.

Papai assentiu, voltando para a sua sala. Ava aproveitou para voltar a base aérea acompanhada de Danny e Luke.
Peter, que estava calado até o momento, se aproximou de mim e colocou seu braço em volta de minha cintura, olhando fixamente para Miles.

— Não vai nos apresentar?

— Sim, claro. Peter, esse é o Miles e... Acho que agora teremos que te arrumar um nome de herói. — Sorri fraco.

Miles estendeu sua mão para Peter, dizendo que era um prazer em conhecê-lo, mas Peter exitou em apertar sua mão e eu fui forçada a dar uma cotovelada de leve em seu abdômen, para ele parar de gracinha.

— Miles, acho melhor você ir para casa ver sua mãe.

— Verdade. Te vejo mais tarde?

— Claro. Aparece lá na base aérea para saber da decisão do Fury.

— Pode deixar. Tchau pra vocês. — Miles deu um pequeno aceno para nós e saiu correndo delegacia afora.

Peter ainda estava calado. Um pouco chateada, saí a passos longos da delegacia passando por alguns policiais que entravam naquele momento. Peter veio atrás de mim e eu só parei para ouvi-lo quando já estávamos longe o bastante daquela gente toda da cidade; estávamos agora em uma praça.

— Por que agiu daquela maneira, Peter? — Disse tirando minha máscara para olhá-lo melhor.

— Ele te abraçou.

— Nós somos amigos. Qual é o problema?

— Eu sinto ciúme quando alguém te abraça, porque por um momento essa pessoa está segurando meu mundo inteiro. — Ele diz em tom de voz baixo com a cabeça abaixada.

Continua com o mesmo jeitinho fofo.

— Seu bobo — Dei um passo adiante e o abracei, sentindo-o tenso em meus braços — Não precisa se preocupar com o Miles. Eu amo só você. E prometo que nunca irei te abandonar.

— Nunca?

Nunca.

Peter se desfez do abraço, mas ainda estava com as mãos na cintura. Aproveitei que minhas mãos estavam livres e levantei sua máscara, beijando-o logo em seguida.

Spider-Gwen - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora