Capítulo 94

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Sentada no chão e abraçada a meus joelhos, deixei que as lágrimas caíssem. Eu estava sozinha em casa depois de ter levado Connors até a S.H.I.E.L.D. - onde ele seria transferido para uma prisão de segurança máxima - e depois de ter ficado com Peter na enfermaria da base.

Já tinha caído a ficha de que nunca mais veria meu pai, mas eu ainda teimava em querer acreditar que ele passaria por aquela porta. Mas não aconteceu.
Depois de longos minutos, Helena entrou em minha casa e me olhou com a mesma tristeza e dor que eu a olhava. A passos curtos, Helena se aproximou de mim e pegou a minha máscara no meio do caminho com todo o cuidado, como se fosse feita do mais fino vidro. Ela parou em minha frente e pousou suas mãos em meus braços, deixando a máscara ao meu lado.

- Você não está sozinha, Gwen. - Disse ela deixando uma lágrima cair.

Puxei ela para um abraço forte e demorado, do qual nós duas precisávamos.

Puxei ela para um abraço forte e demorado, do qual nós duas precisávamos

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Quatro dias depois...

O céu nublado lá fora e o vento forte que soprava lá fora informava que o dia hoje seria chuvoso. Por que em enterros sempre tem que chover? Enquanto olhava o reflexo de uma moça pálida e de olheiras por causa das intermináveis noites de choro, Lily entrou em meu quarto dizendo que já estava na hora.
Peguei o meu guarda-chuva e saí de casa, entrando no Sedan preto de Helena, a caminho do cemitério.
Alguns parentes distantes de meu pai vieram para se despedir e dar seus pêsames a mim, Helena e Lily. Fury e Coulson apareceram, acompanhados da equipe e surpreendente Wade também.

- Sinto muito, Srta. Stacy. - Disse Coulson, em tom baixo.

Balancei a cabeça, sem dizer nada. Amadeus se colocou de pé a minha frente e me abraçou, agradecendo por eu ter salvo ele.

- Que bom que você está bem. - Disse esboçando um leve sorriso.

Quando o enterro terminou, todos entraram em seus carros e partiram, deixando apenas eu, Helena e Lily diante do túmulo já fechado. Eu não queria enfrentar o tradicional buffet que haviam preparado, então disse a Helena que iria dar uma volta.
Andei sem rumo pelas ruas do Queens, até me deparar com a loja de quadrinhos onde Peter e eu costumávamos vir. Eu não o vi no enterro, pensei.
Fui até sua casa e bati na porta, torcendo para que não estivesse fora. Quem atendeu foi sua tia May, que ao me ver, me deu um abraço rápido e me deu seus pêsames.

- Peter já vem. Não quer entrar? - Perguntou ela docemente.

- Não, obrigada.

May assentiu, se distanciando da porta. Alguns segundos depois Peter apareceu; parecia cansado, um pouco abatido.

- ...Oi - Disse ele encostando-se no batente da porta.

- Onde é que você estava? - Peter não respondeu - Todo mundo estava lá, até o Wade.

- Nós não podemos ser mais amigos, Gwen.

Então, é isso, pensei enquanto armava o guarda-chuva e me distanciava de sua casa, mas parei quando me surgiu uma dúvida. Apesar de saber a resposta.

- Ele te fez prometer, não foi? - Minha voz saiu trêmula.

Peter não respondeu, mas deu para perceber no seu olhar que era isso.

Spider-Gwen - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora