Depois que os cidadãos de Nova Iorque acreditaram na suposta morte do Homem-Aranha, um novo herói aracnideo e uma ladra extremamente habilidadosa(e bonita) surgem, pondo em risco o relacionamento e os sentimentos que Gwen ainda nutre por Peter.
O ca...
— Srta. Stacy, a sua aula começa daqui a vinte minutos.
— Obrigada, J.A.R.V.I.S. — Disse guardando meus fones e celular na mochila.
Sempre que podia, ocupava minha cabeça com alguma coisa — fosse com patrulhas antes e depois das aulas, treinamento na base aérea fora de hora, com o estágio na Oscorp ou ajudando Lily com seus deveres de casa. Assim eu não tinha que pensar na morte de meu pai e tornar minha dor mais suportável. Andei até a ponta de um guindaste e olhei para a cidade lá embaixo, avistando a escola.
— Gwen! — Ouvi alguém gritar atrás de mim. Era Felicia no terraço de um prédio próximo.
— O que você quer?
— Conversar. Sobre o Peter.
Caminhei de volta para o prédio, parando em frente a ela.
— Pela sua cara, vejo que não é uma coisa boa.
— E não é. Eu estou indo embora.
Ri, debochada.
— E desde quando isso é ruim?
Felicia cruzou os braços, franzindo o cenho. Percebi que ela queria dizer algo realmente sério, então assumi uma postura igualmente séria.
— Continue. — Pedi.
— Estou indo embora para nunca mais voltar, Gwen, e quero explicar as coisas. Você tem uma péssima ideia sobre Peter.
— Como é?
— Você pensa que ele desistiu fácil de você, mas a verdade é que ele ainda te ama. É verdade que eu o seduzi, mas ele falava tanto de você com tanto amor e carinho, que eu fiquei com raiva.
— E quis que ele me esquecesse.
— Sim. Todas as vezes que você via nos beijando, era eu quem o beijava. Até que chegou o momento em que você se aproximou do Miles e Peter pensou que não tinha mais chance com você. Foi nesse momento em que o convenci a ficar comigo. Mas você tem que entender, Gwen. Eu já o amava muito antes.
— Antes quando?
Felicia baixou sua cabeça, juntando seus braços ao corpo em uma espécie de abraço.
— Quando o vi pela primeira vez naquele evento. — Admitiu baixinho.
Soltei um suspiro fraco. O que ela quer afinal? Que eu tenha pena dela?.
Felicia continuou:
— Como eu disse, estou indo embora. Você deve estar se perguntando o porquê de eu estar falando essas coisas, não é? Bom, acredite ou não, estou meio que arrependida — ela faz aspas com os dedos quando quando pronuncia a palavra — arrependida de ter estragado o que poderia ter sido uma história de amor, por causa de meu egoísmo em querer Peter só pra mim. Espero que Peter seja feliz ao seu lado, se é que você ainda o quer.
— Srta. Stacy, sua aula começa em cinco minutos — Informou J.A.R.V.I.S.
— Olha, Felicia, eu deveria lhe dar umas porradas pelo o que fez. Mas, olhando pelo lado bom, você está admitindo seu erro e colocando a felicidade de Peter acima da sua. Isso sim é amor. Então, eu te desejo uma boa viagem — Estendi minha mão em sua direção — E por favor, não volte mais.
Felicia riu.
— Cuida do gatinho. — Nos despedimos dando um aperto forte de mãos.
Argh, odeio esse apelido.
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— Não, mas eu disse que não iria vê-lo — Ouvi Mary Jane cochichar para Cindy.
A aula de filosofia estava tão maçante que até as histórias que Mary Jane contava sobre seus encontros fracassados se tornavam interessante. Peter adentrou a sala de repente, pegando a professora e a mim de surpresa.
— Sr. Parker, atrasado de novo. — Ela cruzou os braços.
— Perdão, professora. Prometo que isso não irá se repetir.
— Sei. Sente-se — Ela apontou para a mesa vazia atrás de mim — E que isso sirva de lição para vocês: nunca façam promessas que não irão cumprir.
— Mas essas são as que eu mais gosto — sussurrou Peter, me fazendo sorrir.