Capítulo 13

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Levantei da cama cuidadosamente para não acordá-lo e fui até a cozinha preparar algo pra comer. Na dispensa não tinha quase nada de bom, então peguei a carteira do Christiano e desci para ir ao mercado.

– Oi, você é do apartamento do Christiano, não é? – perguntou o cara da portaria, ao lado de um entregador. – Ele está aí?

– Ele está dormindo. Por quê? – respondi.

– Você é o que dele?

– Namorado. – eu disse sem pensar e só me toquei no que tinha dito depois de ver a cara de surpresa do homem.

– Ah sim, pode assinar aqui, por favor? – ele me deu um papel e uma caneta. Assinei e entreguei a ele. – Obrigado. Aqui...

Ele me entregou uma caixa enorme, mas não muito pesada.

– Obrigado. – agradeci e o entregador saiu do prédio.

– Quer ajuda pra levar isso pra cima? – perguntou o porteiro.

– Não precisa, é leve. – eu disse. – Olha, eu vou ali no mercado rapidinho e já volto. Posso deixar isso aqui?

– Pode sim, não tem problema.

Passei no mercado e comprei as coisas que estavam faltando em casa, logo voltei para o prédio e subi para o apartamento com a encomenda do Christiano. Quando cheguei lá, ele já estava acordado e levantou do sofá assim que me viu. Ele estava vestindo somente um short bem curto de dormir e com o cabelo todo bagunçado.

– Ei, você tava onde? – disse ele com aquela voz grossa de quem acabou de acordar.

– Fui comprar algumas coisas. – eu disse.

– Me avisa pô, fiquei preocupado. Não faz isso não... – disse ele coçando o olho.

– Chris, eu só desci rapidinho. Achei que você continuaria dormindo.

– Ok. – disse ele e me deu um selinho. – O que é isso?

– Não sei! Uma entrega pra você.

– Ah, até que enfim. – disse Christiano colocando a caixa em cima da mesa e a abriu.

– Nossa, nem passou pela minha cabeça que fosse um violão aí dentro.

– Tava demorando pra chegar, mas enfim... – disse ele olhando pra mim. – Comprou o que aí?

– Umas besteiras que estavam faltando aqui. – eu disse entrando na cozinha. – Lasanha, biscoito, massa de bolo, arroz... E comprei isso tudo com o seu dinheiro.

– Com o meu dinheiro? Quem autorizou? – disse ele se aproximando e foi me empurrando até me encostar da pia.

– Peguei sem autorização mesmo. – eu disse desviando o rosto.

– Mas que abuso.

Christiano me imprensou contra a pia, passando a mão pelo meu corpo inteiro. Minha barriga parecia tremer e meu corpo se arrepiava a cada toque... Segurei seu queixo e o olhei nos olhos até ele dar um sorriso safado e voltar a me beijar.

– Chega! To com fome. – eu disse me afastando.

– Qual foi, Marcos?

– Que foi? – perguntei me fazendo de desentendido.

– Vai me deixar assim? – disse ele apontando para o volume marcado no short.

– Estou com fome e preciso comer. – eu disse rindo.

– É. Eu também preciso comer. – disse ele sorrindo e em seguida tirou o short, ficando somente de cueca.

Dei um pequeno suspiro ao olhá-lo somente de cueca. Aquela cueca apertadinha deixando seu volume todo marcado, aquelas pernas grossas... Não consegui aguentar e o beijei intensamente enquanto ele ia me conduzindo para a sala. Ele tirou toda a minha roupa, jogou longe e logo em seguida tirou sua cueca. Vi aquele pau delicioso saltar pra fora da cueca e meu nível de excitação só aumentou.

Christiano estava deitado no sofá enquanto eu estava por cima dele, a cortina da varanda estava aberta e não nos importamos com isso, apenas continuamos nosso sexo sem pensar no resto.

As expressões que Christiano fazia ao ir mais fundo me davam mais tesão ainda, aquele gemido gostoso enquanto o sentia dentro de mim me deixava louco. Passei a mão em seu peitoral enquanto ele ia mais forte e só isso já me dava vontade de gozar, mas eu não queria que aquele sexo terminasse tão cedo.

O celular dele começou a tocar e eu automaticamente diminuí o ritmo...

– Merda! – disse Christiano. – Não, não, não. Continua.

Voltei a fazer os movimentos enquanto o toque do celular ficava mais alto...

– Atende. – eu disse.

Ele pegou o celular que estava ao lado e atendeu...

– Alô. – disse ele ofegante.

Christiano não falava quase nada no celular, parecia nem prestar atenção, só dizia 'aham' e 'sim', mas sem tirar os olhos de mim...

– Vou gozar! – eu disse baixinho e ele balançou a cabeça.

Senti ele empurrar o corpo contra mim, assim indo mais fundo, enquanto gozava tive alguns espasmos de prazer e inclinei meu corpo pra frente. Christiano insistiu nos movimentos e eu achei que não fosse conseguir respirar de tanto tesão. Ele desligou o celular sem se despedir e me beijou. Logo em seguida ele me mudou de posição rapidamente. Agora ele estava por cima...

– Agora quem vai gozar sou eu.

Dava pra ouvir o som das estocadas fortes quando seu corpo batia contra o meu, ele gemia alto e perto do meu rosto, me fazendo sentir seu hálito quente em minha pele. Seu gemido ficou mais grosso e aqueles espasmos dele ao ir mais fundo me fizeram gemer e virar os olhos. Senti a camisinha encher dentro de mim e ele diminuiu o ritmo fazendo aquela careta deliciosa. Segurei seus braços que estavam apoiados no sofá e senti eles tremerem, depois de um suspiro cansado ele repousou seu corpo pesado em cima do meu. Seu cabelo estava molhado de suor e sua respiração extremamente quente batia em meu peito.

– Um dia você ainda vai me matar. – disse ele.

– Eu poderia dizer a mesma coisa...

– Vamos tomar um banho? – disse Christiano.

Colocamos um cd para tocar e tomamos um banho bem demorado e divertido. Eu lavei seu cabelo e ele lavou o meu, esfregamos a esponja um no outro, fizemos a barba juntos e durante todo o banho a gente riu, conversou e Christiano até cantou...

Quando estávamos saindo do banheiro, a música 'My Girl' começou a tocar, meu sorriso era imediato sempre que ouvia aquela música. Christiano me abraçou por trás, senti sua pele geladinha encostar nas minhas costas e ele cantou um verso da música ao pé do meu ouvido...


"Well, I guess you'd say

What can make me feel this way?

My *boy*"

...

O Amigo - 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora