Capítulo 23

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...

Acordei cedo e Christiano já não estava mais na cama. Imaginei que tivesse ido para a escola fazer prova. Levantei da cama e escovei meus dentes enquanto minha cabeça latejava um pouco por ter levantado rápido demais. Passei pela sala e vi Christiano olhando para o nada.

- Bom dia. - disse Christiano assim que me viu entrar na varanda.

- Bom dia. - eu disse dando um abraço nele.

- Estava te esperando pra tomar café da manhã.

- Era pra você ter ido pra escola. - eu disse.

- Não vou te deixar sozinho. - ele disse sentando na cadeira. - Vamos comer?

Tomamos nosso café da manhã na varanda, com aquele sol bem fraco em nossas peles e sentindo o vento fresco passar entre nós. Christiano cortava uma manga enorme em pequenos cubos para depois comer, e mais uma vez eu o observava e me perdia olhando pra ele... Olhei pra cada detalhe daquele corpo lindo, suas grandes mãos manejando a faca, seus músculos se contraindo, seu queixo sexy se movimentando enquanto mastigava um dos pedaços. Seu peitoral largo estava sendo iluminado pelos raios de sol e sua pele de longe pareceu mais macia que o normal, seus mamilos rosados me despertaram um desejo repentino que me deixara um pouco excitado. Christiano coçou seu peito com as pontas dos dedos que já estavam limpos e em seguida passou sua mão lentamente até a barriga. Tudo parecia estar em câmera lenta enquanto eu me deliciava observando o corpo do homem que eu amava. Aqueles detalhes eu guardava em minha mente como se fossem fotografias, talvez fossem detalhes bobos, mas eu era apaixonado por cada pedaço daquele cara que estava sentado a minha frente, e me orgulhava e agradecia todos os dias por ter um namorado como ele, lindo, inteligente, carinhoso e engraçado...

- Quer um pedaço? - perguntou ele

- Não. Obrigado. - eu disse.

- E essa cabeça aí, como está? - perguntou ele apoiando os braços na mesa.

- Às vezes ela fica latejando, mas nada muito insuportável. Os remédio estão fazendo efeito, eu acho. - respondi.

- Falando nisso... - ele saiu da varanda e logo voltou. - Seu remédio.

- Eu nunca me lembro.

Tomei meu remédio, dessa vez sem cerimônia como das outras vezes, e Christiano telefonou para a escola pra tentar arranjar um jeito de poder fazer as provas outros dias, já que não queria me deixar sozinho em casa, e pelo que eu estava ouvindo da conversa, nada estava sendo resolvido e Christiano já estava irritado. Era óbvio que não deixariam Christiano justificar suas faltas, pois ele não era meu responsável e por isso não tinha necessidade de ficar comigo. Ele desligou o telefone bufando de raiva...

- Não tem jeito.

- Eu sabia que eles não iriam resolver nada... Vai fazer a prova, cara.

- Não vou te deixar sozinho.

- Então eu vou pra escola fazer as provas. - eu disse.

- Você nem está bem pra isso. Está sem condições de sair daqui e ir pra escola.

- Eu não estou aleijado. Estou com dores, mas a escola é aqui do lado e posso ir até lá fazer a prova e voltar pra casa.

Vi a reprovação estampada em seu rosto, continuei olhando para ele...

- Tem certeza de que pode fazer isso?

- Sim e é bom que fico livre dessas provas. Vamos para a escola, fazemos a prova e voltamos pra casa. Simples.

O Amigo - 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora