Capítulo 2

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Brad

Meu telefone toca algumas vezes e o som estridente não combina com a paz de mergulhar no mar caribenho, nadando com peixes de diversos formatos e multicoloridos. É o meu sonho mais frequente, principalmente depois que comecei a praticar relaxamento pra dormir. Sempre penso no mar, no azul, na falta de sons de telefones tocando. Abandonar isso pra ouvir a voz do meu assistente, Bruno, é um tormento. Principalmente um difícil de remediar, já que preciso trabalhar para chegar remotamente próximo a ir ao Caribe qualquer dia.

– Sr. Kensington. – Bruno é vacilante. – Como quer seu café esta manhã?

Faço um grunhido esfregando os olhos e rolando na cama. Parecido com o que eu fazia quando era adolescente e minha mãe me tirava da cama aos gritos para ir à escola. Sinto uma remota saudade até mesmo das coisas que eu achava ruins vindas da Sra. Elena Kensington.

– Bruno, eu quero mais quinze minutos. Pode me ligar em quinze minutos?

– Não, Sr. Kensington. Na verdade não posso. O Sr. Morgan já chegou e ele está particularmente energético esta manhã.

– Que ótimo. – digo ironicamente levantando a cabeça do travesseiro.

– Então... – ele faz uma pausa e continuo em silêncio, no limbo entre o despertar e o desperto. – Café?

– Lógico, café. Estarei aí em meia hora. – digo sentindo a mão da garota recém-acordada no meu lado agarrar meu pau. – Quarenta minutos. – ela massageia minha ereção com um sorriso delicioso. – Uma hora, Bruno.

– Ok, chefe. Devo pegar um pra moça do RP? Aquela loira?

– Sim, Bruno. Um soy latte horrível pra ela, sem açúcar e extra cremoso. – minha voz é um gemido indecente.

– Anotado.

Desligo o celular rendido às carícias da garota sorridente. Me viro sobre ela, e Alina beija minha boca devagar, de um jeito tão sedutor, que eu não resisto em correr as mãos pelo seu corpo. Alina é uma morena escultural, atendente do meu bar favorito, onde geralmente termino noites de dias difíceis.

Ela tem um piercing na língua que faz maravilhas em mim, uma série de tatuagens desenhadas pelo corpo e a lateral do cabelo raspada radicalmente. Definitivamente Alina não pertence ao meu mundo chato de ternos, gravatas e reuniões pela manhã. A única reunião que interessa a ela é a do meu pau com sua boceta molhada e quente, e isso já melhora meu humor por ter sido acordado pro Bruno.

Seus gemidos e as poucas palavras pronunciadas em espanhol me excitam ainda mais, e ela me recebe fundo conforme aumento a velocidade das estocadas. Eu respiro de forma entrecortada e prenso a mão entre sua bunda e o colchão, apertando os músculos dela com um tesão absurdo logo antes de explodir em um orgasmo fenomenal.

A sinto estremecer debaixo de mim, sorrindo e me olhando nos olhos com a íris mais escura que eu já vi em alguém. A garota é infernalmente quente e eu derreto nela sempre que ela abandona o turno mais cedo pra me fazer companhia. Beijo sua boca carnuda e saio dela com cuidado, provocando um último gemidinho de sua voz aguda.

– Vou me atrasar pro trabalho, Lina. – digo olhando o relógio e saindo sobressaltado da cama.

– Posso tomar um banho na sua banheira?

– Claro, fique à vontade. Eu vou tomar banho e preciso ir. – vou ao banheiro enquanto ela relaxa.

Agora sim o dia se parece mais com a minha rotina, e deixo de parecer um motoqueiro descabelado para me vestir de advogado e seguir para o escritório. Parece que vai chover, embora o dia tenha amanhecido bonito. No alto do trigésimo quarto andar eu me sinto próximo o suficiente das nuvens para uma boa previsão do tempo. E é quando estou perto da janela que Bruno entra no escritório me entregando os dois cafés.

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