Capítulo 25

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Natalie

Mesmo que eu tente explicar a história louca em que estou metida com Edward, minha mãe continua me olhando com desconfiança. Ela não acredita em desonestidade, e com certeza não é este o tipo de atitude que ela esperava de mim. Me sinto terrivelmente mal por não poder contar a verdade para o mundo, e nem contar de Brad pra ela. É melhor que ela absorva minhas mentiras públicas como uma medida protetiva antes que eu possa revelar que estou realmente com alguém. Mas admito, com muito pesar que não deve ser o sonho de nenhuma mãe ver a filha como uma interesseira destruidora de casamentos. Brad também não está completamente feliz em não conhecer minha mãe, especialmente porque eu sempre falo dela e com as melhores histórias.

Mas eu quero que Anna Parker goste de Brad e se ela souber que ele é parte de um pacto onde eu beijo outro homem, vai respeitá-lo menos. Ela é ótima, mas sua ideia de relacionamento é ainda convencional.

Sendo assim, quando finalmente vamos à estréia da peça de Maryanne, depois de longos períodos de ensaios, na primeira fila estou ao lado de Edward, Logan e Kali. A dançarina havaiana na verdade é muito bonita e divertida, e segura a mão de Logan com carinho. Os sorrisos dos dois me indicam que ela é a pessoa certa pra acabar com meu acordo com Logan. E reconheço que ele estava certo em tantas coisas sobre mim e sobre nós, que deixou de ser um conflito interno meu. Eu não queria perder Logan, o queria na retaguarda dos meus dias, me esperando quando fosse conveniente. Mas isso não me deixava enxergar que eu estava só remediando minha vida.

Gostar de alguém, estar apaixonada é bom, assustadoramente bom.

Eu não vejo a hora de encontrar Brad escondida diariamente pelo escritório e então sair abaixada em seu carro até que ele vire a esquina da EP Morgan. Me pego sorrindo para a tela do celular de uma forma bem idiota quando ele escreve qualquer mensagem e esperando com ansiedade sua próxima reclamação quando roubo uma das gavetas em seu closet. Adoro acordar com sua boca correndo meu corpo no meio da madrugada quando ele diz que está excitado de sonhar comigo. E o sexo é sempre delicioso, cheio de sintonia, quente e enlouquecedor.

Brad arranca minhas roupas em qualquer momento e me leva ao paraíso com seu jeito de invadir meu corpo com o seu, seja com dedos, língua, boca e as estocadas mais deliciosas que, só de lembrar, já encharcam minha lingerie.

Ele me deu uma caixa de calcinhas, como presente por todas que ele rasgou ou roubou, embora eu reclame, gosto quando ele mal consegue esperar pra trepar insanamente comigo, ao ponto de economizar segundos arrancando o que estiver no caminho de seu sexo em busca do meu. Estou oficialmente entregue ao ex galinha Kensington, e loucamente feliz com isso.

Seria completamente perfeito, se não fosse pela situação com Edward. Queria estar com Brad vendo Mare encenar sua peça, mas em vez disso, Edward a admira orgulhoso comigo.

Ela é deslumbrante e genial. A peça é bem escrita e o papel de Maryanne é intenso e difícil, mesmo assim ela o tira de letra. A aplaudimos de pé e vamos ao camarim, onde, sem nenhuma privacidade, Edward entrega um buquê de flores. Eu assisto os dois entendendo perfeitamente a vontade de abraçar e beijar o outro efusivamente e baixo a cabeça sentindo saudade de Brad.

Vamos ao nosso bar favorito para comemorar e conhecer Kali melhor. Ela não é nada parecida com a imagem que meu ciúme criou dela quando Logan a mencionou pela primeira vez. Eles se tocam o tempo todo, de um jeito bem típico de quem não consegue ficar distante do outro. Meu sentimento com isso não teve ressalvas desta vez. Levanto para buscar mais uma rodada de cerveja para a mesa e Logan para ao meu lado, oferecendo ajuda para levar as garrafas.

– Ela é ótima. – ele diz sorridente.

– Vai ficar esfregando na minha cara agora, Log? – dou um soco leve em seu braço.

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