Capítulo 3

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- O que você está fazendo aqui? - Pergunto ao abrir a porta.

Só então percebo o porque vovó está tão bem arrumada, e me mandou trocar de roupa. Agora estou morrendo de vergonha, pois estou parecendo uma mendiga.

- Posso entrar? -  Mark pergunta revirando os olhos.

- Claro. - Digo envergonhada.

Do nada surge um homem ao lado de Mark. Ele é alto assim como Mark. Cabelos já começando a ficar grisalhos, barba grande e olhos claros.

- Esse é meu pai. - Diz Mark apontando para o homem.

- Muito prazer senhor. - Lhe estendo a mão para cumprimenta-lo. - Sou Emília.

- O prazer é meu querida. - Retribui o aperto de mão. - Me chamo Enrico.

- Emí...

Vovó arregala os olhos ao ver Enrico que sorri galanteador.

- Desculpe atrapalhar Carnem. - Diz Mark. - Mas papai chegou em casa, então decidi traze-lo.

- Sem problemas querido. - Diz. - Muito prazer. - Vovô cumprimenta Enrico. - Sou Carnem, avó da Emília.

- Muito prazer Carnem. - Diz Enrico. - Então já descobri de onde veio a beleza de Emília.

Enrico beija a mão da minha vó, enquanto ela cora envergonhada. Vovó corando? Isso é uma novidade e tanto.

- Não diga bobeiras. - Diz minha vó para Enrico.

Vovó segura o braço de Enrico e o puxa rumo a cozinha, me deixando sozinha com Mark.

- Sente-se. - Digo.

- Obrigada. - Agradece Mark.

Me sento bem longe dele e fico o observando.

- Você não respondeu a minha pergunta. - Digo.

- Você é bem direta Emília. - Mark sorri de canto. - Mas respondendo sua pergunta, sua vó me convidou para um jantar.

Terei que ter uma conversinha com aquela cabeça dura.

- Você sabe o que ela está tentando fazer não sabe? - Pergunto.

- Eu? - Mark finje inocência. - Me esclareça Emi.

- Você não é bobo Mark. - Cemicerro os olhos para ele. - Sabe muito bem do que estou falando.

Mark sorri abertamente e passa a mão pela barba por fazer.

- Realmente não sei do que está falando.

- Quer saber? - Resmungo irritada. - Esquece que disse algo.

Cruzo os braços abaixo dos seios e fico em silêncio.

Mark também não diz nada e fica me observando, o que está me deixando muito desconfortável.

- Pare de me encarar. - Resmungo irritada.

- Não estou te encarando. - Diz.

- Está sim. - Murmuro. - Você é muito irritante.

Mark joga a cabeça para trás e gargalha alto.

Sinto um calafrio percorrer meu corpo e continuo o ignorando.

- Você é a pessoa mais sincera que conheço Emília. - Diz Mark.

- Eu tento. - Dou de ombros.

- Carmen está empenhada em lhe arrumar um namorado. - Diz. - Não consegue fazer isso sozinha Emi?

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora