Capítulo 26

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Mark

- Você precisa parar um pouco Mark. - Diz Philip. - Ou vai acabar ficando doente.

- Estou bem. - Digo.

- Se jogar de cabeça no trabalho não vai fazer você esquecê-la. - Senta na poltrona em frente minha mesa. - Digo isso por experiência própria.

- Não sei porque acha que estou fugindo de algo. - Reviro os olhos.

- Não sou burro Mark, sei que está sofrendo. - Diz irritado. - Olha só para você... Está com um aspecto horrível.

Phil está certo quanto a minha aparência. Não faço a barba a dias, estou com olheiras escuras abaixo dos olhos e emagreci um pouco.

Emília me nocauteou quando foi embora daquele jeito, e levou Hugo consigo.

- Estou bem Phil. - Suspiro frustrado.

- Não. Não está. - Fala preocupado. - Vá atrás dela, e tente explicar o que aconteceu.

- Para quê? - Sorrio cínico. - Para não me ouvir novamente e me expulsar do apartamento?

Fiquei muito chateado com Emi por ter desconfiado de mim daquela maneira. Sei que não sou um exemplo de homem, mas jamais trairia quem amo.

Desde quando amo Emília? Desde o momento que a vi? Desde que a perdi?

Decidi aceitar que a amo porque é a verdade. Descobri isso ao ver em seu olhar tamanho desgosto comigo no dia que Nina me beijou.

Naquele momento descobri que a amava, e que ela precisava acreditar em mim. Mas infelizmente não foi o que aconteceu. É claro que entendo seu lado, em seu lugar também ficaria muito bravo, mas lhe daria a chance de se explicar.

Acabei não dizendo a ela que a amava porque ela não iria acreditar em mim. Então deixei ela ir embora com Hugo, e nesse meio tempo acabou com meu coração.

- Você sabe que o mesmo aconteceu comigo. - Diz. - Khate ficou brava na hora, mas depois acreditou em mim.

- Já faz uma semana Phil. - Digo. - Se Emília acreditasse em mim já teria aparecido.

Ela apenas me mandou algumas mensagens dizendo que Hugo está bem e mais nada.

Nina também desapareceu e nem sequer atende minhas ligações.

Fiquei chocado com sua atitude tão ousada. Ela sempre foi a menina mais quietinha da turma na faculdade. Não dava liberdade para nenhum homem se aproximar dela, apenas eu, mas éramos amigos.

Já havia percebido seu olhar de interesse em mim, mas sempre deixei bem claro que a via apenas como minha irmã. Nina era boa demais para mim aproveitar de sua inocência, então sempre mantive distância, e nunca tentei seduzi-la.

Fiquei feliz quando ela apareceu na empresa. Já havia anos que não nos víamos.

Contei a ela sobre Hugo e Emília, mas acho que ela não acreditou quando chegamos em meu apartamento e Emi não estava.

Nina pulou em mim e me beijou. Quando coloquei minha mão em seus braços para empurra-la, Emília abriu a porta do apartamento.

É claro que tentei explicar diversas vezes mas ela não quis me ouvir.

O jeito como ela me olhou não sai da minha mente. Era dor misturado com decepção e raiva.

Emília foi embora e me deixou sozinho. Nunca achei que sentiria tanto a sua falta e a de Hugo.

Agora quando chego ao apartamento, ao invés de escutar suas risadas e brincadeiras com Hugo, apenas o encontro vazio e sem vida.

Em alguns momentos quero ir atrás dela e dizer o quanto a amo, mas acabo desistindo.

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora