Capítulo 18

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Mark

- Você cozinhando? - Lya me olha incrédula.

- O que foi? - Reviro os olhos. - Sou uma ótimo cozinheiro.

- Disso eu sei. - Sorri zombeteira. - Quero saber o porque.

- Porque minha linda namorada virá almoçar aqui. - Digo animado.

Lya me olha com malícia, enquanto puxa uma cadeira para si e se senta.

- Como está o namoro de vocês?

- Ótimo. - Falo feliz.

- Posso lhe fazer uma pergunta? - Lya me olha com seriedade.

- Desde quando pede para fazer algo? - Sorrio cínico.

Lya me mostra a língua e o dedo do meio. Mal educada.

- Tem alguma coisa por trás desse pedido de namoro? - Pergunta.

- Por que acha isso? - Retruco.

- Porque você passou toda sua vida evitando relacionamentos, e do nada pede Emília em namoro. - Dá de ombros. - A única mulher que conheci que lhe disse não.

Tenho certeza que todos nossos amigos e familiares estão pensando a mesma coisa sobre mim.

O homem que estava disposto a jogar sujo para conseguir o que quer, de repente muda de opinião tão rápido?

Mas acho que cansei de passar toda minha vida sozinho. Estou cansado de ser feliz apenas por momentos e não em todo tempo.

Quero que alguém me olhe como o homem que sou, e não como um cartão de crédito. Emília é a única que me vê antes do meu dinheiro. Como também é a única que me faz querer mudar para melhor.

Sei que não a amo, como ela também não me ama. Mas acho que com o tempo talvez possa surgir esse sentimento entre ambos.

- Se está pensando que propus namoro para Emi, com a intenção de tê-la em minha cama está enganada. - Digo sério para não haver dúvidas.

Emília também ficou desconfiada quanto a isso. Mas em nossas três semanas de namoro, já estou a convencendo que esse não é o caso.

Sei que é tudo tão recente. Mas quem diria que Mark Patterson iria namorar algum dia? Iria fazer um almoço para comemorar três semanas de namoro?

- Não conheço Emília muito bem, mas já gosto dela. - Lya me encara brava. - Se você machuca-la, arranco suas bolas com uma faca cega.

- Que violência Lya. - Coloco a mão sobre o Markzinho. - Não precisa me ameaçar, isso não vai acontecer.

- Acho bom. - Diz ríspida. - Você é meu primo e eu te amo, mas não abuse da sorte.

Terei que ter paciência para demonstrar a todos que estou falando sério.

Pedi Emília em namoro no calor do momento, ao vê-la conversar animada com Alex. E quando ela não disse sim, quis fugir de tanta vergonha. Já que todos os olhares estavam sobre nós.

Se existe alguém tão cafajeste quando eu, esse alguém é Alex. Sei que Emília não é o tipo de mulher que sede ao charme de algum homem atraente. Mas fiquei desesperado, Alex quase sempre consegue o que quer.

Depois que Emília aceitou meu pedido de namoro "por livre e espontânea vontade", percebi que não seria uma coisa tão ruim tê-la como minha namorada. E com toda certeza deixaria alguns marmanjos longe dela.

Emília ficou tão brava comigo quando disse a ela o porque do pedido de namoro, que achei que ela iria me largar. Ela não fez isso, mas sua vingança ainda está estampada em meu rosto. Enquanto eu dormia ela raspou uma das minhas sobrancelhas.

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora