- Posso entrar? - Nina pergunta.
Penso por um tempo, mas acabo dando espaço para ela entrar no apartamento.
- Como sabe onde moro? - Pergunto para ela.
- Eu te segui. - Sorri fraca.
- Você sabia que eu iria embora do apartamento do Mark. - Cruzo os braços abaixo dos seios. - Veio aqui para me jogar na cara que ganhou?
- O quê? - Nina arregala os olhos. - Claro que não.
Então não tenho a mínima idéia do porque Nina está parada no meio da minha sala.
- Mark não me beijou. - Ela diz depois de um tempo. - Eu beijei ele.
Nina cora envergonhada.
- Se você beijou ele foi porque Mark lhe deu liberdade para isso acontecer. - Retruco com ríspidez.
- Não foi o que aconteceu. - Ela suspira frustrada. - Eu pulei nele parecendo uma tarada, no mesmo instante que você abriu a porta.
Nina estará falando a verdade, ou só está brincando comigo?
- Mark te mandou aqui? - Pergunto.
- Oh não. - Ela nega com a cabeça. - Ele não tem a mínima idéia que estou aqui. Depois que te segui voltei para meu carro, e fiquei a tarde toda dentro dele criando coragem para vir falar com você.
- Por que se daria ao trabalho de me explicar o que houve? - Cemicerro os olhos.
Nina se joga no sofá com liberdade que não lhe dei.
- Desculpe. - Ela se levanta logo em seguida.
- Fique a vontade. - Digo.
Ela se senta novamente, então sento ao lado oposto para ficar cara a cara com ela.
- Mark e eu éramos muitos amigos na faculdade. - Ela sorri com as lembranças. - Na verdade eu era apaixonada por ele.
- Se veio aqui para me dizer que...
- Não. - Nina me corta. - Deixa eu contar toda história, então você vai entender.
- Ok. - Digo apenas.
Nina me olha por um tempo. Parece estar me estudando, mas logo em seguida diz:
- Mark sempre deixou claro que eu era como uma irmã para ele. - Sorri fraco. - Nunca contei a ele sobre meus sentimentos por ele. Preferia ter ele ao meu lado como meu amigo, do que não tê-lo ao meu lado.
Fico chocada ao perceber que não sinto raiva dela. Apenas estou magoada pelo que houve. Mas não quero voar em seu pescoço e arrancar sua cabeça fora.
- Esperei que ele me notasse como mulher e não como amiga por muito tempo, mas quando percebi que isso não iria acontecer desisti. - Ela aperta as duas mãos sobre o colo. - Depois que terminamos a faculdade nos distanciamos porque me mudei para Paris com meus pais. - Nina sorri abertamente. - Não conseguia me envolver com outro homem porque continuava apaixonada por Mark. Mas depois de alguns anos, comecei a achar que não era amor. Apenas pensava estar apaixonada porque ele era um desafio para mim. - Nina dá de ombros. - Então meu pai faleceu e minha mãe e eu nos mudamos para Nova York novamente.
- Sinto muito por sua perda. - Digo sincera.
- Obrigada. - Ela me olha com tristeza. - Depois que me mudei, quis me reaproximar de Mark, restaurar nossa antiga amizade. Então fui até a empresa para vê-lo.
Então Nina deve ter percebido que amava Mark de verdade e decidiu beija-lo.
- Mark me falou sobre você e Hugo. - Nina continuar a falar. - Ele me levou para seu apartamento para me apresentar para você, mas quando chegamos lá e você não estava, achei que ele estava apenas fazendo uma pegadinha comigo, como ele era acostumado a fazer. - Nina coloca uma mexa do cabelos escuro atrás da orelha. - Quis ter certeza que não o amava então o beijei. Foi tão diferente do que eu pensava que seria se um dia o beijasse. Simplesmente não senti absolutamente nada.
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Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)
Roman d'amourSérie Rendidos - Livro 3 Mark é um cafajeste assumido, mas tudo muda quando ele vê Emília pela primeira vez. Ele sabe que deve manter distância, pois Emília é uma doce e ingênua garota. Mas seu desejo mais profundo é tela-la em seus braços pelo meno...