Capítulo 25

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- Posso entrar? - Nina pergunta.

Penso por um tempo, mas acabo dando espaço para ela entrar no apartamento.

- Como sabe onde moro? - Pergunto para ela.

- Eu te segui. - Sorri fraca.

- Você sabia que eu iria embora do apartamento do Mark. - Cruzo os braços abaixo dos seios. - Veio aqui para me jogar na cara que ganhou?

- O quê? - Nina arregala os olhos. - Claro que não.

Então não tenho a mínima idéia do porque Nina está parada no meio da minha sala.

- Mark não me beijou. - Ela diz depois de um tempo. - Eu beijei ele.

Nina cora envergonhada.

- Se você beijou ele foi porque Mark lhe deu liberdade para isso acontecer. - Retruco com ríspidez.

- Não foi o que aconteceu. - Ela suspira frustrada. - Eu pulei nele parecendo uma tarada, no mesmo instante que você abriu a porta.

Nina estará falando a verdade, ou só está brincando comigo?

- Mark te mandou aqui? - Pergunto.

- Oh não. - Ela nega com a cabeça. - Ele não tem a mínima idéia que estou aqui. Depois que te segui voltei para meu carro, e fiquei a tarde toda dentro dele criando coragem para vir falar com você.

- Por que se daria ao trabalho de me explicar o que houve? - Cemicerro os olhos.

Nina se joga no sofá com liberdade que não lhe dei.

- Desculpe. - Ela se levanta logo em seguida.

- Fique a vontade. - Digo.

Ela se senta novamente, então sento ao lado oposto para ficar cara a cara com ela.

- Mark e eu éramos muitos amigos na faculdade. - Ela sorri com as lembranças. - Na verdade eu era apaixonada por ele.

- Se veio aqui para me dizer que...

- Não. - Nina me corta. - Deixa eu contar toda história, então você vai entender.

- Ok. - Digo apenas.

Nina me olha por um tempo. Parece estar me estudando, mas logo em seguida diz:

- Mark sempre deixou claro que eu era como uma irmã para ele. - Sorri fraco. - Nunca contei a ele sobre meus sentimentos por ele. Preferia ter ele ao meu lado como meu amigo, do que não tê-lo ao meu lado.

Fico chocada ao perceber que não sinto raiva dela. Apenas estou magoada pelo que houve. Mas não quero voar em seu pescoço e arrancar sua cabeça fora.

- Esperei que ele me notasse como mulher e não como amiga por muito tempo, mas quando percebi que isso não iria acontecer desisti. - Ela aperta as duas mãos sobre o colo. - Depois que terminamos a faculdade nos distanciamos porque me mudei para Paris com meus pais. - Nina sorri abertamente. - Não conseguia me envolver com outro homem porque continuava apaixonada por Mark. Mas depois de alguns anos, comecei a achar que não era amor. Apenas pensava estar apaixonada porque ele era um desafio para mim. - Nina dá de ombros. - Então meu pai faleceu e minha mãe e eu nos mudamos para Nova York novamente.

- Sinto muito por sua perda. - Digo sincera.

- Obrigada. - Ela me olha com tristeza. - Depois que me mudei, quis me reaproximar de Mark, restaurar nossa antiga amizade. Então fui até a empresa para vê-lo.

Então Nina deve ter percebido que amava Mark de verdade e decidiu beija-lo.

- Mark me falou sobre você e Hugo. - Nina continuar a falar. - Ele me levou para seu apartamento para me apresentar para você, mas quando chegamos lá e você não estava, achei que ele estava apenas fazendo uma pegadinha comigo, como ele era acostumado a fazer. - Nina coloca uma mexa do cabelos escuro atrás da orelha. - Quis ter certeza que não o amava então o beijei. Foi tão diferente do que eu pensava que seria se um dia o beijasse. Simplesmente não senti absolutamente nada.

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora