- Pode abrir os olhos vovó. - Digo rindo alto.
- Que ótimo. - Carmem sorri com malícia. - Ou teria que arrancar meus olhos.
- Que exagero. - Reviro os olhos.
Seu sorriso se alarga ainda mais no rosto, enquanto nos estuda em silêncio.
- Carmem gostaria de pedir a mão de Emília em namoro. - Mark diz de repente.
- Mas... eu... nós... - Me enrolo toda. - Não aceitei o pedido de namoro Mark.
- Mas irá aceitar. - Diz vovó. - Eu permito que namore minha neta. Mas se por acaso machuca-la... - Ela o encara mortalmente. - Não gostaria de estar em sua pele.
Vejo Mark engolir em seco com a leve ameaça de minha vó.
- Pode ficar tranquila quanto a isso. - Diz Mark sorrindo galanteador. - Farei o possível para fazer sua neta feliz.
- Vocês perceberam que estou aqui? - Pergunto brava. - Minha opinião não conta?
- Cale a boca. - Vovó me repreende. - Aceita logo o pedido e para de ser fresca.
Fresca não, apenas cuidadosa. Não sei o que virá a seguir, então quero estar preparada para o pior. Que no caso é Mark brincar com meus sentimentos.
Mas é óbvio que tem um problema quanto a isso. Se isso acontecer não estarei preparada, e irei sofrer porque gosto dele.
Mas já que lhe dei a chance de me provar que está falando sério, preciso parar de ser tão pessimista.
- Emi? - Mark sorri de canto. - Aceita namorar comigo?
Fico o observando por um tempo, tentando ter certeza que estou fazendo a escolha certa.
- Aceito. - Digo por fim.
Mark suspira aliviado e me abraça com força.
- Você não vai se arrepender. - Diz ainda me apertando.
- Mas irei morrer sem ar se não parar de me apertar. - Resmungo meio sem voz.
- Me perdoe. - Me dá um rápido beijo nos lábios.
- Desejo que sejam tão felizes quanto estou sendo com Enrico. - Vovó diz emocionada.
Caminho até ela e a envolvo em um abraço afetuoso.
- Obrigada vó. - Beijo seu rosto.
- Por nada meu bem. - Sorri abertamente.
Mark também abraça vovó e beija seu rosto com carinho.
Sorrio internamente ao vê-los demostrando carinho um pelo outro. A mulher que mais amo nesse mundo, com o único homem que talvez eu possa amar algum dia.
- Acho que estou com fome. - Mark passa a mão pela barriga.
- Também estou. - Digo sorrindo.
- Vocês demoraram muito. - Diz vovó. - Ficaram sem janta.
- Está brincando não está? - Pergunto tensa.
Vovó dá de ombros e caminha até a porta da biblioteca, sem responder minha pergunta.
- Ela está brincando. - Mark pega minha mão e me puxa para si. - Agora que tal me dar um beijo antes de irmos jantar?
- Não sei. - Passo a mão pelo queixo. - Mas depende...
- Do quê? - Pergunta Mark curioso.
- Se você vai deixar sua sobremesa para mim. - Sorrio abertamente. - E então?
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Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)
RomanceSérie Rendidos - Livro 3 Mark é um cafajeste assumido, mas tudo muda quando ele vê Emília pela primeira vez. Ele sabe que deve manter distância, pois Emília é uma doce e ingênua garota. Mas seu desejo mais profundo é tela-la em seus braços pelo meno...