Capítulo 17

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- Pode abrir os olhos vovó. - Digo rindo alto.

- Que ótimo. - Carmem sorri com malícia. - Ou teria que arrancar meus olhos.

- Que exagero. - Reviro os olhos.

Seu sorriso se alarga ainda mais no rosto, enquanto nos estuda em silêncio.

- Carmem gostaria de pedir a mão de Emília em namoro. - Mark diz de repente.

- Mas... eu... nós... - Me enrolo toda. - Não aceitei o pedido de namoro Mark.

- Mas irá aceitar. - Diz vovó. - Eu permito que namore minha neta. Mas se por acaso machuca-la... - Ela o encara mortalmente. - Não gostaria de estar em sua pele.

Vejo Mark engolir em seco com a leve ameaça de minha vó.

- Pode ficar tranquila quanto a isso. - Diz Mark sorrindo galanteador. - Farei o possível para fazer sua neta feliz.

- Vocês perceberam que estou aqui? - Pergunto brava. - Minha opinião não conta?

- Cale a boca. - Vovó me repreende. - Aceita logo o pedido e para de ser fresca.

Fresca não, apenas cuidadosa. Não sei o que virá a seguir, então quero estar preparada para o pior. Que no caso é Mark brincar com meus sentimentos.

Mas é óbvio que tem um problema quanto a isso. Se isso acontecer não estarei preparada, e irei sofrer porque gosto dele.

Mas já que lhe dei a chance de me provar que está falando sério, preciso parar de ser tão pessimista.

- Emi? - Mark sorri de canto. - Aceita namorar comigo?

Fico o observando por um tempo, tentando ter certeza que estou fazendo a escolha certa.

- Aceito. - Digo por fim.

Mark suspira aliviado e me abraça com força.

- Você não vai se arrepender. - Diz ainda me apertando.

- Mas irei morrer sem ar se não parar de me apertar. - Resmungo meio sem voz.

- Me perdoe. -  Me dá um rápido beijo nos lábios.

- Desejo que sejam tão felizes quanto estou sendo com Enrico. - Vovó diz emocionada.

Caminho até ela e a envolvo em um abraço afetuoso.

- Obrigada vó. - Beijo seu rosto.

- Por nada meu bem. - Sorri abertamente.

Mark também abraça vovó e beija seu rosto com carinho.

Sorrio internamente ao vê-los demostrando carinho um pelo outro. A mulher que mais amo nesse mundo, com o único homem que talvez eu possa amar algum dia.

- Acho que estou com fome. - Mark passa a mão pela barriga.

- Também estou. - Digo sorrindo.

- Vocês demoraram muito. - Diz vovó. - Ficaram sem janta.

- Está brincando não está? - Pergunto tensa.

Vovó dá de ombros e caminha até a porta da biblioteca, sem responder minha pergunta.

- Ela está brincando. - Mark pega minha mão e me puxa para si. - Agora que tal me dar um beijo antes de irmos jantar?

- Não sei. - Passo a mão pelo queixo. - Mas depende...

- Do quê? - Pergunta Mark curioso.

- Se você vai deixar sua sobremesa para mim. - Sorrio abertamente. - E então?

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora