Mark
- Meu? - Pergunto de olhos arregalados.
Valentino praticamente joga o bebê em meus braços.
- Foi o que a mulher que deixou a criança comigo disse. - Dá de ombros. - Ela falou que tem uma carta explicando tudo dentro da bolsa do bebê.
Tino tira a bolsa que está em seu ombro e me entrega.
- Mas...
- Não sei de nada meu rapaz. - Me interrompe de continuar a falar. - Apenas lhe entreguei a criança.
Tino me encara com desdém aparente. Com certeza está pensando que sou um cretino por abandonar um filho. Mas não tenho um filho, é apenas uma confusão.
Valentino vai embora me deixando com o bebê dormindo em meus braços.
Fecho a porta do apartamento, e caminho até o sofá. Minhas pernas parecem gelatinas, então me sento para não acabar caindo com uma criança nos braços.
Emília pelo jeito está tão em choque quanto eu, já que seu rosto está pálido e seus olhos arregalados.
Fico encarando o bebê em meus braços, tentando achar alguma semelhança comigo, mas não vejo nenhuma.
- Poderia pegar a criança. - Peço a Emília. - Acho que vou desmaiar.
Emi corre até mim e pega o bebê de meus braços, com cuidado para não acorda-lo.
Ela se senta ao meu lado, e fica encarando a criança em silêncio.
Passo as mãos trêmulas por meu rosto e meus cabelos. Não sei ao certo o que dizer ou pensar, já que isso nunca aconteceu comigo.
É claro que já apareceram algumas mulheres dizendo que estavam grávidas de um filho meu, mas quando eu dizia que faria o exame de DNA elas sempre fugiam. É a primeira vez que jogam um bomba dessas em cima de mim.
Abro a bolsa azul que Tino me entregou e busco por respostas. Por cima de algumas roupas infantis, tem um papel dobrado e o pego.
"Me perdoe por Jogar essa bomba em cima de você tão de repente. Mas não poderia ficar com Hugo. Tenho uma família grande e não tenho condições de sustentar mais uma criança, então decidi entregar Hugo para você. Sua mãe faleceu no parto quando teve complicações médicas, e antes de morrer me falou que você era o pai de Hugo. Sei que você cuidará bem do meu sobrinho, do contrário não o levaria até você. Apesar da sua vida libertina, você parece ser um homem de caráter, então estou entregando a você o bem mais precioso de Penélope. Amo essa criança, mas infelizmente não posso lhe dar uma boa vida, então ensine Hugo a ser um bom homem, ensine ele a amar e ajudar as pessoas, assim como a mãe fazia.
Eu sei que você deve estar se perguntando o porque não o levei antes até você. Eu estava tentando achar um emprego para ajudar nas despesas com Hugo, mas infelizmente não consegui, então o entrego a você. Sei que você dará a ele tudo o que for necessário, coisa que não tenho condições de fazer. Cuide bem do meu garoto."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)
RomanceSérie Rendidos - Livro 3 Mark é um cafajeste assumido, mas tudo muda quando ele vê Emília pela primeira vez. Ele sabe que deve manter distância, pois Emília é uma doce e ingênua garota. Mas seu desejo mais profundo é tela-la em seus braços pelo meno...