Capítulo 9

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Mark

- O por que dessa cara de poucos amigos? - Pergunta papai.

- Não é nada. - Resmungo.

- Deixa eu adivinhar. - Senta ao meu lado. - Tem haver com uma garota chamada Emília?

Dou de ombros e bufo frustado.

- Não sei porque está pensando isso. - Retruco irritado.

- Você está emburrado desde aquele dia que a Emi lhe jogou umas verdades na cara. - Papai sorri abertamente.

Já tem uma semana que Emília está me ignorando, e por algum motivo isso está me deixando muito chateado.

- Não me importo com a opinião daquela bruxa. - Digo bravo.

- Não é o que parece. - Papai gargalha alto. - Você sabe que ela tem razão, só não admite isso.

A única coisa que admito é que Emília está me deixando louco.

- Vamos mudar de assunto por favor. - Peço.

- Se você insiste. - Diz sorrindo zombeteiro. - Mas antes de mudarmos de assunto, quero lhe dizer que parece que você está com seu orgulho ferido.

- Pai. - O repreendo.

- O que foi? - Finge inocência. - Emília lhe deu um pé na bunda, e você não está sabendo lidar com isso.

- Ela não me deu um pé na bunda. - Digo.

Papai sorri com malícia e cruza os braços.

- O que se chama ser expulso do apartamento dela? - Pergunta. - Você só faz burradas Mark.

- Está do lado dela? - Retruco.

- Com toda certeza. - Diz. - Se você quer apenas diversão, Emília não lhe dará isso.

- Não quero nada além de diversão. - Digo.

- Então a deixe em paz. - Me olha bravo. - Ela é uma garota boa, e você é tão burro que não percebe isso.

Meu pai tem razão. Não devo brincar com os sentimentos da Emília. Mas é tão difícil manter distância dela. É ainda mais difícil deseja-la, e não poder tê-la.

- O senhor tem razão. - Digo.

- É claro que tenho. - Papai coloca a mão sobre meu ombro. - Se você algum dia quiser um relacionamento duradouro, Emília é a garota certa para isso. Mas se for apenas diversão, você precisa deixá-la em paz.

Ter um relacionamento duradouro nunca se passou por minha cabeça. Gosto da minha vida do jeito que é. Sem amarras, ou compromissos. Mas depois que Emília surgiu em minha vida, minhas antigas escolhas não parecem tão atraentes como no antes.

É claro que ainda não quero casamento ou filhos, mas tenho que admitir que essas duas palavras já não me assustam como antigamente.

- Mas mudando de assunto, como está seu namoro? - Pergunto fazendo uma careta.

- Muito bom. - Sorri feliz. - Carnem é maravilhosa!

Há tempos não vejo meu pai tão animado. Nós dois sofremos muito com a morte da minha mãe. Demorou muito para meu pai superar sua perda.

Mas fico feliz que ele esteja seguindo em frente. Papai merece ser feliz.

- E você? - Pergunta. - Vai seguir seu velho pai? Ou vai perder mais tempo?

- Pai o senhor já sabe qual a minha decisão. - Suspiro alto.

- Por que Mark? - Me olha com ternura. - Por que escolheu passar sua vida sem amor?

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora