Todo meu corpo gela ao ouvir alguém atrás de mim me chamando de filha.
Depois de algum tempo criando coragem, me viro e me deparo com uma mulher em minha frente.
Suspiro aliviada, já que não é minha mãe que está me encarando com lágrimas nos olhos.
- A senhora deve ter me confundido com outra pessoa. - Falo para ela.
A mulher corre até mim, me envolve em um abraço apertado enquanto chora.
Retribuo o abraço porque não sou o tipo de pessoa que deixaria a mulher chorar, sem lhe dar algum tipo de conforto.
- Você é tão linda. - Diz depois que se distância de mim.
- Obrigada. - Agradeço.
- É tão parecida com seu pai. - Sorri triste.
- Conheceu meu pai? - Pergunto surpresa.
- Sim. - A desconhecida diz. - Joseph foi o amor da minha vida.
Como essa mulher conheceu meu pai? E por que está me chamando de filha?
- Você é tão linda quanto pensei que seria. - Passa a mão por meu rosto.
- A senhora está enganada. - Me distancio do seu toque. - Já tenho mãe.
Pode não ser considerada uma, mas é minha mãe.
A mulher enxuga as lágrimas do rosto. Abre a bolsa que está no ombro, e tira algo de dentro dela.
- Essa foto foi tirada quando você nasceu. - Ela estende a foto para mim.
Fico receosa por um segundo em pegar a foto, mas logo decido tirar as dúvidas.
Todo meu corpo gela ao ver meu pai na fotografia, ao lado de uma mulher morena com um bebê nos braços.
Olho para a mulher, depois olho para a foto novamente. Repito isso repetidas vezes não acreditando no que estou vendo.
- Emi. - Alice segura meu braço.
Pelo jeito ela ficou com medo que eu desmaie.
- Acho melhor você se sentar. - Khate abre a porta do carro.
Me sento no banco antes que eu caia, minhas pernas estão tão bambas que não sei como consegui ficar em pé por tanto tempo.
Não sei o que pensar ou dizer, como também não sei se posso confiar na mulher parada em minha frente.
Depois de encara-la por um bom tempo, percebo que é a mesma mulher que vovó puxou para fora do restaurante.
- Você realmente é minha mãe? - Pergunto com a voz embargada.
- Sim. - Ela exibe um sorriso largo.
- Mas...
- Vou lhe explicar tudo. - Ela coloca uma mexa do cabelo atrás da orelha.
Procuro por semelhanças entre nós duas, mas a única coisa que é parecido são os olhos claros.
- Conheci seu pai quando ele começou a trabalhar para meu ex-marido. - Ela diz. - Amei Joshep assim que coloquei os olhos nele. - Sorri com as lembranças. - Havia me divorciado do meu marido há algum, mas continuei morando na mesma casa que ele por causa da minha filha, e foi então que comecei a namorar com Joshep. Quando John descobriu o mandou embora, então eu quis ir atrás dele, mas ele me impediu usando minha filha.
Não consigo acreditar que meu pai teria um caso com uma mulher comprometida, ele não parecia esse tipo de homem.
- Depois que meu John o demitiu descobri que estava grávida, e o filho era de Joseph, então tentei fugir com minha filha mas ele acabou descobrindo meus planos. - Ela suspira alto. - Ele me agrediu tanto com palavras como com agressões físicas. Fiquei morrendo de medo de perder meu bebê, mas graças a Deus isso não aconteceu. - Ela sorri abertamente ao me encarar. - John queria que eu interrompesse a gravidez, mas não tive coragem. Ele acabou aceitando por fim, mas eu teria que me desfazer do meu bebê, depois que ele nascesse.
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Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)
RomansaSérie Rendidos - Livro 3 Mark é um cafajeste assumido, mas tudo muda quando ele vê Emília pela primeira vez. Ele sabe que deve manter distância, pois Emília é uma doce e ingênua garota. Mas seu desejo mais profundo é tela-la em seus braços pelo meno...