- Vai sair vovó? - Pergunto.
Minha vó está toda elegante em um vestido justo verde escuro. Lhe caiu perfeitamente bem, combina com sua pele clara.
- Sim. - Diz animada. - Vou jantar com Enrico. Ele já está me esperando lá em baixo.
- Vocês estão se dando bem? - Pergunto. - Ele te trata bem?
- Melhor impossível. - Responde feliz.
O que Enrico tem de cavalheiro e um homem carinhoso, o filho tem de grosso e idiota.
Fico me perguntando o que se passa na cabeça de Mark para ser tão imbecil e insensível. Tem um excelente pai para usar como exemplo, mas só faz cagadas.
- Que horas Victor virá lhe buscar? - Vovó pergunta.
Olho no relógio em meu pulso esquerdo e digo:
- As 19:00 horas, já deve estar para chegar. - Lhe respondo.
- Não esqueça de trancar a porta. - Coloca sua bolsa sobre o ombro. - Não me espere acordada.
- Tudo bem dona Carmem. - Reviro os olhos. - Se divirtam.
- Você também. - Me manda beijo.
Vovó caminha até a porta e a abre, antes que ela saia eu digo:
- Se cuide. - Sorrio com malícia. - Ou acabarei tendo um tio.
- Sou muita velha para isso. - Gargalha alto. - Você que precisa me dar netos.
- Não conte comigo vó. - Digo. - Mande um beijo para Enrico.
- Mando sim. - Dito isso fecha a porta do apartamento.
Volto para meu quarto para terminar de me arrumar. Victor deve chegar a qualquer momento e ainda não estou pronta.
Antes que adentre o quarto a companhia toca. Volto para trás para atender a porta.
- Já vou! - Grito, quando a campainha é tocada novamente.
Abro a porta e me deparo com um Victor estranho. Ele está com o terno todo amassado, cabelos bagunçados. Nunca o vi assim, está sempre impecavelmente arrumado.
- Entre. - Digo. - Não terminei de me arrumar ainda.
- Tudo bem. - Diz sério. - Podemos pedir comida. Não estou afim de sair.
Fecho a porta assim que Victor entra no apartamento.
- O que aconteceu? - Pergunto tensa.
Ele se joga no sofá e sorri sombriamente.
- Meu namoro acabou. - Resmunga. - Judy estava me traindo.
- É... eu já sabia. - Digo sem graça.
- E por que não me contou droga? - Pergunta bravo.
- Você teria acreditado em mim? - Retruco.
Victor vivia tão enfeitiçado por Judy que não acreditaria em nada que alguém dissesse.
- Não. - Suspira irritado. - Mas mesmo assim deveria ter me contado. Estava fazendo papel de idiota.
- Você não iria acreditar em mim. - Dou de ombros. - Você é meu amigo, e eu te amo, mas não quis arriscar nossa amizade. - Digo. - Ela iria fazer sua cabeça contra mim, e você acreditaria.
- Eu sou um idiota. - Diz, e da um tapa em sua própria cabeça.
- É claro que não. - Me sento ao seu lado e seguro sua mão. - Só confiou na mulher errada.
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Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)
RomanceSérie Rendidos - Livro 3 Mark é um cafajeste assumido, mas tudo muda quando ele vê Emília pela primeira vez. Ele sabe que deve manter distância, pois Emília é uma doce e ingênua garota. Mas seu desejo mais profundo é tela-la em seus braços pelo meno...