Capítulo 13

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- Vai sair vovó? - Pergunto.

Minha vó está toda elegante em um vestido justo verde escuro. Lhe caiu perfeitamente bem, combina com sua pele clara.

- Sim. - Diz animada. - Vou jantar com Enrico. Ele já está me esperando lá em baixo.

- Vocês estão se dando bem? - Pergunto. - Ele te trata bem?

- Melhor impossível. - Responde feliz.

O que Enrico tem de cavalheiro e um homem carinhoso, o filho tem de grosso e idiota.

Fico me perguntando o que se passa na cabeça de Mark para ser tão imbecil e insensível. Tem um excelente pai para usar como exemplo, mas só faz cagadas.

- Que horas Victor virá lhe buscar? - Vovó pergunta.

Olho no relógio em meu pulso esquerdo e digo:

- As 19:00 horas, já deve estar para chegar. - Lhe respondo.

- Não esqueça de trancar a porta. - Coloca sua bolsa sobre o ombro. - Não me espere acordada.

- Tudo bem dona Carmem. - Reviro os olhos. - Se divirtam.

- Você também. - Me manda beijo.

Vovó caminha até a porta e a abre, antes que ela saia eu digo:

- Se cuide. - Sorrio com malícia. - Ou acabarei tendo um tio.

- Sou muita velha para isso. - Gargalha alto. - Você que precisa me dar netos.

- Não conte comigo vó. - Digo. - Mande um beijo para Enrico.

- Mando sim. - Dito isso fecha a porta do apartamento.

Volto para meu quarto para terminar de me arrumar. Victor deve chegar a qualquer momento e ainda não estou pronta.

Antes que adentre o quarto a companhia toca. Volto para trás para atender a porta.

- Já vou! - Grito, quando a campainha é tocada novamente.

Abro a porta e me deparo com um Victor estranho. Ele está com o terno todo amassado, cabelos bagunçados. Nunca o vi assim, está sempre impecavelmente arrumado.

- Entre. - Digo. - Não terminei de me arrumar ainda.

- Tudo bem. - Diz sério. - Podemos pedir comida. Não estou afim de sair.

Fecho a porta assim que Victor entra no apartamento.

- O que aconteceu? - Pergunto tensa.

Ele se joga no sofá e sorri sombriamente.

- Meu namoro acabou. - Resmunga. - Judy estava me traindo.

- É... eu já sabia. - Digo sem graça.

- E por que não me contou droga? - Pergunta bravo.

- Você teria acreditado em mim? - Retruco.

Victor vivia tão enfeitiçado por Judy que não acreditaria em nada que alguém dissesse.

- Não. - Suspira irritado. - Mas mesmo assim deveria ter me contado. Estava fazendo papel de idiota.

- Você não iria acreditar em mim. - Dou de ombros. - Você é meu amigo, e eu te amo, mas não quis arriscar nossa amizade. - Digo. - Ela iria fazer sua cabeça contra mim, e você acreditaria.

- Eu sou um idiota. - Diz, e da um tapa em sua própria cabeça.

- É claro que não. - Me sento ao seu lado e seguro sua mão. - Só confiou na mulher errada.

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora