Capítulo 6

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Merda, merda, merda!

Não acredito que o cara de pau do Mark está vindo em nossa direção.

Seu sorriso é tão cínico nos lábios, que está visível até para um burro que ele está tramando algo.

- Boa noite. - Mark deseja a nós.

- Boa noite. - Victor retribui o cumprimento.

Apenas o encaro irritada e não digo nada.

- Está uma noite muito agradável não é Emília? - Pergunta sorrindo zombeteiro.

- Estava até um minuto atrás. - Resmungo irritada.

Victor arregala os olhos com a minha grosseria com Mark.

- Querido vamos nos sentar logo. - Reclama a mulher ao seu lado.

- Claro meu bem. - Sorri galanteador.

Não acredito que esse miserável me beijou hoje, e já está com outra. Mas também não sei o porque estou tão surpresa, Mark é um galinha assumido.

Isso só me faz me arrepender ainda mais de ter cedido ao seu charme.

- Se nos der licença. - Diz Mark com educação fingida. - Tenham um excelente jantar.

Como se isso fosse possível, perdi totalmente meu apetite.

- Obrigada. - Agradece Victor.

Mark acena com a cabeça, e simplesmente senta na mesa ao nosso lado.

- O que foi isso? - Victor pergunta baixinho.

Dou de ombros e bebo um pouco do meu suco.

- Eu posso ter deixado ele pensar que estamos tendo um caso. - Cochicho de volta.

- Por que faria isso? - Victor pergunta de olhos arregalados.

- Fiquei com preguiça de desmentir. - Digo. - Também não tenho que dar explicações sobre minha vida para ninguém.

Victor me encara e sorri abertamente.

- Está interessada nele. - Afirma.

- Não estou nada. - Tento desconversar.

- Você está corando Emi. - Diz.

- E daí? - Dou de ombros. - Todo mundo cora.

- Você quando me esconde algo começa a corar. - Finge irritação.

Estamos parecendo dou idiotas cochichando baixinho, para nossos vizinhos indesejados não executarem.

- Você está imaginando coisas Victor. - Digo.

- Se você não me contar pergunto a ele. - Diz do nada.

- Você não seria capaz. - O encaro brava.

- Seria sim. - Retruca.

Droga! Eu tinha que ser tão transparente para ele? Se eu não contar a Victor o que aconteceu, ele irá perguntar para Mark.

- Ele me beijou. - Resmungo baixinho.

- Ele o que?! - Pergunta exasperado.

Todos a nossa volta nos encara. Mark e a vaca chiclete faz o mesmo. A mulher não desgruda dele um segundo sequer.

- Quer falar mas baixo? - Reviro os olhos.

- Não acredito que você estava escondendo isso de mim. - Diz bravo.

- Eu ia contar. - Sorrio fraco.

- Quando?

- Quando me desse coragem. - Digo.

Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora