Um Cafajeste Irresistível (Livro 3)

Capítulo 47

- Recebeu alguma notícia do Victor? - Mark pergunta.

- Sim. - Falo. - Está viajando com um amigo.

- Me parece que ele está fugindo de algo. - Ele diz.

- Também acho. - Suspiro alto.

Victor nunca mais foi o mesmo depois da traição daquela cobra.

Sei que não deve ser nada fácil para ele passar por tudo que passou, mas acho que ele deve seguir em frente e não continuar fugindo.

Nossa amizade já não é mais a mesma. Ele quase nunca liga ou aparece em casa. E quando liga é com pressa.

Não queria que nada do que aconteceu estivesse interferido na nossa amizade, mas acabou acontecendo isso.

- Ele vai superar com o tempo. - Mark pega minha mão sobre a mesa e aperta de leve.

- Espero que sim. - Falo.

Victor é um homem incrível, e merece encontrar uma mulher digna, que o fará feliz.

Todas as vezes que tento dar uma de cuspido com ele e Lya, ele nunca aparece.

Fiquei extremamente chateada por ele não ter ido no meu casamento e o dá vovó. Sei que ele estava recebendo um amigo em casa, mas era só levar esse amigo consigo.

Em um dia tão especial para mim, ele não esteve ao meu lado. Parece que ele está se distanciando aos poucos, e isso está me deixando preocupada e magoada com sua atitude.

Corro atrás, mas quase nunca tenho retorno, e quando tenho, Victor me trata com frieza. Não sei o que está acontecendo com ele para estar me tratando como uma desconhecida.

Descobri que ele foi viajar, quando fui em seu apartamento e o porteiro me falou. Depois de ligar umas cem vezes, ele se dignou a atender minha ligação.

Foi uma ligação curta, onde ele apenas respondeu minhas perguntas. Não quero desistir da sua amizade, mas ficar sempre correndo atrás de alguém que não está se importando com você, isso uma hora ou outra cansa.

- Não fique triste amor. - Mark sorri fraco.

- Só estou magoada com sua atitude. - Assumo. - Victor está me excluindo dá sua vida, sem ao menos me dizer o porque.

- Acho que ele precisa de tempo. - Mark fala.

- Já dei tempo a ele. - Digo. - Mais do que o necessário, e mesmo assim ele continua me ignorando.

Mark leva minha mão aos lábios e beija de leve.

- Não quero vê-la sofrer. - Ele fala.

- Não é culpa sua. - Deito minha cabeça no seu ombro.

- Se quiser posso dar uma surra nele. - Mark cochicha.

- Não quero seu lindo rosto machucado. - Falo.

- Está dizendo que sou fraco? - Ele pergunta.

Levanto a cabeça e digo:

- Não. - Reviro os olhos. - Apenas não quero meu marido e meu amigo machucados.

- Eu daria uma surra nele fácil fácil. - Mark sorri abertamente.

- Não seja convencido Mark. - Gargalho alto.

- Estou apenas dizendo a verdade. - Ele dá de ombros.

Victor verá que está sendo um imbecil, e quando isso acontecer, estarei esperando por ele de braços abertos.