Capítulo 4

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Olhei para os lados para ter certeza que minha irmã mais nova não estava por perto, todavia, não a achava.

- Lorena. Não acho a Alice em lugar algum.

- Como assim? Você perdeu nossa irmã mais nova?

- Eu?? Você segundos atrás disse que você era a responsável, então tomaria as decisões...

Fui interrompida por Emily.

- Parem de brigar por quem perdeu a Alice e alguma de vocês vai procurar ela!

- Eu vou. Acho que tenho ideia de onde ela pode estar. Podem subir que assim que eu achar a Alice, encontro vocês no topo.- eu disse.

- Melhor você não ir. Eu sou a responsável e tenho que buscar ela.

- Lorena, alguém tem que levar a Emily para o último andar, provavelmente alguém maior de 18, a única aqui é você. Pode ir que eu não demoro.

- Você está certa, mas não me sinto segura em deixar você ir sozinha.

- Pode confiar em mim. Sobem até o topo e não olhem para trás. Prometo encontrar vocês mais tarde.

Elas subiram as escadas e fui procurar a menor. No meio de tantas pessoas perdidas gritando, fiquei muito preocupada em o que deveria fazer.

Primeiramente pensei que deveria me armar. Fui em direção a uma sala que só os funcionários poderiam entrar. Por má sorte, só havia garfos e facas de plástico. Procurei em um armário e encontrei uma frigideira.
Fui em direção ao restaurante das princesas. Tinha certeza que se a Alice se sentisse em perigo e o meu pai não estivesse por perto, ela procuraria refúgio nas princesas da Disney. O que foi difícil foi chegar até o restaurante. Havia um monte de homens loucos que agiam por instinto na frente do castelo, deveria arranjar outro jeito de chegar à Alice. Decidi que entraria no castelo e iria pelas portas do fundos.

Pela minha sorte não havia nenhum deles por ali então passei tranquilamente. Sem nenhum barulho cheguei à porta do restaurante, estava fechada. Não poderia abrir se não chamaria a atenção. Então comecei a chamar Alice baixinho, mas ela não me escutava. Um bando deles me notaram e iam à minha direção.

Entrei em pânico e chutei a porta com tanta força que a derrubei. Entrei e tentei a fechar. Alice estava no lugar que eu imaginava. As pobres das mulheres não saíram de personagem em nenhum momento, para não estragar a magia que Alice ainda acreditava. Corri em sua direção e a abracei fortemente. Avisei-as em inglês que as salvaria, mas só daria certo se lutássemos juntas. Fizemos um plano rápido e improvisamos o resto. A "Cinderela" serviria de distração, enquanto o resto iria pelos fundos, daria a volta pelos loucos e nós os atacaríamos um por um enquanto estavam de costas distraídos com Cinderela. Para ter certeza que Alice estaria bem, a escondi em um armário do restaurante. Eu a expliquei que quando tivesse acalmado as coisas, a buscaria de novo.

O plano ocorria tudo perfeitamente. Cinderela morreu de medo mas aceitou mesmo assim. Eu peguei a frigideira e fiquei batendo na cabeça deles até desmaiarem. Estávamos com sorte porque não havia tantos deles assim como no pátio principal. Havia uns 10 que conseguiríamos ultrapassar se trabalhássemos juntas.

Ocupada demais com essas criaturas, uma delas conseguiu entrar no restaurante e ia em direção ao choro de Alice no armário. Ele conseguiu abrir o armário e minha irmã menor gritou alto. Por sorte, o menino do elevador de novo nos salvou. Ele o matou e ajudou Alice a me encontrar.

- Eu mandei vocês subirem até o topo. - ele disse meio bravo.

- Eu sei, mas minha irmã se perdeu e tive que voltar para a buscar.

- Então vão embora agora e não olhem para trás. Leve as princesas também.

- Você vai ficar aqui sozinho? Não posso deixar que isso aconteça.

- Você deve se preocupar com a segurança de sua irmã menor agora, não com a minha. Só vai embora.

Apesar de eu querer o ajudar, sabia que tinha razão. Minhas irmãs eram tudo para mim e a segurança de Alice vinha em primeiro lugar. Chamei as princesas e as guiei para o caminho da torre. Olhei para trás e vi o menino loiro matando um por um com uma faca bem afiada.

Até o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora