Capítulo 6

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Acordamos com um barulho alto que parecia um alarme que avisava que estávamos sobre ataque. Todos levantamos depressa e fomos para o corredor, acreditando que os bichos haviam subido e entrado. Fomos para a recepção e fomos todos os homens de ontem estavam vestidos como militares.

- Vejo que acordaram com nosso alarme.

- Alarme? Isso tava mais para um quebra tímpanos.- disse Emily.

- Estamos sobre ataque?- perguntou Lorena.

- Não. Está tudo certo. Agora vão se trocar.

  Havia roupas para os 5 nas medidas certas, eu estranhei muito.

- Muito obrigada, mas não obrigada, vamos voltar ao nosso hotel, pegar nossas coisas e vamos voltar pro Brasil.- eu disse.

- Negativo, vocês devem ficar aqui até a situação ficar estabilizada.

- Eu não vou ficar presa nesse lugar. Parece uma prisão.

- É uma pena que sinta-se assim, Senhorita Lanfort - disse o Sr Grotel de ontem.

- Que bom que o senhor está aqui. Poderia os avisar que temos que ir embora, por favor. - eu disse.

- Como Gregg disse, não está seguro lá fora para ninguém. Vocês poderiam ser facilmente infectados. 

- Isso quem decide somos nós. Vamos.

- Acho que estão certos. - disse Emily. -Depois de tudo que vimos ontem, não quero que tudo se repita de novo. Melhor ficarmos até as coisas melhorarem.

- Emily está certa. - disse meu pai.

- Como assim? Eles te trataram como um animal ontem e agora você simplesmente vai perdoar e esquecer? Isso é inaceitável.- eu disse.

- Você não está pensando racionalmente. Temos que se preocupar primeiro com nossa segurança, depois em alguma maneira de sair daqui. Não se preocupe. Vai dar tudo certo. - disse Lorena.

  Não acreditava em como minha família ia se submeter a essa companhia sem nem saber seus nomes, imagina suas verdadeiras intenções, mas como estava em minoria, tive que aceitar.

- Tá, eu aceito. - disse.

Meu pai se dirigiu ao Sr Grotel.

- Obrigada por tudo. Vamos ficar.

- Ótima noticia. Agora vestem-se porque após o café da manhã, farão alguns testes.

- Testes? - perguntou Alice. - Eu não gosto de prova!

- Não se preocupe pequenina. Só faremos alguns testes para ter certeza que não estão infectados. Para essa parte não estarão juntos, vamos os separar por idade.

- Não quero! Eu já quase perdi meu pai! Não quero perder ele de novo.- disse Alice.

- Você o verá novamente hoje mesmo, só que mais tarde. Agora se por favor seguirem esses homens, levarão cada um para seu setor.

  Disse adeus aos membros de minha família. Segui o homem até uma sala escura.

- Entra aí e olha para o espelho.

  Fiquei super confusa. Estava sozinha numa sala com um espelho. Percebi que era um espelho que poderiam me ver mas eu não os poderia o ver. Escutei uma voz.

- Diga seu nome, idade, altura e descrição

- Sou Francesca Lanfort

- Olha para o espelho!

- Sou Francesca Lanfort, tenho 17 anos e 1,68m de altura. Tenho olhos castanhos, cabelos castanhos escuros lisos até a cintura.

- Descreva sua personalidade.

- Sou destemida, curiosa e nunca desisto, principalmente se for com minha família.

Escutei uns cochichos.

- Quais são seus maiores medos?

- Perder minha família.

- Possui algum outro?

- Por que vocês precisam saber de tudo isso se estão aqui só para ver se eu estou infectada? Pensava que vocês eram uma companhia que ajudava as pessoas e não as interrogava como se fossem assassinos.

  Quando falei isso as perguntas pararam. Entrou uma enfermeira na sala. Começou a preparar seus equipamentos.

- O que é isso?

- Não se preocupe. Vou só tirar seu sangue e fazer alguns testes. Não demorará muito. Sente-se por favor.

  Aceitei porque quanto mais rápido ela fizesse o teste, mas perto estaria de rever minha família. Não tinha medo de agulhas mas colocaram um líquido branco em mim em uma agulha enorme. Depois de uns 30 minutos, ela disse.

- Você está prontinha. Pode sair por favor.

Estava feliz que tinha acabado, poderia ver minha família, mas aquele homem me levou a outra sala.

- Seu nome é Gregg, não é mesmo? - eu perguntei. - Onde você está me levando?

Ele não respondeu. Me colocou em uma sala com outros adolescentes da minha idade. Parecia uma sala de aula. Sentei e prestei atenção na "aula".

- Bom dia a todos. Eu sou o Sr Mcangel e ajudarei no processo de entrada na Instituição NFA. Para poderem permanecer aqui, terão que fazer alguns exames para provarem se são bons o suficiente. Há 2 provas: uma lógica e uma prática. Começaremos com uma prova lógica, que é sobre diversos assuntos. Deixaremos 15 minutos para se prepararem.

  O professor saiu e a sala estava em completo silêncio. Até que uma menina ruiva falou:

- Viemos para cá procurando por segurança e nos tratam como macacos de experimentos. Se eles soubessem quem meu pai é, com certeza me tratariam melhor.- Ela esnobou os outros com seu nariz empinado.

- Será que você não percebe que isso não importa aqui? O mundo tá acabando com um apocalipse e você acha que seu papaizinho vai te salvar? Desculpa queridinha mas você está errada. - respondeu uma outra menina. Todos começaram a rir.

Depois que notei que ela era uma das meninas fantasiadas de princesa da Disney. Ela era a Bela.

- Gostei como você a respondeu. Essas coisas realmente não importam aqui e mesmo assim tem gente que arranja alguma forma de se achar. Você tem atitude para ser uma princesa da Disney. - eu disse.

- Eu sabia que já tinha te visto. Você é aquela menina que nos salvou. Muito obrigada mesmo. - disse Bela

- Sem problema. Obrigada você por se manter em personagem e não acabar com os sonhos da minha irmã menor de conhecer as princesas.

Ela riu.

- Meu nome é Grace.

- Francesca.

  Apertamos nossas mãos. Quando íamos começar a conversar, o Sr Mcangel voltou e avisou que iria nos direcionar para a sala individual de cada um para aplicar a prova.

Até o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora