Ao chegarmos na torre, notei que era maior do que eu pensava. Deveriam ter uns 23 andares no mínimo e não encontrava o elevador. Segurei Alice pelo braço, chamei as princesas e começamos a subir. As avisei que poderia aparecer outro deles pelas escadas, mas por sorte não havia nenhum.
A subida demorou muito, mais de uma hora. Pensava em meu pai, mas tinha certeza que ele não estaria em perigo, se ele conseguiu desarmar um terrorista, acho que ele pode facilmente ultrapassar esses bichos.
Também me perguntava se o menino loiro morreu naquela batalha de vários contra um. Quando chegamos ao topo exaustas, o lugar era mais bem construído do que eu imaginava. Havia portas automáticas que nos levaram para dentro. Encontrei Lorena e Emily e as abracei fortemente.
- Eu falei que voltaria com Alice. Não disse que tudo daria certo.
- Ainda bem. Você não sabe quanto nos preocupou.- disse Lorena
- Como você está Alice? Como que você pôde fugir desse jeito sem nos avisar?- disse Emily.
- É que eu estava com muito medo, não encontrava o Papai e entrei em pânico.
- Como você achou ela?- perguntou Lorena para mim.
- Ela estava no restaurante das princesas. Por qual outro motivo teria trazido elas? - apontei para as princesas. Nós rimos.
- O que vocês fizeram enquanto estávamos fora? - perguntei.
- Nada de mais. Só preenchemos o formulário com nossos dados e digitais.- disse Emily.
- Como assim? Vocês não podem sair dando seus dados para qualquer um. - eu disse.
- Não se preocupe, eles estão aqui para ajudar. Confie em mim. Pode colocar seus dados.- disse Lorena.
Não estava muito confiante em só dar meus dados à uma companhia sem nem saber quem são e o que vão fazer com meus dados, mas como Lorena não iria parar de me encher até eu preencher esse maldito formulário, eu o fiz. Ajudei a preencher da minha irmã menor também.
Não tardou muito para dois homens altos e fortes com mais ou menos 32 anos nos chamar.
- Vocês vão ser levadas para um quarto. Por agora só haverá um para as 4, mas dependendo de como vocês forem no tes...
O outro interrompeu.
- Isso não é assunto para elas se preocuparem agora.- O outro cochichou pra ele. - Vamos levar vocês para um lugar seguro.
- Como saberemos que podemos confiar em vocês? - perguntei.
- Se vocês sabem que esse lugar existe e vieram para aqui significa que uma de vocês confiou em um de nós, ou seja, vocês automaticamente serão um de nós.
- Não necessariamente. Se elas não passarem no.. - disse o outro guarda.
Interrompido novamente.
- Já te disse que elas não precisam se preocupar com isso agora. Se nos seguirem vamos as levar para o quarto.
Acabei aceitando porque estávamos muito cansadas. Principalmente de ter que salvar Alice e ter que subir as escadas. Quando estávamos saindo da sala, percebi dois homens segurando outro com força enquanto ele gritava. Logo que olhei direito percebi que era meu pai.
- Pai!- gritei e corri em sua direção. -Podem soltar ele agora! Ele é meu pai e aquele cara acabou de dizer que agora somos um de vocês, consequentemente ele também é. Pode o soltar agora.
- Desculpe mocinha mas não é assim que as coisas funcionam.- disse o homem que segurava meu pai.
Alice ficou tão brava que pulou em cima dele e ficou batendo na cabeça dele.
- Solta meu pai! - gritava Alice, enquanto Lorena e Emily brigavam com o outro.
Logo apareceu um homem bem vestido de terno e gravata de marcas chiques e com um cheiro de um perfume caro.
- O que está havendo aqui? -perguntou.
Os homens praticamente bateram continência ao seu superior. Um tentou se explicar mas ele o interrompeu querendo ouvir nossa versão.
- Eles pegaram nosso pai como se fosse um animal. Nós acabamos de entregar todos nossos dados para vocês e é assim que nos tratam? - perguntei indignada.
- Não se preocupe. Podem o soltar. Essa não é a maneira correta de tratar um convidado. Perdão pelas maneiras dos meus homens.- O homem bem arrumado apertou a mão de meu pai. -Depois de tudo que aconteceu, eles suspeitam de todos. Meu nome é Blake Grotel, qualquer coisa que precisarem é só me chamarem. Podem ir descansar. Meus homens os levarão para seus cômodos.
Eu o achei extremamente estranho. Meio superficial, como se tivesse planejado que isso acontecesse. Algo nele não me caía bem, só não sabia dizer o que.
Nós todas abraçamos nosso pai com força. Ele estava com a roupa toda suja, como se tivesse passado por muito para sobreviver.
- Ficamos tão preocupadas. Por que você demorou tanto?- perguntou Lorena.
- A fila estava enorme para a água quando a busquei. Notei que não estavam mais lá e percebi o ataque. Achava que vocês estavam mortas ou se tornado um deles.
- Desculpe não ter ficado no lugar combinado, mas se tivéssemos, provavelmente o que você disse teria acontecido. - eu disse.
- Nunca fiquei tão feliz com a sua desobediência.
Ele nos abraçou.
- Pai.- perguntou Alice- Cadê minha água?
Todos rimos.
- Eu estou falando sério. Estou com sede.
- Alice! Deixa de pensar nisso. Quase morremos. Se não fosse por sua água maldita, a gente não teria se perdido do papai. - disse Emily revoltada.
- Pode parar agora com isso Emily. Não é culpa de ninguém que aconteceu esse ataque. - disse Lorena.
- Não quero estragar o clima, mas queria avisar que o seu quarto está pronto. - disse um homem.- Me sigam por favor.
Ele nos levou ao quarto.
O quarto era muito pequeno para nós 5. Havia 3 beliches e um banheiro sem porta. Parecíamos que estávamos em um tipo de prisão, mas isso não importava, só queria dormir e descansar para sair desse lugar no dia seguinte.
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Até o fim do mundo
Teen FictionFrancesca e sua família vão para a Disney e a viagem não ocorre na maneira que esperavam. Um tipo de vírus se espalha e contamina a população. Será que há uma cura? Como sobreviverão ao fim do mundo? História COMPLETA!! Iniciada: 15/06/2018 Finaliza...