Capítulo 27

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Acordei no quarto da enfermaria e estava extremamente preocupada. Débora foi em minha direção.

- Que bom que você acordou. Já estávamos nos preocupando. Por pouco você não morreu. Você sabe o seu nome e idade?

- Francesca Lanfort, 17 anos.

- Fico feliz em saber que não perdeste a memória. Me preocupei por você. Vou avisar para Gregg de que você está bem, espera só um momento.

- Antes que você vá, por favor me explica o que aconteceu. Eu não lembro de nada. Para mim deu um blackout assim que levei aquela pancada na cabeça.

- Você não sabe o que aconteceu? Sua irmã?

- Morreu? Qual delas? Por favor, me diga.

- Nenhuma morreu, mas uma coisa pior aconteceu.

- O que? Você está me preocupando.

- Seria melhor eu te mostrar, mas você ainda não se recuperou então não pode sair da enfermaria.

- Não me importo com minha saúde, quero saber o que aconteceu com minha irmã.

Eu saí da enfermaria, só que Gregg me parou.

- Aonde você pensa que vai?

- Visitar minha irmã. Preciso ver se ela está bem.

- O Sr Grotel não autorizou ninguém sair até que tivesse completamente melhor. É pelo seu próprio bem.

- Não ligo para o Sr Grotel.

Tentei passar por baixo dele, mas Gregg me segurou.

- Por favor, Gregg. Eu nunca te pedi nada. Uma de minhas irmãs está correndo risco e não vou parar quieta até saber o que é. Então ou você me ajuda a achá-la ou saia do meu caminho.

- Posso estar muito encrencado por isso. Me siga.

  Ele me levou a uma ala que não imaginava que existia. Havia diversos quartos com vidros enormes. Em cada um deles, havia um pivalie preso a uma cama.

- Não sabia que eles mantinham-os presos em salas. Que assustador.

- Procuram uma cura. Como você bem sabe. Só estão doentes.

  Não entendia porque me levava por essa ala secreta, até chegar a um quarto que estava bem distante de todos. Olhei no vidro e por minha surpresa, Alice estava em uma das camas.

- Alice!- gritei e corri a janela.

A pobre garotinha percebeu e queria chegar até mim. Foi um dos momentos mais decepcionantes da minha vida a ver como um pivalie.

- Ela virou um deles? - perguntei trêmula.

- Na sua última missão, ela acabou saindo do prédio acidentalmente e ficou com medo. Te seguiu. Só que antes de poder chegar a você, foi mordida.

- Como vocês sabem de tudo isso?

- Temos câmeras instaladas pelo parque inteiro. Sabemos sobre tudo o que ocorre. De qualquer forma, um de nossos guardas se arriscou e a trouxe aqui. Ela se transformou há poucas horas.

- Há alguma cura?

Entrou o Sr Grotel.

- A sua outra irmã mais nova está trabalhando muito para conseguir fazer a cura. Ela está com muitas dificuldades.

- Eu vou a ajudar. Farei de tudo pra conseguir a cura. Me levem para o laboratório. Sr Grotel, me prometem que não machucarão minha irmã menor? Eu a salvarei mesmo que seja a última coisa que eu faça.

Até o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora