Capítulo 32

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Antes de voltar ao laboratório, fui ver Grace. Ela estava no refeitório comendo seu prato favorito.

- Você acordou!- ela gritou correndo em minha direção. - Não acredito! Todos achávamos que você estaria morta. Principalmente quando você não voltava de seu setor com Meredith.

- O que aconteceu? Eu não lembro de nada. Tive um blackout.

- Por que você teve esse blackout? Você parecia bem antes de ir para a missão.

- Eu estava. Só que Meredith e eu fomos cercadas pelos pivalies, nos escondemos e encontramos uma sala cheia de suprimentos. Ela começou a sentir inveja de mim e disse que tiraria tudo que eu tinha, começando pela minha vida.

- Ela tentou te matar?

- Sim. Acho que ela não teve a coragem de o fazer com suas próprias mãos então me jogou da janela. Por sorte, caí em uma caçamba de lixo, que amorteceu minha queda.

- Eu não acredito! Aquela víbora vai ver!

Ao dizer isso, Grace foi na direção da mesa que Meredith estava com seus amigos. Ela subiu em cima de Meredith e começou a puxar seu cabelo.

- Sua bruxa! Ridícula! Invejosa!- Grace gritava.

Eu comecei a rir da situação, estava adorando ver Grace acabar com Meredith. Até que apareceu o Sr Joseph.

- O que está acontecendo aqui, garotas?

- Eu não sei! Essa louca começou a puxar meu lindo cabelo ruivo me xingando de coisas feias.- Meredith começou a fingir que chorava.

- Ela estava pedindo! É uma assassina! Quase matou minha amiga.

Assassina. A última vez que escutei essa palavra foi pelo meu pai no simulador. Lembro dele gritando comigo. De como eu perdi o controle facilmente e os matei. A imagem se repetia. Eu não aguentava rever essa imagem. Ser uma desgraça para minha família. Tudo que eu sempre fiz foi tentar os salvar. Acabei me descontrolando e os matei. Sou uma pessoa terrível. Mais do que terrível. Sou uma assassina. Eu me joguei no chão e comecei a chorar.

- Gregg!- gritou Joseph. - Leve-a para a enfermaria. Vou tomar conta dessas duas delinquentes.

Gregg tentou me levantar, mas eu não queria. Me sentia desamparada. Sem chão. Não conseguia me mexer. Gregg me segurou em seu colo e disse:

- Você tá me devendo uma, Francesca.

Até o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora