Capítulo 68

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Acordei com uma baita dor de cabeça. Na verdade meu corpo inteiro doía. Aonde estou? Parece que estou em um quarto, mas não faço ideia de qual lugar é esse. Sinto uma dor em meu abdômen. Levantei minha blusa e vejo uma cicatriz enorme. Havia pontos em minha barriga inteira. Doí só de olhar.

Vi que alguém passava por meu quarto.

- Francesca! Você acordou! Que bom, minha filha. - disse minha mãe se aproximando de mim.

Eu me sentei na cama com muita dor e ela me ajudou.

- O que aconteceu?

- Débora e eu fizemos uma cirurgia em você pra que você vivesse. Devo dizer que as chances de você sobreviver eram mínimas, mas de alguma forma deu tudo certo.

- E Emily? Como ela está?

- Perfeitamente bem. Como se ela nunca tivesse sido mordida. A cura de Jake funcionou perfeitamente.

Eu baixei a cabeça.

- Grace se foi mesmo?

- Infelizmente sim, minha filha.

Eu comecei a chorar e minha mãe me abraçou.

- Vai ficar tudo bem. - ela tentava me acalmar.

- Não vai ficar tudo bem. Eu mesma matei minha própria melhor amiga. Já matei tantas pessoas que não aguento mais, mãe. Meredith, Grace, todos aqueles pivalies e tudo isso pra que?

- Você fez o que achou que fosse certo. Você fez o que podia para sobreviver.

- Sim, mas não pensei nas consequências que isso traria. Como eu queria poder voltar no tempo. Eu voltaria para exatamente 2 meses atrás que estava na Disney e a infestação estava longe de acontecer.

- Eu sei, minha filha. A vida de todo mundo mudou. Quem diria, se não fosse o apocalipse, eu estaria em um hospital agora.

- Pelo menos isso é uma coisa boa. Posso ter você ao meu lado.

Minha mãe sorriu e me abraçou. Logo vejo que meu pai também entrou no quarto.

- Francesca! Você acordou! Como está?

- Bem, eu acho.

- Você matou minha mãe e eu de preocupação.

Eu sei que é uma forma de falar mas eu literalmente matei pessoas. Eu senti um calafrio.

Meu pai gritou para minhas irmãs virem me ver. As 3 entraram correndo e vieram me abraçar. Meu corpo doía muito.

- Calma meninas. Em pouquinho em pouquinho a Francesca melhora. Não abusem de sua irmã. Ela sofreu uma cirurgia muito pesada. - disse meu pai.

- Tudo bem, pai. Meu corpo dói mas o amor de fraternal me cura.

- Abraço em grupo! - gritou Alice.

Meu pai, minha mãe, Lorena, Emily, Alice e eu nos abraçamos. Faz muito tempo que não temos um abraço em família. Eu sentia falta disso. Parece que a minha família é a única coisa que me anima a sobreviver nesse apocalipse.

- Me contem meninas. O que vocês fizeram enquanto eu estava apagada? - eu perguntei.

- Quer dizer ficar morrendo de medo por minha irmã menor ter chances de nunca voltar a acordar? Sem contar isso, não fiz quase nada. - disse Lorena rindo.

- Eu brinquei com Joana. Ela é muito divertida. Apesar de ela ser mais nova que eu, já somos melhores amigas. Olha ela que fez essa trança em meu cabelo. - disse Alice.

Até o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora