Capítulo 30

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Acordei na enfermaria assustada com muitos cabos presos a minha cabeça. Gritei. Jake estava do meu lado.

- Calma, está tudo bem.

- O que aconteceu?- eu perguntei enquanto tirava todos os cabos.

- Eles aproveitaram que você estava já em coma e fizeram seu teste final de sobrevivência.

Tirei todos os cabos e sai correndo da sala. Fui para o quarto de Alice. A vi brincando com seus unicórnios de pelúcia. Sem dizer nada, corri em sua direção e a abracei fortemente.

- Aí.- ela gritou.- Por que você me abraça tanto assim? Não é para tanto. Não é como se eu tivesse morrido.

- Para mim, sim.

Continuei a abraçar, até que Lorena e Emily entraram no quarto.

- Você acordou do coma!- Emily disse indo em minha direção.
As abracei.

- Pensei que as tinha perdido para sempre. Fiquei preocupadíssima. Nunca fiquei tão feliz de as ver. - eu disse.

Continuei as abraçar e entrou meu pai. O abracei e comecei a chorar.

- Desculpa pai. Me desculpa por ser uma filha tão decepcionante para você.

- Do que você está falando? A única coisa que você sempre me trouxe foi orgulho. Agora me conta como foi na prova final.

- Foi horrível. Tudo era tão real. Eles me fizeram fazer uma coisa horrível, que eu nunca me perdoaria se realmente acontecesse. Eu matei todos vocês.

- Como assim? Você realmente acha que eu te deixaria me matar tão facilmente assim? - disse Lorena ironicamente.

- Eu os matei porque sabia que eu EU estava em um simulador. Vocês não eram como são. Agiam de uma forma muito estranha e acho que conheço minha família suficientemente bem para saber como vocês são.
Os abracei. Comecei a cochichar.

- Precisamos sair daqui. Se eles foram capazes de tentar me transformar em uma máquina assassina de minha própria família, imagina o que podem fazer a mais. Temos que voltar para casa. Não podem contar isso a ninguém. Temos que agir normal e na hora certa, temos que voltar.

- Eu não quero sair daqui. Esse é o único lugar que me valoriza. Estou cansada de sempre sofrer bullying. Sempre sofri desde pequena e as meninas da minha faculdade me odeiam. Eu gosto desse lugar, eu realmente sou valorizada por quem eu sou.- disse Lorena.

- Acho que você não entende a gravidade da situação. Essa instituição está transformando seus alunos em máquinas assassinas e impiedosas. Temos que sair daqui o mais rápido o possível. Para não suspeitarem vamos agir normalmente até arranjar um plano, vamos até os ajudar a encontrar a cura.

- Já estou tentando fazer isso há muito tempo e sempre chego a um beco sem saída.- disse Emily.

- Por sorte minha, no simulador, acho que achei uma maneira de conseguir a cura. Vamos ao laboratório.

Até o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora