Capítulo 44

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Aterrissamos no Brasil. Todos ficamos com medo de haver diversos pivalies no aeroporto, só que ao chegarmos, percebemos que estava tudo normal.

Enquanto nos Estados Unidos já estavam infectados há mais de um mês, aqui estava tudo normal. Eu estranhei como aqui está exatamente como deixamos. Talvez o virus demore para chegar aqui, ou estão tentando manter o vírus só nos EUA, o incubando. Eu não sei, mas o que o Sr Grotel disse sobre minha mãe é algo sério e vou fazer de tudo para a salvar.

Descemos do avião e pegamos nossas coisas. Iríamos todos a nossa casa.

- Para que vou ficar com um grupo de sobrevivência se não tenho nada para sobreviver contra? Aqui está tudo normal, posso finalmente ter uma vida normal como era antes. Desculpe, mas vocês estão por conta própria, vou aproveitar o máximo de minha liberdade daquela instituição idiota. - disse James, um dos amigos de Lorena.

- Por favor, James, não se arrisque. Não temos certeza de quanto tempo demorará para o vírus chegar até aqui, não queremos perder mais ninguém.- disse Lorena.

- Quer dizer que vou ter que ficar presos à vocês? Que nem fiquei na instituição? Estou fora. Prefiro me virar no espanhol aqui do que voltar a estar preso a vocês.

- Aqui nós falamos português, seu idiota. - disse Emily.

- Dá no mesmo. Quem está cansado de ficar preso a alguém, me siga.

- Por favor, não vão. Eu sei como foi difícil abandonar seus familiares por causa do vírus e ficar preso na instituição cumprindo ordens o tempo todo, mas prometemos que não seremos assim. Só estamos tentando manter todos vivos o máximo de tempo o possível. Juntos sobreviveremos contra essa vírus.- eu disse.

- Mas para que sobreviver se o vírus não chegou aqui? Eu prefiro viver minha vida loucamente em vez de ficar vidrada em um vírus que pode nem chegar até aqui. Quem está comigo, me siga. - James convenceu 5 pessoas do grupo a nos abandonarem.

Não podemos o obrigar a ficar. Temos que respeitar suas decisões.

Meu pai chamou vários táxis.

Primeiramente iríamos ver nossa mãe. Voltei a minha mesma cidade movimentada que nunca dorme. Vejo as pessoas correndo como se não houvesse o amanhã, preocupadas com seu trabalho ou estudos. Eles nem percebem que daqui a algum tempo a vida que conhecem será completamente diferente. Seu trabalho ou escola já não importará mais, só sua sobrevivência. Eu sei que o que James disse pode ser verdade. Talvez o vírus realmente não chegue até aqui, só que lembro muito bem de Grotel explicando a Jake sobre como a instituição brasileira é bem pior do que a deles. Jake. Que saudades dele. Não posso pensar nele agora, só devo pensar em minha mãe.

Ao chegar em casa, minha mãe não estava lá, provavelmente ainda estava no trabalho. Meu pai ficou feito louco tentando arrumar abrigo para as 15 pessoas que sobraram. Temos 5 quartos, sem contar a sala, onde eles podem ficar. Separamos em 3 pessoas para o quarto das 4 irmãs e os outros 3 dormirão no sofá. Minha casa nunca esteve tão cheia assim, me pergunto o que minha mãe achará de tantas pessoas assim.

Após acomodarmos todos, minha mãe apareceu. Nós 5 fomos correndo a abraçar. Ela estava muito feliz em nos ver. Fiquei com muitas saudades em ver aquele sorriso contagiante, seus cabelos castanhos claros quase louros caírem sobre os seus ombros. Ela parecia exausta após o dia de trabalho, mas acho que sua saudade por sua família foi maior que o cansaço.

- Por que vocês não me deram notícias? Estava morrendo de preocupação.- minha mãe disse.

- Mãe, algo muito grave aconteceu conosco enquanto passamos nossas férias na Disney- disse Lorena.

- Férias? Era para vocês ficarem lá somente 2 semanas, vocês ficaram lá por quase 2 meses. Querem me matar do coração?

- Nós te contaremos tudo o que aconteceu. - disse meu pai.

- Quem são todas essas pessoas?

Levamos minha mãe para sentar e lhe explicamos sobre o vírus, a instituição e como logo tudo isso chegaria ao Brasil. Minha mãe inicialmente não acreditou, mas depois de todos os 15 confirmarem a história, foi difícil negar. Ela acabou aceitando deixar todos aqui.

- Emily, você tem alguma noção de quanto tempo demorará para o vírus chegar até aqui? - perguntei.

- Não tenho certeza, mas pelos cálculos que fiz no avião, são cerca de 5 dias.- disse Emily.

- Então nesses 5 dias, temos que arranjar novos recrutas. - eu disse.

- Mas para que? Não vamos formar nossa própria instituição aqui em casa, ou vamos?- perguntou Alice.

- Temos que arranjar um plano. Não podemos ficar em São Paulo. É uma das cidades mais populosas da América do Sul. Imagina como seria matar milhares de pivalies. Quase impossível. Temos que ir para algum lugar onde tenha menos pessoas o possível.

- Amanhã vocês conversam sobre isso. Devem estar exaustos da viagem. Agora todos para cama. - disse minha mãe.

Até o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora