Uma semana depois.
— NÃO TENHO CERTEZA de que seja uma boa ideia, Trixie. — Engoli em seco. — Ninguém pode ficar sabendo dele.
Escutei o suspiro do outro lado do celular.
— Seu irmão precisa de ar, Lorenzo. Ele está conseguindo me enlouquecer.
Lambi os lábios e fechei os olhos.
— Como Gabriel está?
Houve uma pausa significativa. Não gostei do que ela expressou.
— Ele ainda não se lembra de você, caso seja isso que queira saber. Mas está indo bem, se recuperando devagar. A ferida está cicatrizando sem problemas. — Trixie grunhiu, mas não para mim. — Não faça isso! Nós já vamos sair!
Estreitei os olhos ameaçadoramente.
— Vocês não podem se arriscar. Ninguém pode saber dele, Trixie. Para todos os efeitos, a bala pegou em seu coração e ele foi enterrado há uma semana.
Porque somente assim, Gabriel estaria livre para se "curar" sem os homens de Sadrack atrás dele.
Trixie soltou outro suspiro cansado.
— Só uma volta, Lorenzo. Prometo que cuidarei dele.
Antes de responder, a porta foi aberta e a cabeça de Pietro despontou dela. Os olhos verdes cansados estavam receosos.
— Tem um policial lá fora — avisou.
Claro, como se fossem me deixar em paz. Doce ilusão.
— Tome cuidado — pedi, desligando.
Pelo menos, ele está vivo. Meu irmão era selvagem e mesmo sem memória, com certeza quereria sair de casa. Ficar trancando entre quatro paredes não era de nosso feitio. Eu deveria ter falado para ela colocar um capuz nele.
— Será que vieram prender você? — Ashur perguntou, me provocando.
— E se me levassem, também não levariam você? — Respondi.
Olhei ao redor do meu escritório, como se as manchas de sangue ainda continuassem ali. Uma semana bastou para limpar os cadáveres. Tanto nossos, quanto do Ruthless.
É óbvio que alguém denunciaria para a polícia. Até pensei que viriam mais cedo. Coloquei o copo de whisky em cima da mesa com uma careta.
— Ele quer falar comigo?
— Na verdade, me expressei mal — Pietro abriu um pouco mais a porta. — É o delegado novo.
Delegado novo?
Encarei o cigarro pendendo entre os dedos. Eu tinha que parar de fumar. As tosses e falta de ar, ao mínimo esforço, já estavam ficando frequentes. Daqui a pouco, meus pulmões estariam mais pretos que a cor da minha caminhonete.
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Death | Vol. II
Любовные романыDepois que seu irmão supostamente morreu, Lorenzo só pensa em vingança. Ele não se importa mais com o Perverse Killers, muito menos com Kananda. Ele a culpa pelo que aconteceu com Gabriel e quer esquecer que um dia sentiu algo por Fire. E tudo o que...