QUARENTA E SEIS | *ALOHA*

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Na manhã seguinte.

— ME DEIXE FALAR com ele, Trixie. Por favor — pedi.

Preciso me despedir. Ela concordou com um grunhido. A linha ficou muda por segundos até escutar uma respiração oscilante e a voz dele. Do meu irmãozinho.

Lorenzo?

Fechei os olhos.

— Como você está, Gabriel?

Ele demorou um tempo para responder.

Não sei. Acho que estou bem. Minhas memórias estão voltando em flashes, mas muito lentamente. Mas e você? Como vai?

Senti meu coração se partir mais um pouco. Esse diálogo era a típica conversa de estranhos que vínhamos tendo. Gabriel não lembrava de mim. De ser meu irmão. Do Perverse ou qualquer coisa relacionada.

— Eu vou bem também, meu irmão. Se recupere, hm? Tente voltar para casa um dia desses.

Por que acho que não vou poder voltar tão cedo. Então, queria que estivesse aqui para tomar conta do clube.

Okay.

— Eu amo você — acrescentei, me despedindo.

Ele deve ter notado algo de estranho em minha voz, porque hesitou.

Eu... também amo você, Enzo.

Escutar aquelas palavras — por mais que não fossem completamente sinceras — influenciou bastante em minha decisão de sair vivo daquele cemitério. E com Kananda, Cristina e Sanus respirando também.

Desliguei.

— Você vai mesmo sozinho? — Pietro sentou em minha cama, desanimado.

Coloquei duas Heckler & Koch P7 na cintura e quatro adagas em cada coturno. Me olhei no espelho. Estava todo vestido de preto. As tatuagens realçadas na pele pálida. E principalmente, os olhos verdes cansados.

Death | Vol. IIOnde histórias criam vida. Descubra agora